Connaissances didactiques des enseignants de mathématiques en classe
difficultés des élèves et stratégies pédagogiques
DOI :
https://doi.org/10.23925/1983-3156.2025v27i1p312-335Mots-clés :
Étude en classe, Difficultés des élèves, Stratégies d’enseignement, Connaissances didactiques, Enseignement des mathématiquesRésumé
Le texte traite des aspects des connaissances didactiques mobilisées par les enseignants qui enseignent les mathématiques lorsqu’ils participent à une étude en classe centrée sur la division thématique du programme. Le cycle d’étude en classe a impliqué trois enseignants du système scolaire public du sud du Brésil. La recherche qualitative a été guidée par la question suivante : Quels aspects de la connaissance didactique sont mobilisés/développés par les enseignants qui enseignent les mathématiques lorsqu’ils participent à une étude en classe ? L’analyse qualitative, basée sur l’analyse de contenu, a montré que la dynamique de l’étude en classe favorisait les aspects suivants de la connaissance didactique : les difficultés des élèves et les stratégies d’enseignement. En conséquence, l’enquête souligne que l’étude en classe permet aux participants de comprendre les différentes difficultés des élèves dans les sujets mathématiques, en réfléchissant à la nature de ces difficultés et aux implications pour l’apprentissage. La collaboration qui caractérise l’étude en classe favorise le partage d’expériences professionnelles qui élargissent le répertoire des stratégies d’enseignement des participants. Il est souligné que l’étude en classe élargit les connaissances didactiques des enseignants, favorisant le développement professionnel.
Références
Ball, D. L., Hill, H. C., & Bass, H. (2005). Knowing mathematics for teaching: Who knows mathematics well enough to teach third grade, and how can we decide? American Educator, 29(1), 14-17, 20-22, 43-46. http://hdl.handle.net/2027.42/65072
Ball, D. L., Thames, M. H., & Phelps, G. (2008). Content knowledge for teaching: What makes it special? Journal of Teacher Education, 59(5), 389-407. https://doi.org/10.1177/0022487108324554
Bardin, L. (2021). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.
Bezerra, C. A., & Quaresma, M. (2023). Desenvolvimento do conhecimento didático de futuros professores no contexto do Estudo de Aula. Revista Paranaense de Educação Matemática, 12(29), 325-349. https://periodicos.unespar.edu.br/rpem/article/view/8262
Bogdan, R. C., & Biklen, S. K. (1994). Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Porto Editora.
Brasil. Conselho Nacional de Saúde (2016). Resolução nº 510, de 7 de abril de 2016. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 maio 2016. Seção 1, n. 98, 44-46.
Brasil. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica (2018). Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: MEC/SEB.
Centurión, M. (1994). Conteúdo e Metodologia de Matemática: Números e operações. Scipione.
Clivaz, S., & Clerc-Georgy, A. (2020). Facilitators’ roles in lesson study: from leading the group to doing with the group. In: A. Murata, & C. K. E. Lee (Org.). Stepping up Lesson Study: An educator’s guide to deeper learning (pp. 86-93). Routledge.
Colling, J., & Richit, A. (2019). Conhecimentos Pedagógico, Tecnológico e do Conteúdo na Formação Inicial do Professor de Matemática. Educação Matemática Pesquisa Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação Matemática, 21(2), 394-421. https://doi.org/10.23925/10.23925/1983-3156.2018v21i2p394-421
Day, C. (2001). Desenvolvimento profissional de professores: os desafios da aprendizagem permanente. (11a. ed.). Porto Editora.
Fujii, T. (2014). Implementing Japanese lesson study in foreign countries: Misconceptions revealed. Mathematics Teacher Education and Development, 16(1), 65-83. https://eric.ed.gov/?id=EJ1046666
Fujii, T. (2016). Designing and adapting tasks in lesson planning: a critical process of Lesson Study. ZDM Mathematics Education, 48(4), 411-423. https://link.springer.com/article/10.1007/s11858-016-0770-3
Fujii, T. (2018). Lesson study and teaching mathematics through problem solving: The two wheels of a cart. In: M. Quaresma, C. Winsløw, S. Clivaz, J. P. Ponte, A. N. Shúilleabháin, & A Takahashi. (Org.). Mathematics lesson study around the world. Springer.
Gómez, C. M. (1991). Enseñanza de la multiplicación y división. Síntesis.
Lewis, C. (2016). How does lesson study improve mathematics instruction? ZDM, (48), 571-
-580. https://link.springer.com/article/10.1007/s11858-016-0792-x
Mandarino, M., & Belfort, E. (2005). Números naturais: conteúdo e forma. Ministério da Educação: Universidade Federal do Rio de Janeiro, LIMC.
Martí, E., & Pozo, J. I. (2000). Más allá de las representaciones mentales: la adquisición de los sistemas externos de representación. Journal for the Study of Education and Development, 23(90), 11-30.
Martins, M., Duarte, N., & da Ponte, J. P. (2023). Estudo de aula na formação inicial de professores de matemática: Aspetos-chave que promovem o desenvolvimento do conhecimento didático dos futuros professores. Quadrante, 32(1), 120-141.
Martins, M., Ponte, J. P., & Mata-Pereira, J. M. (2024). O desenvolvimento do conhecimento didático de futuros professores: o estudo de aula como processo formativo integrado na formação inicial. PNA: Revista de investigación en didáctica de la matemática, 18(2), 105-130. https://doi.org/10.30827/pna.v18i2.27258
Mendes, F. (2013). A aprendizagem da divisão: um olhar sobre os procedimentos usados pelos alunos. Da Investigação às Práticas, 3(2), 5-30. https://doi.org/10.25757/invep.v3i2.31
Menezes, L. (2000). Matemática, linguagem e comunicação. Millenium, 20, 178-196.
Murata, A. (2011). Introduction: Conceptual overview of lesson study. In: L. Hart, A. Alston, & A. Murata. (Org.). Lesson study research and practice in mathematics education. (pp. 1-12). Springer.
Nóvoa, A. (2022). Conhecimento profissional docente e formação de professores. Revista Brasileira de Educação, 27, e270129, 2-20. https://www.scielo.br/j/rbedu/a/TBsRtWkP7hx9ZZNWywbLjny/
Perry, R., & Lewis, C. (2009). What is successful adaptation of lesson study in the U.S.? Journal of Educational Change, 10(4), 365-39. https://link.springer.com/article/10.1007/s10833-008-9069-7
Ponte, J. P. (1999). Didácticas específicas e construção do conhecimento profissional. In: J. Tavares, A. Pereira, A. P. Pedro, & H. A. Sá. (Org.). Investigar e formar em educação: Actas do IV Congresso da SPCE (pp. 59-72). Porto: SPCE.
Ponte, J. P. (2012). Estudando o conhecimento e o desenvolvimento profissional do professor de matemática. In: N. Planas. (Org.). Teoría, critica y práctica de la educación matemática (pp. 83-98). Graó.
Ponte, J. P., & Oliveira, H. (2002). Remar contra a maré: A construção do conhecimento e da identidade profissional na formação inicial. Revista de Educação, 145-163. https://repositorio.ulisboa.pt/handle/10451/3167
Ponte, J. P., Quaresma, M., Baptista, M., & Mata-Pereira, J. (2014). Os estudos de aula como processo colaborativo e reflexivo de desenvolvimento profissional. In: J. Sousa & I. Cevallos. (Org.). A formação, os saberes e os desafios do professor que ensina Matemática (pp. 61-82). Editora CRV.
Ponte, J. P., Quaresma, M., Mata-Pereira, J., & Baptista, M. (2015). Exercícios, problemas e explorações: Perspectivas de professoras num estudo de aula. Quadrante, 24(2), 111-134. https://quadrante.apm.pt/article/view/22920/16986
Ponte, J. P., Quaresma, M., Mata-Pereira, J., & Baptista, M. (2016). O estudo de aula como processo de desenvolvimento profissional de professores de matemática. Bolema, 30(56), 868-89. https://www.scielo.br/j/bolema/a/KDpjQXZsJz8DyHhd9CCLq9R/abstract/?lang=pt
Quaresma, M., & Ponte, J. P. (2015). Comunicação, tarefas e raciocínio: aprendizagens profissionais proporcionadas por um estudo de aula. Zetetiké, 23(2), 297-310. https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/zetetike/article/view/8646540
Quaresma, M., & Ponte, J. P. (2019). Dinâmicas de reflexão e colaboração entre professores do 1º ciclo num estudo de aula em Matemática. Bolema, 33(63), 368-388. https://www.scielo.br/j/bolema/a/YDRhdGMpwptfFwtXGr4RmcN/abstract/?lang=pt
Richit, A. (2020). Estudo de aula na perspectiva de professores formadores. Revista Brasileira
De Educação, v. 25, e250044, 1-24. https://www.scielo.br/j/rbedu/a/ZGHbjRhNkk5CzKN6G6bh56w/?lang=pt
Richit, A. (2021). Teacher professional development: a theoretical framework. Research, Society and Development, 10(14), 1-19. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i14.22247
Richit, A. (2022). Desenvolvimento Profissional de Formadores de Futuros Professores de Matemática em Estudos de Aula. In: A. Richit, J. P. Ponte, & E. S. Gómez. (Org.). Estudos de aula na formação Inicial e Continuada de Professores (pp. 121-150). Livraria da Física.
Richit, A., & Ponte, J. P. (2017). A colaboração docente em estudos de aula na perspectiva de professores participantes. Revista Paradigma, 38(1), 330-351. https://www.scielo.br/j/bolema/a/yK8MJGPqbjcdCtVRLKLX6fJ/?lang=pt
Richit, A., Ponte, J. P., & Quaresma, M. (2021). Aprendizagens profissionais de professores evidenciadas em pesquisas sobre estudos de aula. Bolema, 35(70), 1107-1137. https://doi.org/10.1590/1980-4415v35n70a26
Richit, A., Richit, L. A., & Richter, A. (2023). Contributos do Contexto da Tarefa na Abordagem de Máximos e Mínimos em um Lesson Study em Cálculo. PARADIGMA, 44(1), 318-340. https://doi.org/10.37618/PARADIGMA.1011-2251.2023.p317-339.id1422
Richit, A., Ponte, J. P., & Tomkelski, M. L. (2024). Professional Collaboration among Elementary School Teachers in Lesson Study. Journal of Research in Mathematics Education, 13(2), 111-131. http://doi.org/10.17583/redimat.14337
Richit, A., & Tomkelski, M. L. (2022). Meanings of mathematics teaching forged through reflection in a lesson study. Eurasia Journal of Mathematics, Science and Technology Education, 18(9), em2151, 1-15. https://doi.org/10.29333/ejmste/12325
Richit, A., Tomkelski, M. L., Junior, E. C. S. (2023). Possibilidades formativas e pedagógicas dos estudos de aula. In: A. Richit, & M. L. Tomkelski. (Orgs.). Lesson study em Matemática (pp. 113-120). CRV. https://www.editoracrv.com.br/produtos/detalhes/37684-lesson-study-em-matematica?srsltid=AfmBOooLwvwVrDPUApjjx96wU1qC8lO7ZPySytiPm9kaGuC9nVMEJlNw
Rocha, M. I., & Menino, H. A. (2009). Desenvolvimento do sentido do número na multiplicação: Um estudo de caso com crianças de 7/8 anos. Revista latinoamericana de investigación en matemática educativa, 12(1), 103-134. https://www.scielo.org.mx/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1665-24362009000100005
Santana, E., Ponte, J. P., & Serrazina, M. D. L. (2020). Conhecimento didático do professor de Matemática à luz de um processo formativo. Bolema, 34, 89-109. https://www.scielo.br/j/bolema/a/FBFhMY8dnWpKJQYXLyHFGPf/?lang=pt&format=html
Serrazina, M. D. L. (2014). O Professor que Ensina Matemática e a sua Formação: uma experiência em Portugal. Educação & Realidade, 39, 1051-1069.
Shulman, L. S. (1986). Those who understand: Knowledge growth in teaching. Educational Researcher, 15(2), 4-14. https://journals.sagepub.com/doi/10.3102/0013189x015002004
Shulman, L. (1987). Knowledge and teaching: Foundations of the new reform. Harvard educational review, 57(1), 1-23.
Shulman, L. S. (2014). Conhecimento e ensino: fundamentos para a nova reforma. Cadernos Cenpec, 4(2), 196-229.
Stigler, J. & Hiebert, J. (1999). The Teaching Gap: Best Ideas from the World’s Teachers for Improving Education in the Classroom. The Free Press.
Toledo, M. & Toledo, M. (2010). Teoria e prática de matemática: como dois e dois. FTD.
Usiskin, Z. (1996). Mathematics as a language. In P. Elliott and M. Kenney (Eds.), Communication in mathematics, K-12 and beyond (pp. 231-243). National Council of Teachers of Mathematics.
Vieira, R., Ponte, J. P., & Mata-Pereira, J. (2022). Conhecimento matemático de futuros professores: aprendizados realizados num estudo de aula. Bolema, 36(73), 822-843. https://www.scielo.br/j/bolema/a/yVJ8FxZgbGXdMvJfYSYqYfx/?lang=pt
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence

Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d'Utilisation Commerciale - Pas de Modification 4.0 International.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).