Considerações sobre a Etnomatemática, a Pedagogia culturalmente relevante e a Justiça Social na Educação Matemática
DOI:
https://doi.org/10.23925/1983-3156.2023v25i2p145-165Palavras-chave:
Pedagogia culturalmente relevante, Etnomatemática, Educação matemática, Ação pedagógica, Justiça socialResumo
Um dos desafios enfrentados internacionalmente pelos sistemas de ensino está relacionado com a quantidade crescente de alunos de origens linguística e culturalmente diversas, fato que chama a atenção de professores e pesquisadores. Haja vista que os campos de conhecimento linguístico e cultural também estão vinculados aos sistemas de ensino tradicionais, há uma urgência crescente em resolver essa incapacidade de atingirmos eficazmente a todos os alunos. Com relação ao contexto de justiça social, é necessário avaliar a incorporação da perspectiva cultural da Matemática em sala de aula, bem como criar as próprias bases para as abordagens etnomatemáticas que se relacionam com os componentes curriculares pedagógicos da Matemática, uma vez que visa desenvolver essa produção de conhecimento. Essa abordagem se concentra na promoção da justiça social e na qualidade da experiência educacional dos alunos. Assim, essa diversidade sociocultural tem crescido em relevância educacional, pois é uma área que busca conectar o cotidiano dos alunos com o processo de ensino e aprendizagem, que visa promover à humanização dos sistemas de ensino. No contexto da justiça social, é necessário examinar como a Matemática se encontra em todas as culturas e, ao mesmo tempo, baseá-la em pedagogias etnomatemáticas e culturalmente relevantes que possam assumir, nos currículos matemáticos, as diversas formas linguísticas e culturais de conhecimento. Então, o principal objetivo dessa abordagem é a promoção integral das experiências cotidianas dos alunos no currículo escolar de matemática.
Metrics
Referências
Airasian, P. W., & Guillickson, A. (1997). Teacher self-evaluation. In J. H. Stronge (Ed.), Evaluating teaching: A guide to current thinking and best practice (pp. 215-247). Thousand Oaks, CA: Corwin Press.
Bandeira, F. A., & Lucena, I. C. R. (2004). Etnomatemática e práticas sociais. Coleção Introdução à Etnomatemática. Natal, RN, Brazil: UFRN.
Brasil (1996). Diretrizes e bases da educação nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília, DF, Brazil: Casa Civil.
Chieus, G. J. (2004). Etnomatemática: Reflexões sobre a prática docente. In J. P. M. Ribeiro, M. C. S. Domite, & R. Ferreira (Eds.), Etnomatemática: Papel, valor e significado (pp. 185-202). São Paulo, SP, Brazil: ZOUK.
D’Ambrosio, U. (1985). Ethnomathematics and its place in the history and pedagogy of mathematics. For the Learning of Mathematics, 5(1), 44-48.
D’Ambrosio, U. (1990). Etnomatemática. São Paulo, SP: Ática.
D’Ambrosio, U. (2001). What is ethnomathematics and how can it help children in schools? Teaching Children Mathematics, 7(6), 308-310.
D’Ambrosio, U. (2007). Peace, social justice and ethnomathematics. The Montana Mathematics Enthusiastic, Monograph 1, 25-34.
D’Ambrosio, U., & Rosa, M. (2008). A dialogue with Ubiratan D’Ambrosio: a Brazilian conversation about Ethnomathematics. Revista Latinoamericana de Etnomatemática, 1(2), 88-110.
Gutiérrez, R. (2015). Nesting in Nepantla: the importance of maintaining tensions in our work. In Russell, N. M., Haynes, C. M., & Cobb, F. (Eds.). Interrogating whiteness and relinquishing power: white faculty’s commitment to racial consciousness in STEM classrooms. New York, NY: Peter Lang.
Irvine, J. J., & Armento, B. J. (2001). Culturally responsive teaching: Lesson planning for elementary and middle grades. New York, NY: McGraw-Hill.
Jiminez, R. T. (2004). More equitable literacy assessments for Latino students. Reading Teacher, 57, 576-578.
Klingner, J. K., Artiles, A. J., Kozleski, E., Harry, B., Zion, S., Tate, W., Durán, G. Z., & Riley, D. (2005). Addressing the disproportionate representation of culturally and linguistically diverse students in special education through culturally responsive educational systems. Education Policy Analysis Archives, 13(38), 1-40.
Klotz, M. B. (2006). Culturally competent schools: Guidelines for secondary school principals. Student Counseling. Principal Leadership, March, 11-14.
Ladson-Billings, G. (1995). Toward a theory of culturally relevant pedagogy. American Educational Research Journal, 32(3), 465-491.
Lipka, J., & Adams, B. (2001). Improving rural and urban students’ mathematical understanding of perimeter and area. Fairbanks, AK: University of Alaska, Fairbanks.
Masingila, J. O., & King, K. J. (1997). Using ethnomathematics as a classroom tool: Curriculum and evaluation standards for school mathematics. Reston, VA: NCTM.
Moll, L. C., Amanti, C., Neff, D., & Gonzalez, N. (1992). Funds of knowledge for teaching: Using a qualitative approach to connect homes and classrooms. Theory Into Practice, 31(2), 132-141.
NCTM (1991). Professional Standards for Teaching Mathematics. Reston, VA: National Council of Teachers of Mathematics.
Orey, D. C. (2000). The ethnomathematics of the Sioux tipi and cone. In H. Selin (Ed.), Mathematics across culture: the History of non-Western mathematics (pp.239-252). Dordrecht, Netherlands: Kulwer Academic Publishers.
Pinheiro, R. C. (2017). Contribuições do programa etnomatemática para o desenvolvimento da educação financeira de alunos Surdos que se comunicam em Libras. Dissertação de Mestrado. Departamento de Educação Matemática. Ouro Preto, MG: UFOP.
Romo, J. J., & Chavez, C. (2006). Border pedagogy: a study of preservice teacher transformation. Research Reports. The Educational Forum, 70(Winter), 142-153.
Rosa, M. (2010). A mixed-methods study to understand the perceptions of high school leaders about English Language Learners (ELL) students: the case of mathematics. Doctorate Dissertation. College of Education. Sacramento, CA: California State University, Sacramento.
Rosa, M., & Orey, D. C. (2007). Cultural assertions and challenges towards pedagogical action of an ethnomathematics program. For the Learning of Mathematics, 27(1), 10-16.
Rosa, M., & Orey, D. C. (2010). Culturally relevant pedagogy: an ethnomathematical approach. Revista Horizontes, 28(1), 19-31.
Rosa, M., & Orey, D. C. (2016). Innovative approaches in ethnomathematics. In Rosa, M.; D’Ambrosio, U.; Orey, D. C.; Shirley, L.; Alangui, W. V.; Palhares, P.; & Gavarrete, M. E. Current and future perspectives of ethnomathematics as a program (pp. 18-23). ICME13 Topical Surveys. London, England: SpringerOpen.
Rosa, M., &; Orey, D.C. (2017). Polysemic interactions of ethnomathematics: an overview. ETD, 19(3), 589-621.
Scheurich, J. J., & Skrla, L. (2003). Leadership for equity and excellence: Creating high-achievement classrooms, schools, and districts. Thousand Oaks, CA: Corwin Press.
Sergiovanni, T. J., & Starratt, R. J. (1998). Supervision: A redefinition. Boston, MA: McGraw-Hill.
Torres-Velasquez, D., & Lobo, G. (2004). Culturally responsive mathematics teaching and English language learners. Teaching Children Mathematics, 11, 249-255.
VanTassel-Baska, J., & Baska, A. (2004). Working with gifted students with special needs: A curriculum and program.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).