La pensée computationnelle dans le nouveau lycée
une analyse des travaux didactiques dans le domaine des mathématiques et de ses technologies
DOI :
https://doi.org/10.23925/1983-3156.2023v25i3p049-078Mots-clés :
Pensée computationnelle, Ouvrages didactiques, Mathématiques et ses technologies, Nouvelle école secondaireRésumé
L'intégration de la pensée computationnelle dans le tronc commun du curriculum national (BNCC), en particulier lorsqu'elle est associée aux mathématiques, et son insertion dans les lycées brésiliens réformés, ont produit des changements sur les ressources didactiques et sur les pratiques d'enseignement. Considérant cela, nous construisons la question suivante : quel est l'impact de l'intégration de la pensée computationnelle sur les livres scolaires à partir des mathématiques et de ses technologies sur le nouveau lycée brésilien et aussi ses implications possibles sur les pratiques des enseignants ? Suivant cette perspective, nous visons à analyser l'impact de l'intégration de la pensée computationnelle sur les livres scolaires de mathématiques et de son domaine technologique sur le nouveau lycée brésilien ainsi que ses implications possibles sur les pratiques des enseignants. Notre recherche a été menée selon une approche qualitative et configurée comme une analyse documentaire. Méthodologiquement, elle s'est appuyée sur une analyse de contenu, où l'on observe la fréquence à laquelle le terme pensée computationnelle est mentionné dans les livres et l'importance qui lui est attribuée dans l'apprentissage des mathématiques. Les données ont été analysées à l'aide d'enquêtes sur la pensée informatique et le nouveau lycée brésilien. Les résultats ont montré que la pensée computationnelle avait un impact significatif sur le contenu des livres que nous avons analysés, en raison de sa position dans la structure du livre et de l'importance qu'on lui accorde dans l'apprentissage des mathématiques. Les données ont également démontré des implications potentielles pour la pratique des enseignants de mathématiques et la formation des enseignants qui agissent dans le nouveau lycée brésilien.
Métriques
Références
Barcelos, T., Muñoz, R., Acevedo, R., & Silveira, I. (2015). Relações entre o Pensamento Computacional e a Matemática: uma Revisão Sistemática da Literatura. Anais dos Workshops do Congresso Brasileiro de Informática na Educação, 4(1), 1369. doi:http://dx.doi.org/10.5753/cbie.wcbie.2015.1369
Bardin, L. (1977). Análise de conteúdo. Lisboa: edições.
Bezerra Filho, J. M. (2016). Exposição de Motivos nº 00084/2016/MEC. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/exm/exm-mp-746-16.pdf
Bogdan, R., & Biklen, S. (1994). Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Porto editora.
Brackmann, C. P. (2017). Desenvolvimento do pensamento computacional através de atividades desplugadas na educação básica. [Tese de Doutorado em Informática na Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul]. https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/172208
Branco, E. P., de Godoi Branco, A. B., Iwasse, L. F. A., & Zanatta, S. C. (2018). Uma visão crítica sobre a implantação da Base Nacional Comum Curricular em consonância com a reforma do Ensino Médio. [TESTE] Debates em Educação, 10(21), 47-70. https://doi.org/10.28998/2175-6600.2018v10n21p47-70
Brasil. (2018). Base nacional comum curricular. Ministério da Educação. http://fila.mec.gov.br/manutgeral.htm
Cardoso, M. C. S. D. A., & Figueira-Sampaio, A. D. S. (2019). Dificuldades para o uso da informática no ensino: percepção dos professores de matemática após 40 anos da inserção digital no contexto educacional brasileiro. Educação Matemática Pesquisa, 21(2), 44-84. https://doi.org/10.23925/1983-3156.2018v21i2p044-084
Corrêa, S. de S., Ferri, C., & Garcia, S. R. de O. (2022). O que esperar do Novo Ensino Médio?. Retratos Da Escola, 16(34), 15–21. Recuperado de https://retratosdaescola.emnuvens.com.br/rde/article/view/1543
Costa, M. D. O., & Silva, L. A. D. (2019). Educação e democracia: Base Nacional Comum Curricular e novo ensino médio sob a ótica de entidades acadêmicas da área educacional. Revista Brasileira de Educação, 24. https://doi.org/10.1590/S1413-24782019240047
D'Ambrosio, U. (1998). Etnomatemática: Arte ou técnica de explicar e conhecer. Editora Ática.
da Silva Fernandes, N., Vasconcelos, F. H. L., & de Carvalho, W. V. (2021). Programa nacional do livro e do material didático (pnld): um estudo de seu funcionamento e apresentação das mudanças nos materiais à luz do novo ensino médio a partir de 2021. Conexões-Ciência e Tecnologia, 15, 021023. https://doi.org/10.21439/conexoes.v15i0.2099
da Silva, I. S. F., Junior, J. D. A., & Falcão, T. P. (2022, April). Panorama Sobre Iniciativas para Promover o Pensamento Computacional no Ensino Superior Brasileiro. In Anais do II Simpósio Brasileiro de Educação em Computação (pp. 88-98). SBC. https://sol.sbc.org.br/index.php/educomp/article/view/19202
da Silva, K. C. J. R., & Boutin, A. C. (2018). Novo ensino médio e educação integral: contextos, conceitos e polêmicas sobre a reforma. Educação, 43(3), 521-534. https://doi.org/10.5902/1984644430458
de Jesus Garcia, S. R., & Borges, M. A. F. (2022, November). Mapeamento e classificação de grupos de incentivo ao Pensamento Computacional no Brasil e no mundo. In Anais do XXXIII Simpósio Brasileiro de Informática na Educação (pp. 1425-1433). SBC. https://sol.sbc.org.br/index.php/sbie/article/view/22513
Decreto n° 9099, de 18 de julho de 2017. (20170. Dispõe sobre o Programa Nacional do Livro e do Material Didático.
Delors, J., Chung, F., Geremek, B., Gorham, W., Kornhauser, A., Manley, M. & Nanzhao, Z. (1996). Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI. Educação um tesouro a descobrir, 6.
Ferreira, R. A., & Ramos, L. O. L. (2018). O projeto da MP nº 746: entre o discurso e o percurso de um novo ensino médio. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, 26(101), 1176-1196. https://doi.org/10.1590/S0104-4036201800260129
França, R., & Tedesco, P. (2019, November). Pensamento computacional: Panorama dos grupos de pesquisa no brasil. In Brazilian Symposium on Computers in Education (Simpósio Brasileiro de Informática na Educação-SBIE) (Vol. 30, No. 1, p. 409). http://ojs.sector3.com.br/index.php/sbie/article/view/8745
Gonçalves, S. D. R. V. (2017). Interesses mercadológicos e o" novo" ensino médio. Retratos da Escola, 11(20), 131-145. https://doi.org/10.22420/rde.v11i20.753
Kalelioglu, F., Gulbahar, Y., & Kukul, V. (2016). A framework for computational thinking based on a systematic research review. Baltic J. Modern Computing. Vol. 4 (2016), No. 3, 583-596
Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. (2017). Altera as Leis n º 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e 11.494, de 20 de junho 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e o Decreto-Lei nº 236, de 28 de fevereiro de 1967; revoga a Lei nº 11.161, de 5 de agosto de 2005; e institui a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral.
Ludke, M., & André, M. (1986). Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. EPU.
Ministério da Educação (MEC). (2018). Resolução CNE/CEB 3/2018. Atualiza as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Diário Oficial da União, Brasília.
Ministério da Educação (MEC). (2022). Resolução nº 1, de 4 de outubro de 2022. Normas sobre Computação na Educação Básica- Complemento à BNCC. Diário Oficial República Federativa do Brasil, Brasília.
Mühling, A., Ruf, A., & Hubwieser, P. (2015, November). Design and first results of a psychometric test for measuring basic programming abilities. In Proceedings of the workshop in primary and secondary computing education (pp. 2-10). https://doi.org/10.1145/2818314.2818320
Papert, S. (1980). Children, computers, and powerful ideas. Harvester.
Román-González, M., Pérez-González, J. C., & Jiménez-Fernández, C. (2017). Which cognitive abilities underlie computational thinking? Criterion validity of the Computational Thinking Test. Computers in human behavior, 72, 678-691.https://doi.org/10.1016/j.chb.2016.08.047
Santos, A. D. S., Pereira, W. G., & de França, R. S. (2021, July). Como Ensinar Ciência da Computação para Crianças? Tendências e Lacunas de Pesquisa na Área. In Anais do XXIX Workshop sobre Educação em Computação (pp. 298-307). SBC. https://sol.sbc.org.br/index.php/wei/article/view/15921
Saviani, D. (2013). História das ideias pedagógicas no Brasil. Autores Associados.
Shute, V. J., Sun, C., & Asbell-Clarke, J. (2017). Demystifying computational thinking. Educational research review, 22, 142-158. https://doi.org/10.1016/j.edurev.2017.09.003
Silva, V., Silva, K., & França, R. (2017, October). Pensamento computacional na formação de professores: experiências e desafios encontrados no ensino da computação em escolas públicas. In Anais do Workshop de Informática na Escola (Vol. 23, No. 1, pp. 805-814). http://ojs.sector3.com.br/index.php/wie/article/view/7299
Sneider, C., Stephenson, C., Schafer, B. & Flick, L. (2014). Computational Thinking in High School Science Classrooms: Exploring the Science "Framework" and "NGSS". Science Teacher, 81(5), 53-59. Retrieved March 19, 2023 from https://www.learntechlib.org/p/155904/.
Süssekind, M. L. (2019). A BNCC e o “novo” Ensino Médio: reformas arrogantes, indolentes e malévolas. Retratos da escola, 13(25), 91-107. https://doi.org/10.22420/rde.v13i25.980
Thiesen, J. D. S. (2019). Políticas curriculares, Educação Básica brasileira, internacionalização: aproximações e convergências discursivas. Educação e Pesquisa, 45. https://doi.org/10.1590/S1678-4634201945190038
Valente, J. A. (2016). Integração do pensamento computacional no currículo da educação básica: diferentes estratégias usadas e questões de formação de professores e avaliação do aluno. Revista E-curriculum, 14(3), 864-897. https://doi.org/10.23925/1809-3876.2016v14i3p0864.
Valente, J. A. (2019). Pensamento computacional, letramento computacional ou competência digital? Novos desafios da educação. Revista educação e cultura contemporânea, 16(43), 147-168. http://dx.doi.org/ 10.5935/2238-1279.20190008
Wing, J. (2010). " Computational Thinking What and Why, Phil. Trans. R. Soc. A. vol. 366. pp. 3717-3725. Wing, Jeannette, 2010. Computational Thinking What and Why, Phil. Trans. R. Soc. A, 366, 3717-3725.
Wing, J. (2017). Computational thinking’s influence on research and education for all. Italian Journal of Educational Technology, 25(2), 7-14. https://doi.org/10.17471/2499-4324/922
Wing, J. M. (2006). Computational thinking. Communications of the ACM, 49(3), 33-35.
Wing, J. M. (2008). Computational thinking and thinking about computing. Philosophical Transactions of the Royal Society A: Mathematical, Physical and Engineering Sciences, 366(1881), 3717-3725. https://doi.org/10.1098/rsta.2008.0118
Wing, J. M. (2014). Computational thinking benefits society. 40th anniversary blog of social issues in: Computing. Recuperado de: http://socialissues. cs. toronto. edu/2014/01/computational-thinking.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d'Utilisation Commerciale - Pas de Modification 4.0 International.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
