Aspectos do pensamento diferencial de estudantes do ensino médio com o GeoGebra

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/1983-3156.2023v25i3p297-321

Palavras-chave:

Educação matemática, Tecnologias digitais, GeoGebra, Cálculo, Pensamento matemático

Resumo

Na pesquisa relatada neste artigo, busca-se explorar aspectos do pensamento diferencial e do pensar-com-GeoGebra emergentes quando estudantes do Ensino Médio investigam atividades sobre o cálculo de áreas e volumes. Incialmente, discutem-se questões sobre pensamento matemático e pensamento diferencial, propondo uma perspectiva sobre pensamento diferencial formada por quatro aspectos: noção de limite e continuidade, noção de infinitésimo, conceito de integral definida e concepção visual-geométrica. Do ponto de vista metodológico, com fundamentação na pesquisa qualitativa, desenvolveram-se experimentos de ensino com seis duplas de alunos de 1ª, 2ª, e 3ª séries do Ensino Médio, considerando a elaboração de uma tarefa composta por cinco atividades. No presente artigo, com base na noção de amostragem na pesquisa qualitativa, discutiu-se a investigação desenvolvida por uma das duplas de 3ª série em relação à atividade intitulada: “O Problema do Volume”. Os resultados destacam o papel da visualização e da experimentação-com-tecnologias no desenvolvimento do pensamento diferencial dos estudantes. Em especial, enfatizam-se como os recursos ou potencialidades do software ofereceram meios para que os estudantes articulassem os quatro aspectos que compõem o pensamento diferencial na perspectiva proposta. Por fim, este estudo contribui com a produção de conhecimentos acerca do uso de tecnologias digitais em Educação Matemática, em particular com relação ao ensino de Cálculo no Ensino Médio.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Ana Rita Domingues , Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Mestrado em Ensino e Processos Formativos

Ricardo Scucuglia Rodrigues da Silva, Unesp

Doutorado em Education Studie

Inocêncio Fernandes Balieiro Filho , Universidade Estadual Paulista

Doutorado em Educação Matemática

Referências

Baron, M. E. (1985). Origens e Desenvolvimento do Cálculo. Unidade 1 - A Matemática Grega. Tradução de José R. B. Coelho. Editora UnB.

Bicudo, M. A. V. (1993). Pesquisa em Educação Matemática. Revista Pro-Posições, 1, 18–23.

Borba, M. C., Scucuglia, R., & Gadanidis, G. (2018). Fases das tecnologias digitais em Educação Matemática: sala de aula e internet em movimento. 2. 1. reimp. Autêntica.

Borba, M. C., & Villarreal, M. E. (2005). Humans-With-Media and the Reorganization of Mathematical Thinking: information and communication Technologies, modeling, experimentation and visualization. Springer.

Dreyfus, T. (1991). Advanced mathematical thinking. In D. Tall (Org.), Advanced mathematical thinking processes (pp. 25–41). Kluwer.

Edwards, C. H. (1979). The historical development of the calculus. Springer-Verlag.

Gray, E., Pinto, M., Pitta, D., & Tall, D. (1999). Knowledge construction and diverging thinking in elementary & advanced mathematics. In D. Tirosh (Org.), Forms of Mathematical Knowledge (pp. 111–133). Springer.

Harel, G., Selden, A., & Selden, J. (2006). Advanced mathematical thinking: some PME perspectives. In A. Gutiérrez & P. Boero (Orgs.), Handbook of Research on the Psychology of Mathematics Education: Past, Present and Future. Sense Publishers.

Henriques, A. C. C. B. (2010). O pensamento matemático avançado e a aprendizagem da análise numérica num contexto de atividades de investigação. 462f. [Tese de Doutorado em Educação, Instituto de Educação Universidade de Lisboa, Portugal].

Marshall, M. N. (1996). Sampling for qualitative research. Family Practice, 13(6), 522–525. https://doi.org/10.1093/fampra/13.6.522.

Ponte, J. P., Brocardo, J. & Oilveira, H. (2016). Investigações matemáticas na sala de aula. 3. ed. rev. ampl.; 2. reimp. Autêntica.

Powell, A. B., Francisco, J. M., & Maher, C. A. (2004). Uma abordagem à Análise de Dados de Vídeo para investigar o desenvolvimento de ideias e raciocínios matemáticos de estudantes. Bolema, 21, 81–140.

Reis, F. S. (2001). A tensão entre rigor e intuição no Ensino de cálculo e análise: a visão de professores-pesquisadores e autores de livros didáticos. 302f. [Tese de Doutorado em Educação, Faculdade de Educação Universidade Estadual de Campinas].

Sad, L. A. (2000). Uma abordagem epistemológica do cálculo. In Anais da 23ª ANPEd. CD.

Santos, J. N., Carvalho, L. S., Silveira, R. de S., & Pinheiro, J. M. L. (2022). Uma revisão sistemática sobre a presença das tecnologias digitais frente às problemáticas do ensino e da aprendizagem do cálculo no ensino superior. Revista Brasileira De Educação Em Ciências E Educação Matemática, 6(1), 110–132. https://doi.org/10.33238/ReBECEM.2022.v.6.n.1.27791

Steffe, L. P., & Thompson, P. W. (2000). Teaching experiment methodology: Underlying principles and essential elements. In R. Lesh & A. E. Kelly (Eds.), Research design in mathematics and science education (pp. 267- 307). Erlbaum.

Tall, D. (1991). The psychology of advanced mathematical thinking. In D. Tall (Ed.), Advanced mathematical thinking, p. 3-21. Kluwer.

Trevisan, A. L. & Araman, E. M. (2021) Argumentos Apresentados por Estudantes de Cálculo em uma Tarefa de Natureza Exploratória. Educação Matemática Pesquisa, 23(1), 591-612. https://doi.org/10.23925/1983-3156.2021v23i1p591-612.

Zuchi Siple, I., Bar de Figueiredo, E., & Sabatke Herbst, J. (2022). Ideias fundamentais do cálculo no Ensino Médio: uma abordagem da PG à luz da resolução de problemas. Com a Palavra, O Professor, 7(18), 89–116. https://doi.org/10.23864/cpp.v7i18.810.

Publicado

2023-10-03

Como Citar

DOMINGUES , A. R.; SCUCUGLIA RODRIGUES DA SILVA, R.; BALIEIRO FILHO , I. F. Aspectos do pensamento diferencial de estudantes do ensino médio com o GeoGebra. Educação Matemática Pesquisa Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação Matemática, São Paulo, v. 25, n. 3, p. 297–321, 2023. DOI: 10.23925/1983-3156.2023v25i3p297-321. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/emp/article/view/62795. Acesso em: 8 out. 2024.