Era uma vez, um, dois, três: estudos sobre como a literatura infantil pode auxiliar no ensino da construção do conceito de número<br>Once upon a time, one two three: studies on how children's literature can aid in teaching the number concept
DOI:
https://doi.org/10.23925/1983-3156.2020v22i1p160-184Palavras-chave:
Literatura Infantil e Matemática, Construção do Conceito de número, Contação de históriasResumo
Este artigo tem por objetivo discutir a presença de elementos matemáticos nas histórias infantis (contos clássicos) que possam contribuir para que as crianças, da Educação Infantil, desenvolvam os processos mentais necessários à construção do conceito de número. O artigo se divide em três partes: na primeira, o texto discorre sobre a importância da Literatura para o desenvolvimento infantil; na segunda, são discutidos os processos mentais que constituem a formação do conceito de número; na terceira, é analisado o entrelaçamento entre literatura infantil e Matemática e apontado um exemplo, extraído da história “Cachinhos Dourados”, com o qual o professor poderá trabalhar os conceitos de correspondência, comparação, seriação e ordenação. O texto visa a estimular os professores a dirigirem um olhar matemático às histórias infantis.
This study aims to discuss the occurrence of mathematical elements in children’s stories (classic tales) which can contribute to promote mental processes needed for the number concept development by children. The study is divided into three parts: first, authors who defend that literature is, for the child, an important tool to understand the world, once it allows the establishment of a relationship between fiction and reality, as well as provides an extension of the child's linguistic domain, are listed; in the second part, the mental processes that constitute the number concept development are discussed; finally, in the third part, the intertwining of children’s literature and mathematics is analyzed and an examples are drawn from the story “Goldilocks”, with which the teacher can work on correspondence, comparison, serialization and ordering concepts. In spite of only one example being given, the discussion is broad, inasmuch as the text aims to encourage teachers to take a mathematical look into children’s stories in order to diversify the ways they teach mathematics by linking it to the imaginary.
Metrics
Referências
ALEIXO, E. A. Palavras e imagens que tecem histórias: ilustradores/escritores e a criação literária para a infância. 2014. 310 f. Tese (PPG Educação, conhecimento e inclusão social) – Faculdade de Educação, UFMG. 2014.
ALMEIDA, M. da C. de. Prefácio. In: FARIAS, Carlos Aldemir. Alfabetos da alma: histórias da tradição na escola. Porto Alegre: Sulinas, 2006.
AMARILHA, M. Alice que não foi ao país das maravilhas: educar para ler ficção na escola. 1. ed. São Paulo: Livraria da Física, 2013.
______. Estão mortas as fadas? Literatura infantil e prática pedagógica. 6. Ed. Petrópolis: Editora Vozes, 2004.
ARNOLD, D. S. Matemáticas presentes em livros de leitura: Possibilidades para a Educação Infantil. 2016. 182 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de Matemática) – Instituto de Matemática, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2016.
BANNELL, R. Ings. et al. Educação no século XXI: cognição, tecnologias e aprendizagens. 1. Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2016.
BRASIL. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil: conhecimento de mundo. Brasília: MEC/SEF, 1998. V.3.
BRASIL. Secretaria da Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Pacto nacional pela alfabetização na idade certa: Apresentação/Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. – Brasília: MEC, SEB, 2014. 72 p
CAMPOS, R. S. P.; MONTOITO, R. O texto alternativo ao livro didático como proposta interdisciplinar do ensino de ciências e matemática. In: PIROLA, N. A. (org.). Ensino de ciências e matemática, IV: temas de investigação. São Paulo: Cultura acadêmica, 2010. v.4, 157 – 174.
FARIAS, C. A. Alfabetos da alma: histórias da tradição na escola. Porto Alegre: Sulina, 2006.
FARIAS, M. A. Como usar a Literatura infantil na Sala de Aula. São Paulo: Contexto, 2013.
KAMII, C. A criança e o número: implicações educacionais da teoria de Piaget para a atuação com escolares de 4 a 6 anos. 35ª edição. Campinas: Papirus, 2007.
LOPES, G. D. Alfabetização matemática. In: SILVA, João Alberto. (Org.) Alfabetização matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Curitiba: CRV, 2014. p. 11 – 20.
LORENZATO, S. Educação Infantil e percepção matemática. Campinas. Autores Associados LTDA, 2011.
MACHADO, N. J. Matemática e língua materna: análise de uma impregnação mútua. São Paulo: Cortez, 2011.
MARIA, L. de. O clube do livro. ser leitor − que diferença faz? São Paulo: Globo, 2009.
MONTOITO, R. A didática de Lewis Carroll: ensinando matemática através da literatura In: COLÓQUIO NACIONAL – EPISTEMOLOGIA DAS CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO, 4, 2007, Natal. Anais...
_______. Euclid and His Modern Rivals (1879), de Lewis Carroll: Tradução e Crítica. 2016. 447 f. Tese. Faculdade de Ciências, Universidade Estadual Paulista, Bauru, 2013.
_______. À Procura de Inter-relações entre Literatura e Matemática: Resolvendo e Criando Problemas In: SOUZA, Ana Cláudia Gouveia de; MAIA, Dennys Leite; PONTES, Mércia de Oliveira (Org.) Leituras e Escritas: Tecendo Saberes em Educação Matemática.1 ed. Natal : EDUFRN, 2016, v.1, p. 436-445.
NOGUEIRA, C. M. I. Pesquisas atuais sobre a construção do conceito de número: para além de Piaget? Educar em Revista, Curitiba, PR, n. especial 1/2011, p. 109-124, 2011.
OLIVEIRA, K. B. A.; SILVA, A. C. Construção do conceito de número: uma análise de atividades matemáticas desenvolvidas pelo Subprojeto PIBID/UFMT/CUR nas escolas de ensino fundamenta de Rondonópolis. Revista Eventos Pedagógicos: Articulação universidade e escola nas ações do ensino de matemática e ciências, v.6. n.2 (15. Ed.), número regular, p. 311 – 327, jun./jul. 2015.
PAIVA, A. A produção literária para as crianças: onipresença e ausência das temáticas. In: PAIVA, Aparecida; SOARES, Magda. (Org.) Literatura Infantil: políticas e concepções. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2008. p. 35 – 52.
ROEDEL, T. A importância da leitura e da literatura no ensino da matemática. In: ENCONTRO BRASILEIRO DE ESTUDANTES DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, 20, 2016, Curitiba. Anais... Curitiba: XX EBRAPEM, 2016. p. 1-8.
SCHMITT, M. A. B.; SILVA, V. C. A construção do conceito de número na alfabetização matemática. Blumenau: Edifurb, 2017.
SMOLE, K. S.; CÂNDIDO, P. T.; STANCANELLI, R. Matemática e literatura infantil. 2ª edição. Belo Horizonte: Lê, 1995.
SOUZA, A. P. G. de; CARNEIRO, R. F. Um ensaio teórico sobre literatura infantil e matemática: práticas de sala de aula. Educação Matemática e Pesquisa. São Paulo, v.17, n.2. p. 392 – 418, 2015.
SOUZA, M. de. Cachinhos Dourados. Coleção Clássicos para sempre. São Paulo: Maurício de Souza: Girassol Brasil, 2015.
VASCONCELOS, C. S. Metodologia dialética em sala de aula. Rev Educ AEC, Brasília, v. 21, n. 83, p. 28-55, abr. 1992.
ZILBERMAN, R. A literatura infantil na escola. 1. ed. São Paulo: Global, 2003.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).