Fatoração Numérica e Algébrica: Ecologia de um Objeto Protomatemático em Função da Introdução de Novas Praxeologias de 1960 a 2021 no Ensino Fundamental

Autores

  • Miriam do Rocio Guadagnini Universidade Federal de Goiás
  • Valdir Bezerra dos Santos Junior Universidade Federal de Pernambuco
  • Renato da Silva Ignácio Universidade Federal de Campina Grande
  • Marlene Alves Dias Universidade Anhanguera de São paulo (UNIAN) https://orcid.org/0000-0001-9168-9066

DOI:

https://doi.org/10.23925/1983-3156.2021v23i3p281-313

Palavras-chave:

Fatoração, Ecologia, Praxeologia, Álgebra.

Resumo

Apresentamos parte de pesquisa sobre o ensino e a aprendizagem da fatoração numérica e algébrica, especificamente, o estudo da ecologia do seu ensino entre as décadas de 1960 a 2020, analisando uma coleção para cada década e duas coleções atuais que seguem as orientações da BNCC. Trata-se de uma pesquisa cuja metodologia é definida por Lüdke e André como documental, tendo o referencial teórico centrado na Teoria Antropológica do Didático (TAD), para o qual optamos pelas noções de praxeologia e ecologia, segundo Chevallard, que alicerçaram a metodologia da pesquisa por meio da análise dos últimos documentos oficiais nacionais norteadores do ensino brasileiro (Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN e Base Nacional Comum Curricular - BNCC) e de livros didáticos das décadas consideradas. Os resultados mostram uma ecologia bastante estável, se desconsiderarmos a década de 1960, que representa a matemática moderna, pois as praxeologias privilegiadas nas décadas anteriores à introdução dos PCN estão centradas no uso de técnicas e um número reduzido de situações contextualizadas, que refletem apenas uma nova roupagem, que não a torna uma real situação de contexto. Após os PCN e a BNCC, observamos que a ênfase é dada às situações-problema contextualizadas, o que reduz as aplicações da fatoração algébrica no estudo das frações algébricas. Consideramos importante ressaltar que o estudo das frações algébricas perde espaço a partir de 1998, o que indica a necessidade de maior atenção pelos professores do ensino médio e ensino superior, em particular quando do estudo de Cálculo Diferencial e Integral.

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Biografia do Autor

Miriam do Rocio Guadagnini , Universidade Federal de Goiás

Universidade Federal de Goiás

Valdir Bezerra dos Santos Junior , Universidade Federal de Pernambuco

Universidade Federal de Pernambuco

Renato da Silva Ignácio , Universidade Federal de Campina Grande

Universidade Federal de Campina Grande

Marlene Alves Dias, Universidade Anhanguera de São paulo (UNIAN)

Professora pesquisadora do Programade Pós-graduação stricto sensu em Educação Matemática e Ensino de Ciências e Saúde da Universidade Anhanguera de São Paulo.

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Publicado

2021-12-27

Edição

Seção

Finalizada - ABORDAGEM DOCUMENTAL DO DIDÁTICO E CORRELATAS