EDUCAÇÃO POPULAR NA UNIVERSIDADE – UMA CONSTRUÇÃO A PARTIR DAS CONTRADIÇÕES REFLEXÕES E VIVÊNCIAS A PARTIR DO PET EDUCAÇAO POPULAR DA UNIFESP-BAIXADA SANTISTA

Autores/as

  • Raiane Patrícia Severino Assumpção Graduação em Serviço Social pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP/Franca (2006), especialização na área "Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais"; pela Universidade de Brasília (UNB - 2010) e mestrado pelo Programa Interdisciplinar em Ciências da Saúde da UNIFESP - Câmpus Baixada Santista (2012). Assistente social da Universidade Federal de São Paulo Email: fabricioleonardi@gmail.com
  • Fabricio Gobetti Leonardi Universidade Federal de São Paulo

Palabras clave:

Educação Popular. Universidade. Educação. Práxis

Resumen

O artigo apresenta reflexões sobre a contribuição e inserção da Educação Popular na universidade a partir dos membros do grupo Programa de Educação Tutorial (PET) de Educação Popular: “criando e recriando a realidade social”, da UNIFESP-Baixada Santista. A partir de descrição e discussão do processo teórico-metodológico da educação popular, sua inserção nos espaços universitários e o trabalho realizado pelo grupo, a pesquisa buscou, por meio da análise de relatos, portfólios e textos, problematizar os olhares e as vozes dos sujeitos que protagonizam essa experiência para evidenciar, com base nos argumentos deles mesmos, se há e como reconhecem a Educação Popular no espaço acadêmico. A análise realizada permitiu identificar a possibilidade da existência da Educação Popular no espaço da universidade no contexto do século XXI. Evidenciou-se que a Educação Popular consegue existir e ser mantida no espaço da universidade pública brasileira devido à própria natureza contraditória dessa instituição, que reconhece várias conquistas dos direitos sociais, das políticas de democratização e da reivindicação da igualdade de oportunidades para a classe popular, mas que reafirma suas práticas e cultura institucional condizentes com o modelo social historicamente hegemônico. Portanto, a universidade pública é ainda um espaço a ser conquistado, efetivamente, pela classe popular. Nesse sentido, a Educação Popular no espaço da universidade, embora tenha permanecido pouco reconhecida, tem contribuído, permanentemente, para que a universidade pública seja provocada a assumir seu compromisso com a população que historicamente esteve apartada do espaço concebido como produtor do conhecimento.

 

Biografía del autor/a

Fabricio Gobetti Leonardi, Universidade Federal de São Paulo

Possui graduação em Serviço Social pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP/Franca (2006), especialização na área "Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais"; pela Universidade de Brasília (UNB - 2010) e mestrado pelo Programa Interdisciplinar em Ciências da Saúde da UNIFESP - Câmpus Baixada Santista (2012). Desde 2010 é assistente social da Universidade Federal de São Paulo, atuando em ações de ensino, pesquisa e extensão, junto à Coordenação de Cursos de Serviço Social e da Coordenação do Centro de Educação em Direitos Humanos da UNIFESP Baixada Santista. É Coordenador de Apoio Pedagógico e Atividades Complementares da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis da mesma universidade.Tem experiência na área de Serviço Social, Saúde Mental, Saúde Coletiva, Educação Popular, Direitos Humanos e Artes. Trabalhou na Coordenadoria de Saúde Mental da Prefeitura Municipal de Santos e foi articulador do Projeto "Teatro do Oprimido na Saúde Mental" entre 2006 e 2010.

Publicado

2016-08-16

Número

Sección

Dossiê Temático - "Educação não escolar de adultos: estudos sobre educação popular e educação para os direitos humanos"