Praxeologia para ensinar sólidos geométricos: o caso de uma bolsista do programa residencia pedagogica matemática da Universidade Federal de Sergipe
DOI:
https://doi.org/10.23925/1983-3156.2022v24i4p469-505Palavras-chave:
Sólidos geométricos, Praxeologia, Residência pedagógica, Formação inicial, Formação de professoresResumo
O presente artigo tem como objetivo apresentar as contribuições do Programa Residência Pedagógica (PRP) na escolha das praxeologias adotadas por uma discente do curso de licenciatura em matemática da Universidade Federal de Sergipe (UFS) para ensinar sólidos geométricos em uma turma do 6º ano do ensino fundamental. Para tanto, nos fundamentamos na teoria antropológica do didático (TAD), desenvolvida pela teórico Yves Chevallard. Com o intuito de alcançarmos o objetivo, se fez necessário acompanharmos o grupo de residentes do qual nossa participante fazia parte durante sua participação no programa. Nessa etapa, nosso trabalho constituiu-se como uma pesquisa de campo, e, para coleta de dados, utilizamos o diário de bordo, entrevistas, aplicação de questionário e o relatório produzido pelos residentes, no qual relatavam as atividades realizadas durante o programa. Para o tratamento dos dados, nossa abordagem foi sobretudo qualitativa, numa perspectiva mais interpretativa. Dentre os principais resultados, evidenciou-se que as praxeologias utilizadas pela residente carregam muito da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), mais recente documento norteador da educação básica, lido e discutido nas reuniões semanais do PRP. A residente utilizou, na sua abordagem, a metodologia de materiais manipuláveis, que também foi estudada nessas reuniões. Dessa forma, evidenciamos a articulação entre teoria e prática defendida pelo PRP, ao passo que a residente pôs em prática aquilo que foi discutido na universidade.
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