Generalização de padrões e tecnologias digitais

um experimento com alunos do Ensino Fundamental

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/1983-3156.2022v24i3p526-557

Palavras-chave:

Generalização de padrões, Tecnologias em Educação Matemática, Teoria das Situações Didáticas, Engenharia Didática, GeoGebra

Resumo

Este artigo traz os resultados de uma pesquisa, baseada em um experimento didático, que teve como sujeitos um grupo de alunos do nono ano do ensino fundamental. O estudo teve como tema a generalização de padrões e previu a realização de sessões para resolução de problemas que tinham como parte da estratégia o emprego de tecnologias, inclusive de caráter digital, com destaque para o software GeoGebra. Assim, a investigação assumiu um caráter qualitativo, com um delineamento suportado pelos conceitos da engenharia didática. Em termos teóricos, a investigação encontrou sustentação na teoria das situações didáticas e nos autores relacionados à temática central, como Dreyfus, Zazkis e Mason. As interações entre as duplas formadas para resolução dos problemas evidenciaram que a estratégia didática planejada proporcionou que os sujeitos refletissem sobre as propostas abordadas, provendo soluções matematicamente válidas para as atividades, com o recurso a um conjunto de tecnologias disponíveis, digitais e não digitais, em convergência.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Gerson Pastre Oliveira, CEETEPS (Fatec Jundiaí) – UNIP (Universidade Paulista)

Graduado em Ciência da Computação e é mestre e doutor em Educação (USP). Foi professor do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação Matemática da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), atuando como orientador de mestrado e doutorado. É líder do grupo de pesquisa ?Educação e Tecnologia? (Edutec/UNIP) e membro do grupo de pesquisa "Processo de Ensino e Aprendizagem em Matemática" (PEA-MAT). É professor da Fatec Jundiaí e da Fatec Santana de Parnaíba, nas quais leciona disciplinas ligadas à ciência da computação. É professor e coordenador do curso de Ciência da Computação da UNIP Jundiaí. Atua como professor autor e responsável por disciplina no curso superior de tecnologia em Gestão Pública (CPS/Univesp). Seus interesses de pesquisa incluem avaliação da aprendizagem em cursos online, matemática no Ensino Superior e na Educação Básica e tecnologias na Educação Matemática. É autor e organizador de livros na área de Educação Matemática e Tecnologias. Possui diversos artigos publicados em periódicos científicos e em anais de congressos, nacionais e internacionais. É membro de conselhos editoriais e científicos de periódicos nas áreas de Tecnologia e Educação Matemática.

Marcos Lopes de Oliveira

Mestre em Educação Matemática pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2018). Pós-graduado em Metodologia do Ensino e Aprendizagem da Matemática pela Faculdade de Educação São Luís de Jaboticabal (2010). Pedagogo pela Faculdade de Educação Paulistana (2019). Licenciado em Matemática pela Universidade Bandeirante de São Paulo (2003). Graduado no Curso Superior de Tecnologia Mecânica, modalidade Processos de Produção, pela Faculdade de Tecnologia de São Paulo (2000). Técnico em Eletrônica pela Escola Técnica Estadual Albert Einstein de São Paulo (1985). Experiência no segmento de educação como professor de Matemática desde 2003. Empreendedor no setor elétrico, comunicação e construção civil (2004-2015) conciliado com o exercício na área de educação durante este período. Vivência na gestão de equipe de Packaging em linha de envase de cerveja, Cervejaria Skol (1993-1995). Supervisão no setor de manutenção de máquinas cnc da ferramentaria central da Brastemp (1990-1991).

Referências

Artigue, M. (2008). Didactical design in mathematics education. Em Winslow, C. (Ed.). Nordic research in mathematics education: Proceedings from NORMA08 (pp. 7–16). https://isis.ku.dk/kurser/blob.aspx?feltid=212293.

Artigue, M. (2014). Didactic engineering in mathematics education. Em Lerman, S. (Ed.). Encyclopedia of mathematics education (pp. 159–162). New York: Springer. http://www.springerreference.com/docs/navigation.do?m=Encyclopedia+of+Mathematics+Education+(Humanities%2C+Social+Sciences+and+Law)-book188.

Barquero, B. e Bosch, M. (2015). Didactic Engineering as a Research Methodology: From Fundamental Situations to Study and Research Paths. Em Watson, A. e Ohtani, M. (Eds.). Task Design in Mathematics Education: New ICMI Study Series). DOI 10.1007/978-3-319-09629-2_8.

Borba, M. C. e Villareal, M. E. (2005). Humans-with-Media and the Reorganization of Mathematical Thinking: information and communication technologies, modeling, experimentation and visualization. New York: Springer.

Brousseau, G. (2002). Theory of Didactical Situations in Mathematics: didactique des mathématiques, 1970–1990. Dordrecht: Kluwer Academic.

Brousseau, G. (1986). Fondements et méthodes de la didactique. Recherches em Didactique des Mathématiques, Grenoble, 2 (7), 33-115.

Dreyfus, T. (1991). Advanced Mathematical Thinking Processes. Em Tall, D. (Ed.) Advanced Mathematical Thinking (pp. 25-41). Dordrecht: Kluwer Academic.

Mason, J. (1999). Learning and doing mathematics. York: QED.

Mason, J. (1996). Expressing generality and roots of algebra. Em Bednarz, N.; Kieran, C.; Lee, L. (Eds.). Approaches to algebra: perspectives for research and teaching. Dordrecht: Kluwer Academic.

Oliveira, G. P. (2018). Sobre tecnologias e Educação Matemática: fluência, convergência e o que isto tem a ver com aquilo. Em Oliveira, G. P. (Org.). Educação Matemática: epistemologia, didática e tecnologia. São Paulo: Editora Livraria da Física.

Oliveira, G. P.; Gonçalves, M. D. (2018). Construções em geometria euclidiana plana: as perspectivas abertas por estratégias didáticas com tecnologias. BOLEMA, 32 (60), 92-116.

Oliveira, G. P.; Lima, N. S. M. (2018). Estratégias didáticas com tecnologias na formação continuada de professores de Matemática: uma investigação sobre homotetia. Educação Matemática Pesquisa, 20 (1), 2018, 385-418.

Oliveira, G. P.; Marcelino, S. B. (2015). Estratégias didáticas com o software Superlogo: adquirir fluência e pensar com tecnologias em Educação Matemática. Educação Matemática Pesquisa, 17 (4), 816 – 842.

Oliveira, G. P. (2009).Transposição didática: aportes teóricos e novas propostas. Em Witter, G. P.; Fujiwara, R. Ensino de Ciências e Matemática: análise de problemas. São Paulo: Ateliê Editorial. p. 209-236.

Oliveira, G. P. (2008). Generalização de padrões, pensamento algébrico e notações: o papel das estratégias didáticas com interfaces computacionais. Educação Matemática Pesquisa, 10, (2), 2008, 295 – 312.

Orton, A; Orton, J. (1999). Pattern and the approach to algebra. Em Orton, A. (Ed.). Pattern in the teaching and learning of mathematics. London: Cassell.

Schorn, P. e Fisher, F. (1994). Testing the convexity of a polygon. Em Heckbert, P. S. Graphics Gems IV (pp. 7–15). San Diego: Morgan Kaufman Academic Press, 1994.

Tikhomirov, O. K. (1981). The psychological consequences of computerization. Em Wertsch, J. V. (Ed.). The Concept of Activity in Soviet Psychology (pp. 256 – 278). New York: M.E. Sharpe Inc.

Vale, I. (2013). Padrões em contextos figurativos: um caminho para a generalização em matemática. Revemat, 8 (2), 64 – 81.

Vale, I. (2012).As tarefas de padrões na aula de Matemática: um desafio para professores e alunos. Interacções, 20, 181 – 207.

Zazkis, R.; Liljedahal, P. (2002). Generalization of patterns: the tension between algebraic thinking and algebraic notation. Educational Studies in Mathematics, 49, 379-402.

Downloads

Publicado

2022-10-31

Como Citar

OLIVEIRA, G. P.; LOPES DE OLIVEIRA, M. Generalização de padrões e tecnologias digitais: um experimento com alunos do Ensino Fundamental. Educação Matemática Pesquisa Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação Matemática, São Paulo, v. 24, n. 3, p. 526–557, 2022. DOI: 10.23925/1983-3156.2022v24i3p526-557. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/emp/article/view/51767. Acesso em: 8 dez. 2024.