Formação Inicial de Professores e a Resolução 02/2019

a arquitetura de retrocessos de um projeto curricular neoliberal

Autores

  • Ana Cristina Gonçalves de Abreu Souza Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG)
  • André Luiz Sena Mariano Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG)

DOI:

https://doi.org/10.23925/1809-3876.2024v22e65882

Palavras-chave:

formação de professores, formação de professores no Brasil, currículo para a formação docente, Resolução 02/2019, formação inicial de professores

Resumo

Este artigo se pauta na discussão do campo da formação de professores e traz reflexões sobre a política curricular de formação inicial para os professores de educação básica no Brasil, instituída pela Resolução 02/2019. Assumimos nossas considerações a partir da abordagem teórica crítica reconhecendo o retrocesso desta política nacional curricular; como objetivo pontuaremos algumas características da resolução com foco a trazer as marcas de desmonte para a formação inicial dos professores e os paradigmas que a sustentam. Elaboramos, como metodologia, um estudo, com exploração bibliográfica. Por fim, as análises evidenciam a importância da construção de políticas públicas curriculares que contemplem a abordagem teórico crítica em sua elaboração, a considerar que a resolução 02/2019 representa um repertório neoliberal pautado na pedagogia das competências, ignorando o acúmulo de conhecimento produzido tanto no campo da formação de professores quanto no campo do currículo.

Biografia do Autor

Ana Cristina Gonçalves de Abreu Souza, Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG)

Professora Associada na Universidade Federal de Alfenas (MG), Professora e Pesquisadora na Graduação e no Programa de Pós Graduação em Educação. Lotada no Instituto de Ciências Humanas e Letras. Doutora em Educação: Currículo PUC SP. Mestre em Educação: Psicologia da Educação PUC-SP, Mestre em Semiótica, Tecnologias de Informação e Educação UBC Mogi das Cruzes SP, Pedagoga Universidade do Vale do Paraíba; desenvolveu o estágio pós doutoral no Programa Educação: Currículo PUC SP. Atua na Educação desde 1986, foi docente na Educação Básica, Orientadora Educacional, Coordenadora Pedagógica e Diretora Escolar, gerenciou processos de municipalização em Secretarias de Educação. Em 2015, 2016 foi Subsecretária de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo. No Ensino Superior atua desde 1999. Membro nos Núcleos das Licenciaturas e Docente Estruturante da Pedagogia. Membro da ANPED, representante no Fórum Mineiro em Defesa da Formação de Professores e Professoras. Coordenadora do Grupo de Pesquisa FORMATIO: Processos na Formação e Profissionalidade Docente UNIFAL MG. Membro dos Grupos de Pesquisa: Esbrina - Universidade de Barcelona e Formação de Professores e Cotidiano Escolar PUC SP. Focaliza estudos, orientações e pesquisas nas áreas de Formação de Professores, Psicologia e Educação e Gestão e políticas escolares e educacionais. Atua em projetos nacionais e internacionais.

André Luiz Sena Mariano, Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG)

Graduado em Pedagogia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP/Campus de Araraquara), Mestre e Doutor em Educação (na Área de Concentração em Metodologia de Ensino), ambos pela Universidade Federal de São Carlos. Realizou estágio de Pós-doutoramento na área de História da Educação (como Bolsista de Pós-Doutorado Júnior do CNPq) junto à Faculdade de Ciências e Letras da UNESP/Araraquara. Atualmente, é Professor Associado do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) e do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL/MG). É membro da Sociedade Brasileira de Filosofia da Educação (SOFIE) e da Associação Brasileira de Currículo (ABdC). Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Filosofia da Educação e Sociologia da Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: formação de professores, currículo, decolonialidade, umbanda, pedagogia e epistemologia das encruzilhadas.

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Publicado

2024-06-28

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