Análise de narrativas/cenas em tela

interseccionalidades com planos de aula de matemática que problematizam gêneros e sexualidades com base no streaming

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/1983-3156.2024v26i1p151-176

Palavras-chave:

Educação matemática, Cinema, Mulheres trans, Travestis, Teoria queer

Resumo

 

Esse artigo investiga como o processo de análise de cenas e a construção de planos de aula de matemática sobre gêneros e sexualidades por parte de professoras/ies/es de matemática (participantes de em uma disciplina de pós-graduação, que tratou de temáticas de exclusão/inclusão com produtos cinematográficos) pode contribuir para a compreensão/constituição da responsabilidade social dessas/us/es participantes diante dessas questões. Por meio da Teoria Queer, interseccionalidade e decolonialidade de gênero analisamos o processo de discussão das cenas e os planos de aula de matemática desenvolvidos pelas/peles/pelos professoras/ies/es. Assim, entendemos que as proposições de aulas de matemática sobre temáticas ligadas a gêneros e sexualidades partindo da análise de obras cinematográficas estabelecem a compreensão/constituição da responsabilidade social das/des/dos professoras/ies/es analisadas/es/os, por vezes, de forma inicial e ainda temerosa em relação à temática trans, por vezes, sob uma perspectiva queer de estranhamento e provocação de reflexões profícuas sobre a aula de matemática.

 

 

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Mauricio Rosa, UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutorado em Educação Matemática

Agnaldo da Conceição Esquincalha, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutorado em Educação Matemática

Referências

Akotirene, C. (2020). Interseccionalidade. Pólen Produção Editorial LTDA.

Almeida, M. V. (2004). A teoria queer e a contestação da categoria “género”. In. A. F. Cascais, Indisciplinar a Teoria. Estudos Gay, Lésbicos e Queer (p. 91-98). Fenda.

Barros, S. C. (2016) O cinema queer brasileiro: o pensamento queer no brasil a partir dos filmes Madame Satã e Elvis & Madona. Textos e Debates, 1(29), 51-68.

Belizário, F. (2016) Por uma teoria Queer Pós-Colonial: colonialidade de gênero e heteronormatividade ocupando as fronteiras e espaços de tradução. Atas do V Congresso Internacional em Estudos Culturais. Aveiro: Grácio Editor. https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/43727/1/Por%20uma%20teoria%20queer%20p%c3%b3s%20colonial.pdf.

Bourdieu, P. (2011) O Poder Simbólico. Trad. Fernando Tomaz (português de Portugal). Tradução de: Le pouvoir symbolique. – 16. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.

Britzman, D. (1995) Is there a queer pedagogy? Or, stop reading straight. Educational Theory. 45 (2), 151-165. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1741-5446.1995.00151.x.

Gogoni, R. (2019) O que é streaming? [Netflix, Spotify, mais o que?]. TecnoBlog. https://tecnoblog.net/290028/o-que-e-streaming/.

Hilton, E. (2020) A revolução é transvestigênere. In: T. Ignácio, A. Duarte, G. G. Ferreira, J. Burigo, T. O. Garcia & W. Bueno, Tem Saída? Perspectivas LGBTI+ sobre o Brasil (p. 11-14). Porto Alegre: Zouk.

Lopes, C. B., & dos Santos, T. L. (2020). A liberdade de imprensa e o combate às fake news como condições de preservação do regime democrático em tempos de pandemia, (288-313). In. M. C. Gobbi & R. Simões (Orgs.) Sociedade, ativismo midiático e democracia. Ria Editorial.

Louro, G. L. (2021) Um corpo estranho: ensaios sobre sexualidade e teoria queer. Belo Horizonte: Autêntica.

Lugones, M. (2014). Rumo a um feminismo descolonial. Revista Estudos Feministas, 22, 935-952.

Marques, R. & Raimundo, J. A. (2021) O Negacionismo Científico Refletido na Pandemia da Covid-19. Boletim de Conjuntura (BOCA), 7 (20), 67–78. https://doi.org/10.5281/zenodo.5148526.

Nepomuceno, M. A. (2009) O colorido cinema queer: onde o desejo sub-verte imagens In.: Anais do 2º Seminário Nacional Gênero e Práticas Culturais – cultu-ras, leituras e representações (p. 1-12). Recife: UFPB.

Neto, C. D. C. & Barbosa, G. S. & Giraldo, V. A. (2018) Formação Inicial de Professores de Matemática: crenças sobre ensino e empoderamento junto à população LGBTQI. Perspectivas em Educação Matemática, 11, (27), 605-627. https://seer.ufms.br/index.php/pedmat/article/view/7315.

Pires, M. C. F. & Silva, S. L. P. da. (2014) O cinema, a educação e a construção de um imaginário social contemporâneo. Educ. Soc., Campinas, 35 (127), 607-616. https://doi.org/10.1590/S0101-73302014000200015.

Podestà, L. L. D. (2018). Os usos do conceito de transfobia e as abordagens das formas específicas de violência contra pessoas trans por organizações do movimento trans no Brasil.

Pose (2018). Produção de Janet Mock, Our Lady J., Lou Eyrich, Erica Kay. Estados Unidos: Canal FX. Netflix.

Reis, W. S. & Esquincalha, A. C. Por uma virada sociopolítica: a importância da discussão sobre gêneros e sexualidades nas aulas e na pesquisa em (educação) matemática. In A. C. Esquincalha (Org.), Estudos de Género e Sexualidades em Educação Matemática: tensionamentos e possibilidades (p. 61-82). Brasília: SBEM.

Rosa, M. (2023a). Cinema, Educação Matemática e Exclusões/Inclusões: possíveis conexões. RIPEM - Revista Internacional de Pesquisa em Educação Matemática, Brasília, 13 (3), 1-24.

Rosa, M. (2023b). Aventuras, Dramas e Terror: os desafios compartilhados por gêneros cinematográficos na Cyberformação com professories que ensinam matemática. (pp. 132-189) In.: A. P. R. M. de Barros, D. Fiorentini & A.H. A. Honorato Aventuras e Desafios em Tempos de Pandemia e a (Re)Invenção da Prática Docente. Porto Alegre: Editora Fi.

Rosa, M. (2022a). Cyberformação com Professories de Matemática: discutindo a responsabilidade social sobre o racismo com o Cinema. Boletim GEPEM, (80), 25–60. https://doi.org/10.4322/gepem.2022.043

Rosa, M. (2022b). Cyberformação com professories de matemática: a compreensão da héxis política à pedagogia queer. In A. C. Esquincalha (Org.), Estudos de Género e Sexualidades em Educação Matemática: tensionamentos e possibilidades (p. 206-246). Brasília: SBEM.

Rosa, M. (2021). Teoria Queer, Números Binários e Educação Matemática: estranhando a matemática em prol de uma héxis política. Educação Matemática em Revista-RS, 2(22).

Rosa, M. (2020). Mathematics Education in/with Cyberspace and Digital Technologies: What Has Been Scientifically Produced About It?. M. A. V. Bicudo (Ed). Constitution and Production of Mathematics in the Cyberspace: A Phenomenological Approach (p. 3-15). Springer.

Rosa, M., & Dantas, D. M. (2020). Criatividade tecnológica: um estudo sobre a construção de atividades-matemáticas-com-tecnologias-digitais por professores/as em cyberformação. Zetetike, 28, e020030-e020030.

Rosa, M. & Giraldo V. (2023) Transpondo Problemas para que uma educação matemática decolonial e de (re)invenção “não passe em branco”. RIPEM – Revista Internacional de Pesquisa em Educação Matemática. Em submissão.

Skovsmose, O. (2019). Inclusões, encontros e cenários. Educação Matemática Em Revista, 24(64), 16-32. Recuperado de http://www.sbemrevista.com.br/revista/index.php/emr/article/view/2154

Spektrum (2023) Sentimento de culpa. Enciclopédia de Psicologia. https://www.spektrum.de/lexikon/psychologie/schuldgefuehl/13656

Walsh, C. (2013) Lo Pedagógico y ló Decolonial: entretejiendo caminos. In: C. Walsh (Editora). Pedagogías Decoloniales: prácticas insurgentes de resistir, (re)existir y (re)vivir. (23-68) Quito: Abya Yala.

Wikipédia (2021a). Ryan Jamaal Swain. https://en.wikipedia.org/wiki/Ryan_Jamaal_Swain.

Wikipédia (2021b). Rita Von Hunty. https://pt.wikipedia.org/wiki/Rita_Von_Hunty.

Publicado

2024-04-30