Diálogos acerca do desafio contínuo do combate ao racismo no esporte “do povo”
Educação Matemática Crítica em sala de aula
DOI:
https://doi.org/10.23925/1983-3156.2024v26i1p390-417Palavras-chave:
Educação matemática crítica, Futebol, Tecnologia, RacismoResumo
São perceptíveis os desafios enfrentados pelos professores no ensino de Matemática, no que diz respeito ao interesse dos estudantes pela disciplina e ao entendimento dos conceitos matemáticos por parte dos estudantes. A justificativa deste trabalho se dá através da necessidade de se pensar em novas possibilidades para o ensino de Matemática, a fim de que haja o desenvolvimento de um pensamento crítico e democrático pelos estudantes. A questão colocada é: a contextualização dos conceitos matemáticos através do futebol com uso de recursos tecnológicos contribuirá para um melhor entendimento acerca dos conteúdos lecionados? O objetivo geral deste artigo é desenvolver a construção de conhecimentos de conteúdos de Estatística e porcentagem por um viés da Educação Matemática Crítica contextualizando o desafio contínuo do combate ao racismo no futebol. Dialogar acerca de temáticas como a história do futebol brasileiro em paralelo ao combate ao racismo nas aulas de Matemática é de suma importância para que possamos formar cidadãos críticos e reflexivos, podendo assim transformar a sociedade em que vivemos. Espera-se que, com as atividades aqui propostas, o ensino de Matemática seja mais significativo para os estudantes.
Metrics
Referências
Almeida, S. L. (2018). O que é racismo estrutural? Belo Horizonte (MG): Letramento.
Almeida, S. L. (2020). Racismo estrutural. São Paulo: Editora Jandaíra.
Alvim, A. (2023, August 16). O desafio contínuo do racismo no futebol | Politize! https://www.politize.com.br/racismo-no-futebol
Araújo, J. D. L. (2005). Uma abordagem sócio-crítica da modelagem matemática: a perspectiva da educação matemática crítica. Alexandria Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, v. 2, n. 2, p.55-68 (https://periodicos.ufsc.br/index.php/alexandria/article/view/37948 ).
Barton, B. (2002). Ethnomathematics and Indigenous People’s Education. In: CD ROM do II CIEM.
Brasil. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidente da República, [2016]. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em 25 out. 2023.
Brasil. Decreto nº 21.076, de 24 de fevereiro de 1932. Brasil, 1932. https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1930-1939/decreto-21076-24-fevereiro-1932-507583-publicacaooriginal-1-pe.html. Acesso em: 25 out. 2023.
“Brasil Football Club” - A história do futebol brasileiro [2014]. (n.d.). www.youtube.com. Retrieved April 19, 2023, from https://youtu.be/mLtRmNtde8Y
Brasil. Gênero e diversidade na escola: formação de professoras/es em Gênero, Orientação Sexual e Relações Étnico-Raciais. Livro de conteúdo. Versão 2009. – Rio de Janeiro: CEPESC; Brasília : SPM, 2009. __266 p. ISBN 978-85-89737-11-1.
Brasil. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB. 9394/1996. BRASIL.
Brasil. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Parte III - Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MECSEF, 1998. http://portal.mec.gov.br/conaes-comissao-nacional-de-avaliacao-da-educacao-superior/195-secretarias-112877938/seb-educacao-basica-2007048997/seb/arquivos/pdf/ciencian.pdf. Acesso em: 25 out. 2023.
Boneco com camisa de Vinícius Jr. aparece “enforcado” em ponte em Madri; jogador espera punição contra crimes de ódio, diz representante. (n.d.). G1. https://g1.globo.com/mundo/noticia/2023/01/26/boneco-com-camisa-de-vinicius-jr-aparece-enforcado-em-ponte-em-madri-jogador-espera-punicao-contra-crimes-de-odio-diz-representante.ghtml
Borba, M. Um Brincar com a Tecnologia Digital na Primeira Infância?: reflexões sobre o uso das telas e o Processo de Integração Infantil. (Portuguese Edition). Editora Dialética.
Cotton, T. (1998). Towards a mathematics education for social justice. [s.i.] (thesis, Ph.D).
D’Ambrósio, U. (2018). Como foi gerado o nome etnomatemática ou alustapasivistykselitys. In: Fantinato, Maria Cecília; Freitas, Adriano Vargas (orgs.). Etnomatemática: concepções, dinâmicas e desafios. Jundiaí, SP: Paco Editorial. p. ??
Davis, A. Mulheres, raça e classe. Tradução de Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo, 2016, 244p.
Estudos e Pesquisas • Informação Demográfica e Socioeconômica • n.41. (2017). https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101681_informativo.pdf
Fernandes, S. H. A. A. & Healy, L. (2020) Educação Matemática, um bem comunitário? Resistindo à normalização e a hegemonia do simbólico. Boletim Gepem, n. 76, p. 202-220.
Freire, P. (1979). Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Ed. Paz e Terra.
Gil, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4ª edição. São Paulo: Atlas, 1994
Ginglass, M. R. (2020). Análise dos livros didáticos do 6º ano na perspectiva Da Educação Matemática Crítica: um olhar pela estatística. Monografia (especialização) – Colégio Pedro II, Rio de Janeiro, RJ.
Guterman, M. (2009). O futebol explica o Brasil: Uma história da maior expressão popular do país. São Paulo: Contexto, v. 1, 270 p.
Kilomba, G. (2019). Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Trad. Jess Oliveira. 1. ed. Rio de Janeiro: Cobogó.
Levantamento inédito: quase metade dos atletas negros das Séries A, B e C sofreu racismo no futebol. (2019, November 12). Ge. https://ge.globo.com/pe/futebol/noticia/levantamento-inedito-quase-metade-dos-atletas-negros-das-series-a-b-e-c-sofreu-racismo-no-futebol.ghtml.
Magalhães, L. G. (2010). Histórias do futebol. Lívia Gonçalves Magalhães. São Paulo: Arquivo Público do Estado. 192 p.: il. (Coleção Ensino & Memória, 1). ISBN: 978-85-63443-01-4 1. Futebol – História. I. Título. II. Série: Ensino & Memória. http://www.arquivoestado.sp.gov.br/site/assets/publicacao/anexo/historias_do_futebol.pdf.
Mizukami, M. G. N. Ensino: as abordagens do processo. Editora E.P.U, São Paulo, 1996.
Louro, G. L., Felipe, J. & Goellner, S. V. Corpo, gênero e sexualidade: um debate contemporâneo na educação. 9. Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013. ISBN: 978-85-326-2914-2.
Muzinatti, J. L. (2018). A “Verdade” apaziguadora na Educação Matemática: como a argumentação de estudantes de classe média pode revelar sua visão acerca da injustiça social. Rio Claro, 254 p. Tese (doutorado) – Universidade Estadual Paulista (Unesp), Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Rio Claro.
Petronilha B. G. S. (2018). Educação das relações étnico-raciais nas instituições escolares. Educar em Revista, Curitiba, Brasil, v. 34, n. 69, p. 123-150, maio/jun.
Quijano, A. (2005). Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: QUIJANO, Anibal. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais, perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, p.117-142. https://biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/sur-sur/20100624103322/12_Quijano.pdf.
Relatório, A. ([s.d.]). Discriminação racial no futebol. Com.br. Recuperado 27 de janeiro de 2024, de https://observatorioracialfutebol.com.br/Relatorios/2021/RELATORIO_DISCRIMINACAO_RACIAL_2021.pdf
Rosa, M. & Orey, D. C. Abordagens atuais do Programa Etnomatemática: delineando um caminho para a ação pedagógica. Boletim de Educação Matemática [en linea]. 2006, 19(26), 1-26[fecha de Consulta 1 de Mayo de 2023]. ISSN: 0103-636X. https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=291221866003.
Santos, E. A. (2011). Cibercultura e a educação em tempos de mobilidade e redes sociais: conversando com os cotidianos. In: Fontoura, Helena; Silva, Marco (org.). Práticas pedagógicas, linguagem e mídias: desafios à pós-graduação em educação em suas múltiplas dimensões. Rio de Janeiro: ANPEd Nacional, p.138-160.
Sevilla expulsa torcedor que cometeu atos racistas no jogo contra o Real. (2023, 21 de outubro). Agência Brasil. https://agenciabrasil.ebc.com.br/esportes/noticia/2023-10/sevilla-expulsa-torcedor-que-cometeu-atos-racistas-em-jogo-contra-real
Soriano, M. & Vianna, M. (2023). A matemática presente no futebol brasileiro. Educação Matemática Sem Fronteiras: Pesquisas em Educação Matemática, v. 4, n. 2, p. 113-132, 27 jan. 2023. https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/EMSF/article/view/13134/8746.
Skovsmose, O. (2016). Critical mathematics education: Concerns, notions, and future. In: Bicudo, M. A. V. et al. The Philosophy of Mathematics Education. New York: Springer. https://link.springer.com/content/pdf/10.1007%2F978-3-319-40569-8.pdf.
Skovsmose, O. (2001). Educação Matemática Crítica: a questão da democracia. 1. ed. Campinas, SP: Papirus.
Veloso, M. M. A., Santos, E. O. & Sales, K. M. B. (2023). O racismo cotidiano: um caso de pesquisa etnográfica na cibercultura. Periferia, [S. l.], v. 15, p. e71243, doi: 10.12957/periferia.2023.71243. https://www.e-publicacoes.uerj.br/periferia/article/view/71243.
Vianna, M. A. (2012). Modelando funções no Excel: a busca por padrões em situações cotidianas com licenciandos em matemática. In: Vianna, M. A. Pesquisa, ensino e inovação com tecnologias em educação matemática: de calculadoras a ambientes virtuais. 1 ed. Seropédica: EDUR, v.4, p.65-79.
Vinicius JR. (2023). Parabéns ao Sevilla pelo rápido posicionamento e pela punição em mais um triste episódio para o futebol espanhol. Infelizmente, tive... https://twitter.com/vinijr/status/1715851887428214814?s=20. (n.d.). X (anteriormente Twitter). https://x.com/vinijr/status/1715851887428214814?s=20
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).