O Cenarab como uma experiência do movimento negro educador na educação de jovens e adultos
DOI:
https://doi.org/10.23925/1809-3876.2022v20i1p155-177Palavras-chave:
política de reconhecimento, religiosidades de matrizes africanas, EJA em espaço não escolar, CenarabResumo
Este trabalho examina a Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Centro de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira (Cenarab), focalizando arranjos espaciais, o lugar simbólico da professora e o material didático usado em sala de aula. Conquanto não seja propriamente um local religioso, o Cenarab é marcado por símbolos de cultos de matrizes africanas que interferem na experiência educativa da EJA. Fruto de uma pesquisa qualitativa, o trabalho coloca em relevo os conceitos de política de identidade, reconhecimento e currículo silencioso. Tomando como referência a obra Movimento Negro Educador de Nilma Gomes (2017), recorremos aos estudos de Gonçalves, McLaren e Frago. Por meio de entrevistas semiestruturadas e observação participante, constatamos que a proposta da EJA pode contribuir para construção de uma sociedade em que o diferente não seja tratado com desprezo, nem como ameaça.
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