NARRATIVA DE UM PROFESSOR HUNI KUIN: A CONDIÇÃO DE SER O "OUTRO" NA ESCOLA DA CIDADE
DOI:
https://doi.org/10.23925/1809-3876.2020v18i4p1599-1622Palavras-chave:
Trajetória, Huni Kuin, Escola, Interculturalidade, Silenciamento.Resumo
O artigo é fruto das discussões realizadas no Laboratório de interculturalidade – Labinter/UFAC, a partir da narrativa de José Domingos Kaxinawá, originário dos povos Huni Kuin do Rio Envira - Acre. O objetivo foi analisar fatores emergidos na narrativa sobre a trajetória de formação. Problematizar os fatores de formação que proporcionaram a visibilidade ao indígena norteou a análise. A coleta da narrativa aconteceu por meio de atividades avaliativas de disciplinas universitárias, denominadas história de vida/vida escolar. Foi estabelecido diálogo com Bauman (2005), Santos (2010), Goody (2012), Veiga-Neto (2003) e Candau (2012), e com outros autores que tematizam questões indígenas; a supremacia da Língua Portuguesa e a territorialidade indígena. O indígena é o “outro” na escola da cidade, tendo que silenciar a sua cultura para se manter estudando e prosseguir nos segmentos da Educação Básica e superior.
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