Internacionalização do campo do currículo e transferência educacional
DOI:
https://doi.org/10.23925/1809-3876.2024v22e50753Palavras-chave:
internacionalização do campo do currículo, currículo centrado em disciplinas, cosmopolitismo, transferência educacionalResumo
Este artigo aborda o processo atual de internacionalização do campo do currículo e apresenta uma argumentação em favor de um currículo centrado em disciplinas organizado com base no que é estabelecido pelo cosmopolitismo. Nessa defesa, entende-se que esses dois elementos são indispensáveis para a construção de um novo paradigma no campo da internacionalização do currículo. O texto discorre a respeito do cosmopolitismo para assegurar que, na categoria transferência educacional, o conhecimento escolar, no sentido de uma organização curricular, estará bem delineado se tiver uma seleção e uma estruturação com foco no ideal cosmopolita. Nessa perspectiva, analisa-se o caráter instrumental hegemônico do campo curricular, a influência das organizações internacionais nas políticas educacionais e defende-se a redução da assimetria de poder nos intercâmbios internacionais na área da Educação.
Referências
AKKARI, Abdeljalil. Internacionalização das políticas educacionais. Petrópolis: Vozes: 2011.
BAUMAN, Zygmunt. Globalização: as consequências humanas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999.
BEECH, Jason. Global panaceas, local realities: International agencies and the future of education. Frankfurt am Main: Peter Lang, 2011.
BECK, Ulrich. Cosmopolitan vision. Cambridge: Polity Press, 2012.
CANCLINI, Néstor García. Consumidores e Cidadãos: conflitos multiculturais da globalização. 4. ed. Rio de Janeiro: UFRJ, 2001.
CANCLINI, Néstor Garcia. G. Culturas híbridas. 4. ed. Rio de Janeiro: EDUSP, 2003.
DELANTY, Gerard. The cosmopolitan imagination: the renewal of critical social theory. Cambridge: Cambridge University Press, 2009.
MOREIRA, Antonio Flávio Barbosa. Currículo, diferença cultural e diálogo. Educ. Soc., v. 23, n.79, 2002. Disponível em: https://www.scielo.br/j/es/a/xdrtMKTjRk7KmNTr9VwJK3q/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 17 nov. 2024.
MOREIRA, Antonio Flávio Barbosa. Estudos de currículo: avanços e desafios no processo de internacionalização. Cadernos de Pesquisa, v. 39, n.137, p. 367-381, maio/ago. 2009. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cp/a/yhWYL74X5KB5HccYnLbN3yf/abstract/?lang=pt. Acesso em: 17 nov. 2024.
MOREIRA, Antonio Flávio Barbosa. Currículo, internacionalização e cosmopolitismo. Universidade Católica de Petrópolis, 2014. (trabalho mimeografado).
MOREIRA, Antonio Flávio Barbosa. A internacionalização do campo do currículo. Revista Contemporânea de Educação, v. 7, n. 13, janeiro/julho, 2012. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/rce/article/view/1666. Acesso em: 17 nov. 2024.
MOREIRA, Antonio Flávio Barbosa. A internacionalização do campo do currículo: efeitos no Brasil. Universidade Católica de Petrópolis, 2015. (trabalho mimeografado).
MOREIRA, Antonio Flávio Barbosa; MACEDO, Elisabeth Fernandes de. Faz sentido ainda o conceito de transferência educacional? In: MOREIRA, Antonio F. B. (org.). Currículo: Políticas e práticas. Campinas: Papirus, 2006. p. 11-28.
PINAR, William Frederick. What is curriculum theory? Mahwah, New Jersey & London: Lawrence Erlbaum Associates, 2004.
PINAR, William Frederick. The synoptic text today and other essays: curriculum development after Reconceptualization. New York: Peter Lang, 2006.
PINAR, William Frederick. The worldliness of a cosmopolitan education. New York: Routledge, 2009.
POPKEWITZ, Thomas. História do Currículo, Regulação Social e Poder. In: SILVA, Tomaz Tadeu (org.). O sujeito da educação: estudos foucaultianos. 6. ed. Petrópolis: Vozes, 2008. p. 173-210.
RAGATT, Peter. One person's periphery. Compare, v. 13, n. 1, p. 1-5, 1983.
RIZVI, Fazal. Virtudes epistêmicas e aprendizagem cosmopolita. Revista Teias, v.11, n.22, p.165-186, maio/agosto, 2010. Disponível em: file:///C:/Users/gl4cl/Downloads/tatcouto,+10.+Fazal_Rizvi_641-2040-1-RV%20(4).pdf. Acesso em: 17 nov. 2024.
SOUSA, Mria Lília Imbiriba; SOARES, Lucas de Vasconcelos. Avaliação educacional ou política de resultados? Educ. Form., Fortaleza, v. 5, n. 3, p. 1-24, 2020. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/redufor/article/view/2951. Acesso em: 17 nov. 2024.
YOUNG, Michael. Para que servem as escolas? Educ. Soc., Campinas, v. 28, n. 101, p. 1287-1302, set./dez. 2007. Disponível em: https://www.scielo.br/j/es/a/GshnGtmcY9NPBfsPR5HbfjG/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 17 nov. 2024.
YOUNG, Michael. O futuro da educação em uma sociedade do conhecimento: o argumento radical em defesa de um currículo centrado em disciplinas. Revista Brasileira de Educação, v.16, n. 48, p.609-623, set.-dez., 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbedu/a/WRv76FZpdGXpkVYMNm5Bych/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 17 nov. 2024.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Revista e-Curriculum
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License. Os autores concedem à revista todos os direitos autorais referentes aos trabalhos publicados. Os conceitos emitidos em artigos assinados são de absoluta e exclusiva responsabilidade de seus autores.
Todo o conteúdo da Revista e-Curriculum é aberto para acesso público, propiciando maior visibilidade, alcance e disseminação dos trabalhos publicados.