EDUCAÇÃO 3.0 E OS DESAFIOS À FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES
DOI:
https://doi.org/10.23925/1809-3876.2021v19i2p748-771Keywords:
Educação 3.0, Inovação, Desafios, Formação de professores.Abstract
O artigo, resultado de pesquisa bibliográfica e da visita técnica à escola Haim Hefer em Tel Aviv/Israel apresenta experiências educacionais inovadoras e dos sentidos polêmicos da educação 3.0. Analisa-se a reinvenção da escola sob a ótica da justiça curricular e dos estudos culturais, com o objetivo de interrogar sobre os desafios que as inovações provocam às formações continuadas dos professores. Autores como Connell (1995), Thurler (2001), Calvo (2016), Prensky (2017), Tough (2017) sustentam a urgência da inovação diante das mudanças na sociedade e no modo de ser da nova geração, conectada com os meios tecnológicos. O encantamento por modelos de inovações 3.0 não isenta de questionamentos e reflexões sobre o vínculo com modelos neoliberais da educação por competências, segundo Duarte (2001). A complexidade da formação continuada de professores, comprometida com a justiça curricular, equivale a desconstruções teóricas e práticas desvelando a invisibilidade das desigualdades sociais e educacionais e promovendo resistências coletivas.
References
ALMEIDA, Thiago. Educação 4.0 mudará escolas. 2017. Disponível em http://inoveduc.com.br/artigos/educacao-4-0-mudara-escolas/. Acesso em: 14 fev. 2018.
BACICH, Lilian; MORAN, José (Orgs.) Metodologias ativas para uma educação inovadora: Uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2017.
BACICH, Lilian; TANZI NETO, Adolfo; TREVISANI, Fernando de Mello (Orgs.) Ensino Híbrido: Personalização e Tecnologia na Educação. Porto Alegre: Penso, 2015.
COLL, César; MARTIN, Elena; MAURI, Teresa; MIRAS, Mariana. O construtivismo na sala de aula. São Paulo: Atica, 1996.
CONNELL, Robert William. Justiça, conhecimento e currículo na educação contemporânea. In: SILVA, Luiz Heron da; de AZEVEDO, José Clóvis (Orgs.). Reestruturação curricular: teoria e prática no cotidiano da escola. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995. p. 11-35.
DUARTE, Newton. Vigotski e o “Aprender a Aprender”- crítica às apropriações neo-liberais e pós-modernas da teoria vigotskiana. 5. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2011.
FARFUS, Daniele. Espaços educativos: um olhar pedagógico. Curitiba: InterSaberes, 2012.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 38 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2004.
HECKMAN, James. James Heckman e a importância da educação infantil. 2017 Disponível em: https://veja.abril.com.br/revista-veja/james-heckman-nobel-desafios-primeira-infancia/. Acesso em: 30 mar. 2020.
HELM, Judy Harris; BENEKE, Salee (Orgs.). O poder dos projetos - novas estratégias e soluções para educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2005.
HERNANDO CALVO, Alfredo. Viagem à escola do século XXI: assim trabalham os colégios mais inovadores do mundo. São Paulo: Fundação Telefônica Vivo, 2016.
HESSE, Mary. The structure of Scientific Inference. London: Macmillan, 1974.
LARROCA, Liliam Martins. O que é educação 3.0. 2013. Disponível em https://educacional.cpb.com.br/conteudos/universo-educacao/o-que-e-educacao-3-0. Acesso em: 16 fev. 2018.
MORAN, José. Educação Híbrida: Um conceito-chave para a educação, hoje. In: BACICH, Lilian; TANZI NETO, Adolfo; TREVISANI, Fernando de Mello. (Orgs.). Ensino Híbrido: Personalização e Tecnologia na Educação. Porto Alegre: Penso, 2015. p. 27-45.
O GLOBO. Documentário do 1º. Encontro Internacional Educação 360. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 5 e 6 de setembro de 2014. Rio de Janeiro: O Globo e Extra, 2014.
PIRES, Carla Fernanda Ferreira, O estudante e o ensino híbrido. In: BACICH, Lilian; TANZI NETO, Adolfo; TREVISANI, Fernando de Mello (Orgs.). Ensino Híbrido: Personalização e Tecnologia na Educação. Porto Alegre: Penso, 2015. p. 114-125.
PRENSKY, Marc. O criador do termo nativos digitais e imigrantes digitais. Entrevista concedida ao jornalista Marcelo Lins, do programa Milênio da Globo News. Rio de Janeiro, 02 janeiro, 2018. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2018-jan-02/embargada-milenio-marc-prenskyconsultor-educacao. Acesso em: 11 fev. 2018.
REGIS, Igor. Jonathan Bergmann explica sala de aula invertida. 2017; Disponível em http://inoveduc.com.br/noticias/jonathan-bergmann-explica-sala-de-aula-invertida. Acesso em: 11 fev. 2018.
ROSA, Sanny S. da. Construtivismo e mudança. 3. ed. São Paulo: Cortez, 1998.
SANTOS, Glauco de Souza. Espaços de Aprendizagem. In: BACICH, Lilian; TANZI NETO, Adolfo; TREVISANI, Fernando de Mello (Orgs.). Ensino Híbrido: Personalização e Tecnologia na Educação. Porto Alegre: Penso, 2015. p. 147-175.
THURLER, Monica Gather. Inovar no interior da escola. Trad. Jeni Wolff. Porto Alegre: Artmed, 2001.
TISHMAN, Shari; PERKINS, David N.; JAY, Eileen. A cultura do pensamento na sala de aula. Trad. Cláudia Buchweitz. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.
TOUGH, Paul. Como as crianças aprendem – o papel da garra, da curiosidade e da personalidade no desenvolvimento infantil. Tradução de Clovis Marques. Rio de Janeiro, RJ, Ed Intrínsica, 2017.
VALENTE, José Armando. Prefácio. In: BACICH, Lilian; TANZI NETO, Adolfo; TREVISANI, Fernando de Mello. Ensino Híbrido: Personalização e Tecnologia na Educação. Porto Alegre: Penso, 2015. p. 21-27.
VASCONCELOS, José Antonio. Fundamentos filosóficos da educação. 2. ed. Curitiba: InterSaberes, 2017.
VYGOTSKY, Lev Semenovich. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. Trad. José Cipolla Neto, Luiz Silveira Menna Barreto, Solange Castro Afeche. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
WORTMANN, Maria Lúcia Castagna; VEIGA-NETO, Alfredo. Estudos culturais da ciência e da educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Os autores concedem à revista todos os direitos autorais referentes aos trabalhos publicados. Os conceitos emitidos em artigos assinados são de absoluta e exclusiva responsabilidade de seus autores.Todo o conteúdo da Revista e-Curriculum é aberto para acesso público, propiciando maior visibilidade, alcance e disseminação dos trabalhos publicados.