Formação Inicial de Professores e a Resolução 02/2019
a arquitetura de retrocessos de um projeto curricular neoliberal
DOI:
https://doi.org/10.23925/1809-3876.2024v22e65882Palavras-chave:
formação de professores, formação de professores no Brasil, currículo para a formação docente, Resolução 02/2019, formação inicial de professoresResumo
Este artigo se pauta na discussão do campo da formação de professores e traz reflexões sobre a política curricular de formação inicial para os professores de educação básica no Brasil, instituída pela Resolução 02/2019. Assumimos nossas considerações a partir da abordagem teórica crítica reconhecendo o retrocesso desta política nacional curricular; como objetivo pontuaremos algumas características da resolução com foco a trazer as marcas de desmonte para a formação inicial dos professores e os paradigmas que a sustentam. Elaboramos, como metodologia, um estudo, com exploração bibliográfica. Por fim, as análises evidenciam a importância da construção de políticas públicas curriculares que contemplem a abordagem teórico crítica em sua elaboração, a considerar que a resolução 02/2019 representa um repertório neoliberal pautado na pedagogia das competências, ignorando o acúmulo de conhecimento produzido tanto no campo da formação de professores quanto no campo do currículo.
Referências
APPLE, Michael W. Política Cultural e Educação. São Paulo: Cortez, 2001
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. CNE/CP n. 2, de 1 de julho 2015. Brasília: MEC/CNE, 2015. Disponível em: http://portal. mec.gov.br/docman/agosto-2017-pdf/70431-res-cne-cp-002-03072015-pdf/file. Acesso em: 18 fev 2024.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP n. 2, de 20 de dezembro de 2019. Brasília: MEC/CNE, 2019. Disponível em http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2019-pdf/135951-rcp002-19/file . Acesso em: 18 fev. 2024.
CONTRERAS, José. A autonomia de professores. São Paulo: Cortez, 2002.
DOURADO, Luiz Fernandes. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial e Continuada dos Profissionais do Magistério da Educação Básica: Concepções e Desafios. Educação & Sociedade, Campinas, v. 36, n. 131, p. 299-324, 2015. Disponível em: Disponível em:https://www.scielo.br/j/es/a/hBsH9krxptsF3Fzc8vSLDzr/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 22 fev. 2024.
FREIRE, Paulo. Política e educação: ensaios. São Paulo: Cortez, 2003.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 31. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2005.
GIROUX, Henry A. Os professores como intelectuais: rumo a uma pedagogia crítica da aprendizagem. Porto Alegre: ArtMed, 1997.
IMBERNÓN, Francisco. Formação docente e profissional: formar-se para a mudança e a incerteza. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2004.
LAVAL, Christian. A escola não é uma empresa: o neo-liberalismo em ataque ao ensino público. Londrina: Planta, 2004.
LOPES, Alice C.; MACEDO, Elizabeth F. Teorias de Currículo. São Paulo: Cortez, 2012.
SAVIANI, Dermerval. Formação de professores: aspectos históricos e teóricos do problema no contexto brasileiro. Revista Brasileira de Educação, v. 14, n. 40, 2009. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbedu/a/45rkkPghMMjMv3DBX3mTBHm/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 22 fev. 2024.
WALSH, Catherine. Interculturalidad crítica y pedagogia de-colonial: apuestas (des)de el in-surgir, re-existir y re-vivir. In: Simpósio Internacional: El significado de la negritud/El significado de se negro, Febrero, 2014.
ZABALA, Anthony. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: ArtMed, 1998.
ZEICHNER, Kenneth M. Formando professores reflexivos para a educação centrada no aluno: possibilidades e contradições. In: Barbosa, Raquel Lazzari Leite (org.). Formação de educadores: desafios e perspectivas. São Paulo: UNESP, 2003. p. 35-55.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Revista e-Curriculum
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License. Os autores concedem à revista todos os direitos autorais referentes aos trabalhos publicados. Os conceitos emitidos em artigos assinados são de absoluta e exclusiva responsabilidade de seus autores.
Todo o conteúdo da Revista e-Curriculum é aberto para acesso público, propiciando maior visibilidade, alcance e disseminação dos trabalhos publicados.