Participação e protagonismo juvenil na perspectiva dos Grêmios Estudantis

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/1809-3876.2022v20i3p1415-1431

Palavras-chave:

grêmio estudantil, protagonismo juvenil, participação, gestão democrática

Resumo

Com o intuito de compreender o processo de normatização dos Grêmios Estudantis desenvolvido por uma Diretoria de Ensino da rede estadual paulista no período de 2013 a 2015, este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa de cunho quanti-qualitativo que investigou, a partir da perspectiva de estudantes e de gestores, as consequências das ações de dinamização das agremiações no que diz respeito ao incentivo da participação política, do protagonismo juvenil e do processo de democratização da gestão escolar. Os procedimentos metodológicos consistiram no levantamento de dados quantitativos referentes aos Grêmios Estudantis; na análise da documentação referente à atuação das agremiações de duas escolas selecionadas; na aplicação de questionário aberto para integrantes da equipe gestora; e na realização de dois grupos focais com estudantes gremistas. Os dados revelaram que, embora o trabalho desenvolvido tenha provocado vários tipos de participação nas escolas, o protagonismo juvenil com ações e decisões coletivas e democráticas ainda é limitado.

Biografia do Autor

Ricardo Gavioli de Oliveira, Universidade Federal de São Carlos - UFSCar

Doutorando em Educação pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Mestre em Educação UFSCar. Especialista em Coordenação Pedagógica UFSCar e Especialista em Gestão de Projetos pelo MBA - PECEGE / USP – Esalq. Atualmente cursa MBA em Gestão Escolar pela mesma instituição. Graduado em Matemática (Licenciatura Plena) UFSCar; em Pedagogia (Licenciatura Plena) pela UNINOVE. Professor Substituto do Instituto Federal do Maranhão (IFMA). Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação, Subjetividade e Cultura (GEPESC). Atuou como Professor de Matemática e Física na rede estadual de São Paulo; Coordenador do Núcleo Pedagógico da Diretoria de Ensino - Região de São Carlos; Coordenador de escola na Secretaria de Estado da Educação de São Paulo; Diretor Educacional da Prefeitura Municipal de Araras; Professor seletivado da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL).

 

Maria Cecília Luiz, Universidade Federal de São Carlos

Possui graduação em Licenciatura Em Pedagogia pela Universidade Federal de São Carlos (1987), mestrado em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (1999) e doutorado em Educação Escolar pela Faculdade de Ciências e Letras - Unesp de Araraquara (2004). É professora associada da Universidade Federal de São Carlos, UFSCar. Ministra nos cursos de graduação presencial e no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da UFSCar. É coordenadora do grupo GEPESC Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação,Subjetividade e Cultura (https://gepesc.ufscar.br/). Possui estudos com foco em três pesquisas: Programa de mentoria e cooperação em gestão escolar (2019/2020); Violências e as perspectivas de estudantes do Ensino Fundamental Anos Finais e Ensino Médio: experimentações em ateliês (2018/2019); e Efeitos da pobreza e desigualdade social nas escolas do estado de São Paulo: análises quantitativas e qualitativas.

Camila Perez Silva, Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão - UEMASUL

Professora Adjunta da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL). Professora Associada / Orientadora em MBA em Gestão Escolar (PECEGE - Esalq/USP). Doutora em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da UFSCar. Mestre em Sociologia pela mesma Universidade (UFSCar). Especialista em Gestão Escolar – MBA - PECEGE / USP. Graduada em Ciências Sociais (Licenciatura e Bacharelado), pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP); Graduada em Pedagogia pela Universidade Nove de Julho (UNINOVE); Graduada em Filosofia pela Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES). Atou como Professora Adjunta I da Universidade Estadual Paulista (UESPI); Professora efetiva da Rede Pública Estadual de São Paulo; Assistente Técnica da Coordenadoria de Gestão da Educação Básica na Secretaria da Educação do Estado de São Paulo; Professora Coordenadora do Núcleo Pedagógico da Diretoria de Ensino de São Carlos; Professora do Curso de Especialização - Escola Nacional de Gestores da UFSCar; Tutora e Mentora em Educação à Distância na UFSCar; Diretora Educacional da Prefeitura Municipal de Araras e em São Carlos; Chefe da Divisão de Acompanhamento de Projetos de Pesquisas Especiais - PROPGI da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL).

 

Referências

ABRANCHES, Mônica. Colegiado escolar: espaço de participação da comunidade. São Paulo: Cortez, 2003.

ARROYO, Miguel Gonzalez. Educação de jovens e adultos: um campo de direitos e de responsabilidade pública. In: SOARES, Leôncio; GIOVANETTI, Maria Amélia G. C.; GOMES, Nilma Lino (Orgs.). Diálogos na educação de jovens e adultos. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. p. 39-56.

BARROSO, João. A autonomia das escolas: uma ficção necessária. Revista Portuguesa de Educação, Braga, v. 17, n. 2, p. 49-83, 2004. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/374/37417203.pdf. Acesso em: 5 ago. 2022.

BORDENAVE, Juan Díaz. O que é participação. São Paulo: Brasiliense, 1992.

BORDIGNON, Genuíno; GRACINDO, Regina Vinhaes. Gestão da educação: o município e a escola. In: FERREIRA, Naura S. Carapeto; AGUIAR, Márcia (Orgs.). Gestão da educação: impasses, perspectivas e compromissos. São Paulo: Cortez, 2001. p. 147-176.

BRASIL. Lei Nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961. Fixa as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 11.429, 27 dez. 1961.

BRASIL. Decreto Nº 68.065, de 14 de janeiro de 1971. Regulamenta o Decreto-lei nº 869, de 12 de setembro de 1969, que dispõe sobre a inclusão da Educação Moral e Cívica como disciplina obrigatória, nas escolas de todos os graus e modalidades dos sistemas de ensino no País, e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, Secretaria-Geral, Subchefia para Assuntos Jurídicos, 1971. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Atos/decretos/1971/D68065.html. Acesso em: 5 ago. 2022.

BRASIL. Lei Nº 7.398, de 4 de novembro de 1985. Dispõe sobre a organização de entidades representativas dos estudantes de 1º e 2º graus e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos, 1985. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7398.htm. Acesso em: 5 ago. 2022.

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988.

BRASIL. Lei Nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos, 1990. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em: 5 ago. 2022.

BRASIL. Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília: Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos, 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 5 ago. 2022.

BRASIL. Projeto de lei. Institui o Plano Plurianual da União para o período 2012-2015. Brasília: Congresso Nacional, 2012. Disponível em: https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/planejamento-e-orcamento/plano-plurianual-ppa/arquivos/ppas-anteriores/ppa-2012-2015/lei-ppa-2012-2015/projeto_de_lei.pdf. Acesso em: 5 ago. 2022.

DAYRELL, Juarez Tarcísio (Org.). Múltiplos olhares sobre educação e cultura. Belo Horizonte: UFMG, 2006.

GONÇALVES, Tânia; ROMAGNOLI, Luiz Henrique. A volta da UNE – de Ibiúna à Salvador. São Paulo: Alfa-Ômega, 1976.

LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. Goiânia: Alternativa, 2001.

LÜCK, Heloisa. A gestão participativa na escola. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 2008.

LUIZ, Maria Cecília; NASCENTE, Renata Maria Moschen Nascente (org.). Conselho escolar e diversidade: por uma escola mais democrática. São Carlos: EdUFSCar, 2013.

MARTINS, Francisco André Silva; DAYRELL, Juarez Tarcísio. Juventude e participação: o grêmio estudantil como espaço educativo. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 38, n. 4, p. 1267-1282, out./dez. 2013. Disponível em: https://www.scielo.br/j/edreal/a/Nwqt3MSmX8PbD4wtdpqGPDx/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 5 ago. 2022.

MORGAN, Davi. Focus groups. Annual Review of Sociology, [s. l.], v. 22, n. 1, p. 129-152, 1996. Disponível em: https://www.annualreviews.org/doi/abs/10.1146/annurev.soc.22.1.129. Acesso em: 5 ago. 2022.

PESCUMA, Derna. Grêmio Estudantil, uma realidade a ser conquistada. 1990. Dissertação (Mestrado em Supervisão e Currículo) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 1990.

POERNER, Artur José. O poder jovem. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira S.A., 1979.

SÃO PAULO (Estado). Estudantes e professores reforçam a importância dos Grêmios Estudantis na formação dos jovens. Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, ago. 2015. Disponível em: http://www.educacao.sp.gov.br/noticias/jovens-gremistas-de-sao-carlos-se-reunem-para-1-cerimonia-de-posse-dos-presidentes-gremistas. Acesso em: 5 ago. 2022.

Downloads

Publicado

2022-09-30

Edição

Seção

Artigos