Libras na educação infantil

proposta de critérios para a elaboração de um planejamento de ensino de Libras em escolas regulares.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/2318-7115.2022v43i2a11

Palavras-chave:

Libras na educação infantil, planejamento no ensino de Libras, educação e desenvolvimento de lingua(gem)

Resumo

Este artigo tem como objetivo propor ou sugerir critérios que direcionam a elaboração de um planejamento de ensino de Libras seja L1 ou L2, mais adequado e significativo para crianças no ambiente escolar. As investigações, de caráter qualitativo e bibliográfico geraram reflexões e perspectivas que atualmente são apresentadas na literatura que envolve essa temática na área da educação infantil. Para tanto, as discussões foram embasadas em teóricos como Quadro e Cruz (2011), Gesser (2010), Vygotsky (1997) dentre outros. Os resultados mostraram que na elaboração de um planejamento de ensino de Libras, L1 ou L2 para crianças sugere-se como critérios: considerar os processos de aquisição de língua e desenvolvimento da linguagem; em qual estágio de desenvolvimento e cognição as crianças estão, para identificar o que está adequado e o que necessita ser adquirido e, também, a quantidade de crianças ouvintes e surdas no contexto escolar, observando se será preciso mais abordagens metodológicas de ensino como L1 ou como L2. Além disso, constatou-se que na produção acadêmica na área da Libras, pouquíssimos foram os trabalhos encontrados que norteiam a prática de ensino de Libras para a educação infantil.

Palavras-chave: libras na educação infantil, planejamento no ensino de Libras, educação e desenvolvimento de lingua(gem).

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Andréa Guimarães Carvalho, Universidade Federal de Goiás (UFG)

Doutoranda em Letras/Linguística pela Universidade de Brasília (UnB), Mestre em Educação pela UFG, graduada em Fonoaudiologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (1996), em Pedagogia pela UAB/UnB (2013) e em Letras/Libras pela UFG/GO (2016). Especialista em Audilogia pelo CEFAC (2002) , em Desenvolvimento Humano, Educação e Inclusão Escolar pela UnB (2008) e Especialista em Docência em Libras (2016). Atualmente é professora efetiva da Universidade Federal de Goiás (UFG) desde 2016 e do Curso de Pós-Graduação em Libras pela Uníntese e atua, principalmente nas áreas de Linguística das Línguas de Sinais, Ensino de Libras e da Escrita da Línguas de Sinais ELiS. Compõe o grupo de pesquisa do Laboratório LALELiS - Laboratório de Leitura e Escrita das Línguas de Sinais.

Referências

ALBRES, Neiva de Aquino. Ensino de Libras: Aspectos históricos e sociais para a formação didática de professores. 1ª ed. Curitiba. Appris, 2016.

AHMAD, Laila Azize Souto & WERLE, Kelly. Planejamento na educação infantil: Uma construção mediada pela coordenação pedagógica no núcleo de educação infantil Ipê Amarelo. X Congresso Nacional de Educação – EDUCERE. Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Curitiba, 7 a 10 de novembro de 2011.

BRASIL. Constituição Federal. Brasília: Senado Federal, 1988.

BRASIL.Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm . Acesso em: 14/01/2021.

BRASIL. Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências. 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10436.htm . Acesso em: 14/01/2021.

BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Secretaria de Educação Básica. Lei de Diretrizes e Bases curriculares nacionais para a educação infantil / Secretaria de Educação Básica. – Brasília : MEC, SEB, 2010.

BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Ser criança na educação infantil: infância e linguagem / Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica. - 1.ed. In: Coleção Leitura e escrita na educação infantil; v.3). Brasília: MEC /SEB, 2016.

BENJAMIN, Walter. Reflexões sobre a criança, o brinquedo e a educação. São Paulo: Brasiliense, 2002.

BRITO, Lucinda Ferreira. Integração social e educação de Surdos. Rio de Janeiro: Babel, 1993.

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Câmara de Educação Básica. Resolução CNE/CED 2/2001. Diário Oficial da União Brasília, 14 de setembro de 2001. Seção 1E, p. 39-40.

DALBOSCO, Claudio A. & MARTINS, Maurício Rebelo. Rousseau e a primeira infância. Filosofia e Educação – ISSN 1984-9605 – Vol. 4, N. 2 Out., 2013.

DOHME, Vânia D’ângelo. Atividades lúdicas na educação: os caminhos de tijolos amarelos da aprendizagem. ed.3. Petrópolis: Vozes, 2003.

GESSER, Audrei. Metodologia de Ensino em Libras como L2. In: PEREIRA, A. T. C.; STUMPF, M. R.; QUADROS, R. M. Coleção Letras/Libras, 2010.

GESSER, Audrei. LIBRAS? Que língua é essa?: crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda. São Paulo. Parábola Editorial, 2009.

HOFFE, Otfried. O que é justiça? / Tradução de Peter Naumann. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003.

KUHLMAN JR., Moysés. Histórias da educação infantil brasileira. Rev. Bras. Educ. [online]. 2000, n. 14, pp.5-18. ISSN 1413-2478.

LACERDA, Cristina Bróglia Feitosa de. Os Processos dialógicos entre surdo e educador ouvinte: examinando a construção do conhecimento. Tese de Doutorado. Programa de Psicologia da Educação. Faculdade de Educação. Universidade Estadual de Campinas: 1996.

MARQUES, Hivi de Castro Ruiz & BARROCO, Sonia Mari Shima & SILVA, Tânia dos Santos Alvarez da. O ensino da Língua Brasileira de Sinais na Educação Infantil para crianças ouvintes e surdas: Considerações com base na psicologia histórico-cultural. Rev. Bras. Ed. Esp., Marilia. V. 19, n. 4, p. 503-518. Out-Dez., 2013.

MARTINS, Vanessa Regina de Oliveira & ALBRES, Neiva de Alquino & SOUSA, Wilma Pastor de Andrade. Contribuições da Educação Infantil e do brincar na aquisição de linguagem por crianças surdas. Pro-Posições | v. 26, n. 3 (78) | p. 103-124 | Set/Dez. 2015.

MICHEL, Caroline Braga & NOVO, Rogério. Planejamento: limites e possibilidades. In: NOGUEIRA, Gabriela Medeiros (Organizadora). Práticas pedagógicas na Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental: diferentes perspectivas. – Rio Grande: Editora da FURG, 2013.

MONTEIRO, Myrna Salerno. História dos movimentos dos surdos e o reconhecimento da Libras no Brasil. ETD- Educação Temática Digital. Campinas, v.7, n. 2, p.292-302, jun. 2006 – ISSN: 1676-2592.

NOGUEIRA, André Xavier. Descrição fonético-fonológica dos sinais da língua de sinais brasileira (LIBRAS). Dissertação de Mestrado. USP. Programa de Pós-Graduação em Linguística. São Paulo. 2006. Disponível em: < https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-18122007-135347/publico/Dissertacao.pdf> . Acessado em: 30 de maio de 2021.

OLIVEIRA, Maxwell Ferreira de. “METODOLOGIA CIENTÍFICA: um manual para a realização de pesquisas em administração”. Catalão: UFG, 2011. Disponível em:https://adm.catalao.ufg.br/up/567/o/Manual_de_metodologia_cientifica_Prof_Maxwell.pdf . Acesso em: 02 de fevereiro de 2021.

OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vygotsky: aprendizagem e desenvolvimento: um processo sócio-histórico. São Paulo: Scipione, 2009.

SIMÕES, Priscila Mara. A língua de sinais como foco de construção do imaginário no brincar de crianças surdas. ETD – Educação Temática Digital. Vol. 7. N.2. jun. São Paulo: Campinas, 2006.

SKLIAR, Carlos Bernardo. A surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Mediação, 1998.

QUADROS, Ronice Muller de & CRUZ, Carina Rebello. Língua de sinais: instrumentos de avaliação. Porto Alegre. Artmed, 2011.

QUADROS, Ronice Muller de & KARNOPP, Lodenir Becker. Língua de sinais brasileira: Estudos linguísticos. Porto Alegre. Artmed, 2004.

ROCHA, Eloisa Acires Candal. A pesquisa em educação infantil no Brasil: Trajetória recente e perspectiva de consolidação de uma pedagogia. 1998. 187f. Tese (doutorado) – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação, Campinas, SP. Disponível em: http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/251307 . Acesso em: 25/12/2020.

SOUZA, Maria Cecília Braz Ribeiro de. A concepção de criança para o enfoque histórico-cultural. 2007. 154 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Filosofia e Ciências, 2007. Disponível em: http://hdl.handle.net/11449/102252 . Acesso em: 08/01/2021.

VALADÃO, Michelle Nave. RODRIGUES, Lillian Ferreira. LOURENÇO, Ana Rosa, & REIS, Beatriz Gomes. Os desafios do ensino e aprendizagem da libras para crianças ouvintes e suas relações com a educação inclusiva de alunos surdos. 2016. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/index.php/contextoslinguisticos/article/view/13500 . Acesso em: 03/02/2021.

VYGOTSKY, Lev Semionovitch. Obras completas: tomo cinco: Fundamentos de defectología. Editorial Pueblo y Educación, 1997.

VYGOTSKY, Lev Semionovitch. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

VYGOTSKY, Lev Semionovitch. Pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

VYGOTSKY, Lev Semionovitch. A construção do pensamento e da linguagem. Tradução: Paulo Bezerra. 2ª edição. São Paulo. Editora WMF Martins Fontes, 2009.

Downloads

Publicado

2022-12-20

Como Citar

Carvalho, A. G., & Brasil, Y. J. dos S. (2022). Libras na educação infantil: proposta de critérios para a elaboração de um planejamento de ensino de Libras em escolas regulares. The Especialist, 43(2), 174–201. https://doi.org/10.23925/2318-7115.2022v43i2a11

Edição

v. 43 n. 2 (2022)

Seção

Artigos

Licença

Copyright (c) 2022 The Especialist

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Os autores concedem à revista todos os direitos autorais referentes aos trabalhos publicados. Os conceitos emitidos em artigos assinados são de absoluta e exclusiva responsabilidade de seus autores.