MAGISTÉRIO INDÍGENA TAMÎ’KAN: ASPECTOS FORMATIVOS E DESAFIOS CURRICULARES PARA FORMAÇÃO DE FORMADORES E PROFESSORES INDÍGENAS-RR
DOI:
https://doi.org/10.23925/1809-3876.2020v18i2p847-865Palavras-chave:
Magistério Tamî’kan, Políticas educacionais, Concepções curriculares.Resumo
O presente trabalho é fruto dos debates do Grupo de Estudo e Pesquisa “Educação Interculturalidade e Emancipação Humana” - GEEINEH - do Mestrado em Educação da Universidade Estadual de Roraima/UERR. Apresenta algumas considerações sobre os resultados das reflexões feitas no grupo a respeito da educação, relações interculturais e emancipação humana nos currículos da fronteira norte do Brasil. É fruto de uma pesquisa-ação que, por meio de uma oficina de intervenção, procurou coletar informações para este artigo sobre concepções curriculares dos professores indígenas que participam do Projeto do Magistério Indígena Tami’kan. O objetivo inicial era refletir sobre o entendimento dos professores indígenas a respeito do currículo intercultural, de forma que pudéssemos ter elementos para pensar as políticas de formação continuada, a fim de auxiliá-los na efetivação do currículo pretendido na prática das Escolas Indígenas do Estado de Roraima. Mas, com a experiência concreta das oficinas, outras reflexões surgiram, especialmente aos formadores de formadores e foi observado que, muitas vezes, ao adentrarmos o universo cultural dos professores indígenas e de outros coletivos sociais, há necessidade também dos formadores estarem abertos para serem mais “aprendentes” do que “ensinantes”, pois, no que tange ao diálogo intercultural e comunitário, ainda temos muito que aprender com os professores indígenas.
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