Educação Matemática: A articulação de concepções e práticas inclusivas e colaborativas<br>Mathematical Education: Articulation of inclusive and collaborative conceptions and practice

Autores

  • Danielle Aparecida Nascimento Santos Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) Docente do Programa de Mestrado em Educação Coordenadora do Curso de Licenciatura em Pedagogia
  • José Eduardo de Oliveira Evangelista Lanuti Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
  • Naiara Chierici Rocha Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
  • Denner Dias Barros Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática (PPGEM) Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp)

DOI:

https://doi.org/10.23925/1983-3156.2019v21i1p254-276

Palavras-chave:

Educação Matemática, Práticas Inclusivas, Ensino Colaborativo.

Resumo

O artigo aborda o desenvolvimento de pesquisas vinculadas ao Grupo de Pesquisa Ambientes Potencializadores para a Inclusão (API) da Universidade Estadual Paulista (UNESP), Presidente Prudente/SP. As pesquisas retratadas buscam trazer contribuições sobre a Educação Matemática em uma perspectiva inclusiva. Pautam-se na perspectiva de que uma escola verdadeiramente inclusiva é aquela que valoriza as diferenças e que necessita cada vez mais de um trabalho colaborativo entre os professores. A abordagem metodológica das pesquisas é qualitativa do tipo intervenção. Os resultados foram organizados por pesquisa e evidenciam que a Matemática pode ser mais acessível, inclusiva, contextualizada e interessante a todos os estudantes, desde que se realizem práticas de ensino colaborativas e pautadas em estratégias baseadas em projetos.

This paper approaches sections of three master’s researches related to the Research Group Potentializer Environment for Inclusion (API - Ambientes Potencializadores para a Inclusão) from São Paulo State University (UNESP), Presidente Prudente/SP. Researches portrayed are based on theoretical perspectives based on authors such as Schlünzen, Mantoan, Friend and Cook, Lorenzato and others, who advocate the consolidation of an inclusive school that appreciates differences and seeks collaborative work between teachers. The researches methodological approach is qualitative intervention type, based on authors such as Bogdan and Bicklen and Minayo. Results evidence that the inclusive teaching practice in Mathematics Education is the one that develop collaborative strategies between Special Education teachers and Mathematics teachers, based in problem resolution and project structuring.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Danielle Aparecida Nascimento Santos, Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) Docente do Programa de Mestrado em Educação Coordenadora do Curso de Licenciatura em Pedagogia

Graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) - Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT/UNESP) em 2003. Mestre e Doutora em Educação, pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da FCT/UNESP em 2007-2014. Especialista em Língua Brasileira de Sinais (Libras). Atuou no primeiro semestre de 2017 na Fundação Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), exercendo a função de Assessora Técnico-Acadêmica, Procuradora Institucional, Coordenadora Adjunta no Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) e Coordenadora de Curso de Pós-Graduação.Atualmente é docente da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), Coordenadora do curso de Pedagogia - EaD e Docente Permanente do Mestrado em Educação. Tem experiência com Educação Inclusiva e Especial e Educação a Distância atuando principalmente nos seguintes temas: Políticas de Educação Especial, Atendimento Educacional Especializado, Abordagem Construcionista, Contextualizada e Significativa, Trabalho com Projetos e Didática de Libras. 

José Eduardo de Oliveira Evangelista Lanuti, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Doutorando em Educação pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, Mestre em Educação pela Universidade Estadual Paulista -UNESP (2015), é também licenciado em Pedagogia pela Universidade Nove de Julho - UNINOVE (2012) e em Matemática pela Faculdade Presidente Venceslau - FAPREVE (2009). Integrante do Grupo de Pesquisa Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diferença (LEPED) da UNICAMP, Colaborador do Centro de Inclusão, Digital e Social (CPIDES) da FCT - Unesp. Pesquisador convidado do Grupo de Investigações Práticas Colaborativas em Educação Matemática (GIPCEM) da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS). Dedica-se ao desenvolvimento de estudos e práticas de ensino na Educação Básica que favoreçam a inclusão escolar de todos os alunos, indistintamente. Atua principalmente nos seguintes temas: Educação Inclusiva; Educação Matemática, Estratégias de ensino de Matemática, Tematização da Prática e Filosofia da Diferença. 

Naiara Chierici Rocha, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

Possui graduação em Licenciatura em Matemática pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2011) e mestrado em Programa de Pós-Graduação em Educação/FCT-UNESP pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2016). Tem experiência na área de Educação, com ênfase em EDUCAÇÃO INCLUSIVA, atuando principalmente nos seguintes temas: inclusão, ensino colaborativo, matemática, trabalho com projetos e relação com o saber. 

Denner Dias Barros, Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática (PPGEM) Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp)

Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática (PPGEM) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) - Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Unesp (IGCE/Unesp). Mestre em Educação Matemática, também pelo IGCE- Unesp. Possui graduação em Licenciatura em Matemática pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) - Faculdade de Ciências e Tecnologia da Unesp (FCT/Unesp). Especialista em Libras: Prática e Tradução/Intérprete pela Universidade do Oeste Paulista (Unoeste). 

Referências

BOGDAN, R.; BIKLEN, S. (1994). Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Porto, Porto Editora, (336).

BRASIL. Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 25 abr. 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm. Acesso em: 03 out. 2012a.

BRASIL. Resolução Nº. 4, de 2 de outubro de 2009. Institui as Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, na modalidade Educação Especial. Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica. Disponível em: . Acesso em: 04. jun. 2015.

BICUDO, M. A. (1993). Pesquisa em educação matemática. Pro-posições, Campinas, FE-Unicamp, Cortez, v. 4, n. 1 (10), p. 18-23, mar.

CHARNAY, R. (2001). Aprendendo (com) a resolução de problemas. In: Didática da Matemática: Reflexões Psicopedagógicas. PARRA, C; SAIZ, I. (orgs); trad. Juan Acuña Llorens. 2 ed – Porto Alegre, Artes Médicas, p. 36-47.

FRIEND, M.; COOK, L. (1990). Collaboration as a predictor for success in school reform. Journal of Educational and Psychological Consultation, v.1, n.1, p.69-86, jun.

GIL, R. S. A. (2007). Educação Matemática dos Surdos: um estudo das necessidades formativas dos professores que ensinam conceitos matemáticos no contexto de educação de deficientes auditivos em Belém/PA. Dissertação de Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática, Belém, Universidade do Pará.

HERNÁNDEZ, F; VENTURA, M. (1998). A Organização do currículo por projetos de trabalho. Porto Alegre, Artmed.

LORENZATO, S. (2006). Educação Infantil e percepção matemática. Campinas, SP: Autores Associados. (Coleção Formação de Professores).

LÜDKE, M; ANDRÉ, M. (1986). Pesquisa em Educação: Abordagens qualitativas. São Paulo, EPU.

MANTOAN, Maria T. E. (2003). Inclusão Escolar: o que é? Por quê? Como fazer?. São Paulo, Moderna. (Coleção: cotidiano escolar)

NOGUEIRA, C.M.I e MACHADO, E. L. (1995). O ensino de matemática para deficientes auditivos: uma visão psicopedagógica. Relatório final da pesquisa do Departamento de Matemática, Universidade Estadual de Maringá.

PAIS, L. C. (2006). Ensinar e Aprender Matemática. Belo Horizonte, Autêntica.

PIMENTA, S. G. (2006). Professor Reflexivo: construindo uma crítica. In: Professor reflexivo no Brasil gênese e crítica de um conceito. PIMENTA, Selma G.; GHEDIN, Evandro (orgs), 4ª ed. São Paulo, Cortez, p. 17-52.

POULIN, J. R. (2013). A Pedagogia da Contribuição no contexto das diferenças: desafios e obstáculos. In: XI Congresso Nacional de Educação EDUCERE, 2013. Disponível em: http://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2013/8485_5801.pdf. Acesso em: 07 ago. 2018.

QUADROS, R.M. (1997). A educação de surdos: a aquisição da linguagem. Porto Alegre, Artes Médicas.

SÃO PAULO. Secretaria da Educação. (2008). Escola de Tempo Integral. Oficina de Experiências Matemáticas Ciclos I e II. São Paulo, C.T.P.

SCHLÜNZEN, E.T.M.; SANTOS, D.A.N. Práticas Pedagógicas do Professor: Abordagem Construcionista, Contextualizada e Significativa para uma Educação Inclusiva. 1ª ed. Curitiba: Appris Editora, 2016.

SCHLÜNZEN, E. T. M. (2015). Abordagem construcionista, contextualizada e significativa: formação, extensão e pesquisa em uma perspectiva inclusiva. Tese de Livre Docência, Presidente Prudente, Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT/UNESP), Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho.

SCHLÜNZEN, E. T. M. (2010). Mudanças nas práticas pedagógicas do professor: criando um ambiente construcionista contextualizado e significativo para crianças com necessidades especiais físicas. Tese de Doutorado, São Paulo, Pontifícia Universidade Católica.

VASCONCELLOS, C. S. (2008). Avaliação da Aprendizagem: práticas de mudança por uma práxis transformadora. 9ª ed. São Paulo, Libertad.

WEISZ, T.; SANCHEZ, A. (2011). O diálogo entre o ensino e a aprendizagem. 2. ed- São Paulo, Ática.

Downloads

Publicado

2019-04-29

Edição

Seção

Artigos