A mediação na prática de revisão por pares de produção escrita em uma perspectiva sociocultural de aprendizagem de L2
DOI:
https://doi.org/10.23925/2318-7115.2021v42i1a4Palavras-chave:
colaboração, produção escrita, revisão por pares, teoria sociocultural, educação bilíngueResumo
Esta pesquisa teve por objetivo propor a prática de revisão por pares de produção escrita a um 8º ano do Ensino Fundamental de uma escola com currículo bilíngue Português-Inglês do Sul do Brasil. Ela visou a analisar a atividade colaborativa em que os participantes se envolveram enquanto estavam engajados na atividade de revisão por pares, destacando as estratégias mediadoras utilizadas, tendo em vista que o diálogo colaborativo proveniente da prática poderia ser o lugar onde o uso da língua e a aprendizagem da língua poderiam coocorrer (SWAIN, 1997), tornando-se uma atividade social e cognitiva (SWAIN, 2000). Os participantes realizaram essa prática em duplas durante um período de 4 meses, revisando 5 produções textuais no total. O feedback em relação à revisão era fornecido de forma escrita e oral. O feedback oral foi gravado e transcrito e através de sua análise foi possível observar que, dentre as estratégias mediadoras identificadas, as duplas utilizaram-se de fontes externas, da L1, de andaimento, de apoio no conhecimento metalinguístico e da fala privada. Unindo seus conhecimentos, os aprendizes, ao trabalharem juntos, alcançaram níveis mais elevados de desempenho, através da assistência mútua (OHTA, 2000).
Metrics
Referências
BEHAN, L.; SPEK, J.; TURNBULL, M. 1995. Can L1 use in collaborative dialogues help bridge the L2 proficiency gap? Toronto, ON: Ontario Institute for Studies in Education.
BLOS BOLZAN, D. 2010. Centros de autoacesso: uma proposta para currículo bilíngue: a função dos centros de autoacesso na aprendizagem de língua inglesa e no desenvolvimento da autonomia do aprendiz. Trabalho de conclusão de curso (Dissertação de Mestrado). Porto Alegre, PPGLet/UFRGS, 169p.
DONATO, R. 1994. Collective scaffolding in second language learning. In J. P. LANTOLF; APPEL, G. (Eds.). Vygotskian approaches to second language research. Norwood, NJ: Ablex, p. 33-56.
FIGUEIREDO, F. D. 2019. Vygotsky: a interação no ensino/aprendizagem de línguas. São Paulo: Parábola, 128 p.
FLAVELL, J. 1966. Le Language Privé. Bulletin de Psychologie, 19, p. 698-701.
HALL, J. K. 2001. Methods for teaching foreign languages: creating a community of learners in the classroom. New Jersey: Merrill Prentice Hall, 2001.
KOWAL, M.; SWAIN, M. 1994. Using collaborative language production tasks to promote students’ language awareness. Language Awareness, v. 3, n. 2, p. 73-93.
LAMARRE, P. 1997. A comparative analysis of the development of immersion programs in British Columbia and Quebec: two divergent sociopolitical contexts. Tese (Doutorado em Sociologia da Educação) – Programa de Pós-Graduação em Estudos Educacionais, University of British Columbia, Vancouver, Canada, 382p.
LANTOLF, J. P.2000. Introducing sociocultural theory. In: LANTOLF, J. P. (Ed.) Sociocultural Theory and Language Learning. New York: Oxford, p. 1-25.
LANTOLF, J. P.; APPEL, G. 1994. Theoretical framework: An introduction to Vygotskian approaches to second language research. Vygotskian approaches to second language research, p. 1-32.
LANTOLF, J. P.; THORNE, S. L. 2007. Sociocultural theory and second language learning. In: VAN PATTEN, B.; WILLIAMS, J. (Eds.) Theories in second language acquisition. Mahwah, NJ: Erlbaum, p. 201-224.
MEGALE, A.; LIBERALI, F.. Caminhos da educação bilíngue no Brasil: perspectivas da linguística aplicada. Raído, v. 10, n. 23, p. 9-24.
MITCHELL, R.; MYLES, F. 1998. Second Language Learning Theories. London/NewYork: Arnold, 320p.
NASSAJI, H.; SWAIN, M. 2010. Vygotskian perspective on corrective feedback in L2: the effect of random versus negotiated help on the learning of English articles. Language Awareness, v. 9, n.1, p. 34-51.
OHTA, A. S. 1995. Applying Sociocultural Theory to an Analysis of Learner Discourse: Learner-Learner Collaborative Interaction in the Zone of Proximal Development. Issues in Applied Linguistics, v. 6, n. 2, p. 93-121.
OHTA, A. S. 2000. Rethinking interaction in SLA: Developmentally appropriate assistance in the zone of proximal development and the acquisition of L2 grammar. . In: LANTOLF, J. P. (Ed.) Sociocultural Theory and Language Learning. New York: Oxford, p. 51-78.
OHTA, A. S. 2005. Interlanguage pragmatics in the zone of proximal development. System, v. 33, n. 3, p. 503-517.
PINHO, I. C., LIMA, M. D. S. 2010. A fala privada no desenvolvimento de tarefas colaborativas em inglês. Calidoscópio, v. 8, n. 1, p. 38-48.
ROLLINSON, P. 2005. Using peer feedback in the ESL writing class. ELT Journal, v. 59, p. 23-30.
SATO, M. 2013. Beliefs about peer interaction and peer corrective feedback: efficacy of classroom intervention. The Modern Language Journal. v. 97, n. 3, p. 611-633.
STORCH, N. 2005. Collaborative writing: Product, process, and students’ reflections. Journal of second language writing, v. 14, n. 3, p. 153-173.
SWAIN. M. 1997. Collaborative dialogue: its contribution to second language learning. Revista Canaria de Estudios Ingleses. n. 34, p. 115-132.
SWAIN, M. 2000. The output hypothesis and beyond: Mediating acquisition through collaborative dialogue. In: LANTOLF, J. P. (Ed.) Sociocultural Theory and Language Learning. New York: Oxford, p. 97-114.
SWAIN, M.; KINNEAR, P.; STEINMAN, L. 2011. Sociocultural theory in second language education: An introduction through narratives. Bristol, England: Multilingual Matters, 216p.
SWAIN, M.; LAPKIN, S. 1995. Problems in output and the cognitive processes they generate: A step towards second language learning. Applied Linguistics, v. 16, p. 371-391.
SWAIN, M.; LAPKIN, S. 1998. Interaction and second language learning: Two adolescent French immersion students working together. Modern Language Journal, v. 82, n. 3, p. 320-337.
SWAIN, M.; LAPKIN, S. 2001. Focus on form through collaborative dialogue: Exploring task effects. In: BYGATE, M.; SKEHAN, P; SWAIN, M. (Eds.) researching pedagogic tasks: Second language learning, teaching, and testing. Harlow: Longman, p. 99-118.
VILLAMIL, O. S.; GUERRERO, C. M. 1996. Peer revision in the L2 classroom: social-cognitive activities, mediating strategies, and aspects of social behavior. Journal of Second Language Writing, v. 5, n.1, p. 51-75.
VILLAMIL, O. S.; GUERRERO, C. M. 1998. Assessing the impact of peer revision on L2 writing. Applied Linguistics, v. 19, n. 4, p. 491-514.
VYGOTSKY, L. S. 1978. Mind in society: The development of higher psychological processes. Cambridge, MA. Harvard University Press, 159p.
WELLS, G. 1999. Dialogic inquiry: Towards a socio-cultural practice and theory of education. Cambridge: Cambridge University Press, 392p.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores concedem à revista todos os direitos autorais referentes aos trabalhos publicados. Os conceitos emitidos em artigos assinados são de absoluta e exclusiva responsabilidade de seus autores.