Presque la même chose : penser à une topologie de la traduction et/ou de la recherche dans l'enseignement des mathématiques à la lumière de Wittgenstein.
DOI :
https://doi.org/10.23925/1983-3156.2022v24i2p180-218Mots-clés :
Traduction et enseignement des mathématiques, Jeux de langage, Lewis Carroll.Résumé
Cet article vise à discuter des aspects de l'acte de traduire lorsqu'ils sont considérés en accord avec les particularités du domaine de l'enseignement des mathématiques dans une perspective philosophique. En supposant que le texte traduit dit presque la même chose que l'original et que ce dernier est élaboré sur la base de torsions, de déchirures et de collages de mots qui caractérisent une topologie de la traduction, on espère comprendre, et peut-être délimiter certaines limites et potentialités de l'acte de traduire d'un texte intéressant l'enseignement des mathématiques, lorsqu'il est effectué par ceux qui font partie de ce domaine et ceux qui en ignorent les particularités. Comme éléments de discussion, deux passages - original et traduit - des œuvres de Lewis Carroll seront analysés, en se basant sur les théories de Wittgenstein sur les jeux de langage et les ressemblances familiales. Les résultats de cette recherche indiquent la nécessité d'accroître les études de traduction dans le domaine de l'enseignement des mathématiques en tant qu'objet de recherche, en refusant de considérer la traduction comme une partie seulement utilitaire d'une recherche en développement, mais aussi comme un exercice qui mobilise des connaissances mathématiques linguistiques, philosophiques et culturelles.
Métriques
Références
Alighieri, D. (2001). A divina comédia. Editora 34.
Arruda Júnior, G. F. (2017). 10 lições sobre Wittgenstein. Vozes.
Amorim, L. M. (2005). Tradução e adaptação: encruzilhadas da textualidade em Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, e Kim, de Rudyard Kipling. Editora UNESP.
Barbosa, H. G. (2007). Entrevista. In I. C. Benedetti & A. Sobral (orgs.), Conversas com tradutores: balanços e perspectivas da tradução (pp. 55-70). Parábola Editorial.
Becker, F. (2012). Educação e construção do conhecimento. Penso.
Benedetti, I. C. (2007). Prefácio. In I. C. Benedetti & A. Sobral (orgs.), Conversas com tradutores: balanços e perspectivas da tradução (pp. 17-32). Parábola Editorial.
Benjamin, W. (2011). Escritos sobre mito e linguagem. Editora 34.
Bicudo, I. (2009). Introdução. In Euclides, Elementos (pp. 15-96). Editora UNESP.
Bicudo, M. A. V. (2009). Filosofia da Educação Matemática: por quê? Bolema, 22(32), pp. 229-240. https://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/bolema/article/view/2546
Bicudo, M. A. V., & Garnica, A. V. M. (2001). Filosofia da Educação Matemática. Autêntica.
Britto, P. H. (2007). Entrevista. In I. C. Benedetti & A. Sobral (orgs.), Conversas com tradutores: balanços e perspectivas da tradução (pp.89-98). Parábola Editorial.
Campos, G. (2004). O que é tradução. Brasiliense.
Carroll, L. (1875). Some popular fallacies about vivisection. Some popular fallacies about vivisection : Carroll, Lewis, 1832-1898 : Free Download, Borrow, and Streaming : Internet Archive.
Carroll, L. (1876). The hunting of the snark. Macmillan and Co. The hunting of the snark : an agony in eight fits : Carroll, Lewis, 1832-1898 : Free Download, Borrow, and Streaming : Internet Archive
Carroll, L. (1977). Symbolic Logic. Clarkson N. Potter Inc. Publishers.
Carroll, L. (1984). A caça ao turpente. Interior edições.
Carroll, L. (2003). A caça ao snark. Assírio & Alvim.
Carroll, L. (2003a). Sylvie e Bruno. Relógio D’Água.
Carroll, L. (2005). The complete stories and poems of Lewis Carroll. Geddes & Grosset.
Carroll, L. (2016). A caça ao esnarque. Laranja Original.
Carroll, L. (2017). A caça ao snark. Galera Record.
Carroll, L. (2020). A caça ao cascação. Editora Cultura e barbárie.
Child, W. (2013). Wittgenstein. Penso.
Cohen, M. N.(1998). Lewis Carroll: uma biografia. Record.
Eco, U. (2007). Quase a mesma coisa: experiências de tradução. Record.
Ferreira, A. C. (2017). A fonte fecunda. In C. B. Pinsky & T. R. Luca (orgs.), O historiador e suas fontes (pp. 61-92). Contexto.
Fux, J. (2016). Matemática e Literatura: Jorge Luis Borges, George Perec e o OULIPO. São Paulo: Perspectiva.
Galelli, R. D. (2015). Entre a tradução e a matemática. Appris.
Gambier, Y. (1992). Adaptation: une ambiguïté à interroger. Meta, 37(3), pp. 420-425. Adaptation :uneambiguïté à interroger (erudit.org)
Gardner, M. (2006). Preface to the Centennial Edition. In L. Carroll, The annotated hunting of the snark: the definitive edition (pp. xv-xxii). W. W. Norton & Company.
Garnica, A. V. M. (2016). Da tradução como projeto: história, hermenêutica e ensino de Geometria. Revista de História da Educação Matemática, 2, pp. 217-238. http://histemat.com.br/index.php/HISTEMAT/article/view/87
Garnica, A. V. M., Gomes, M. L. M., & Andrade, M. M. Lacroix. (2014). A instrução pública e o ensino de matemática na França oitocentista: notas sobre o Ensaios sobre o ensino em geral e o de matemática em particular. In A. V. M. Garnica & M. E. Martins-Salandim (orgs.), Livros, leis, leituras e leitores: exercícios de interpretação para a História da Educação Matemática (pp. 223-274). Appris.
Kury, M. G. (2013). Introdução. In A. S. Duarte (orgs.), O melhor do teatro grego: Ésquilo, Sófocles, Eurípedes, Aristófanes (pp. 91-98). Zahar.
Lacerda, A. G., & Silveira, M. R. A. (2013). Linguagem, escrita e comunicação: uma análise através de jogos de linguagem da interação entre pares pela busca da leitura/tradução do texto em processo de ensino e aprendizagem de matemática. Revista Paraense de Educação Matemática. 2(3), pp. 77-88. http://revista.unespar.edu.br/index.php/rpem/article/view/405
Laranjeira, M. (2007). Entrevista. In I. C. Benedetti & A. Sobral (orgs.), Conversas com tradutores: balanços e perspectivas da tradução (pp. 119-124). Parábola Editorial.
Lauand, L. J. (1986). Educação, teatro e matemática medievais. São Paulo: Perspectiva.
Leite, S. U. (1986). Crítica Clandestina. Livraria Taurus Editora.
Lindemann, J. L. (2021). A lógica, o nonsense e a filosofia da lógica de Lewis Carroll. [Tese de doutorado em Filosofia]. TES_PPGFILOSOFIA_2021_LINDEMANN_JOHN.pdf (ufsm.br)
Lins, M. J. S. C. (2009). Ética e educação escolar. In R. J. Oliveira & M. J. S. C. Lins (orgs.), Ética e educação: uma abordagem atual (pp. 115-126). CRV.
Maria, L. (2009). O clube do livro: ser leitor – que diferença) faz? Globo.
Martos, J., & Soldevila, R. M. (2018). Rosvita de Gandersheim: obras completas. Servicio de Publicaciones de la Universidad de Huelva, 2018.
Miorim, M. A. (1998). Introdução à História da Educação Matemática. Atual Editora.
Moktefi, A. (2017). Are other people’s books difficult to read? The logic books in Lewis Carroll’s private library. Acta balticahistoriae et philosophia e ccientiarum, 5(1), pp. 28-49. DOI:10.11590/abhps.2017.1.02
Montoito, R. (2011). Chá com Lewis Carroll: a matemática por trás da literatura. Paco Editorial.
Montoito, R. (2013). Euclid and his modern rivals (1879), de Lewis Carroll: tradução e crítica. [Tese de doutorado em Educação para a Ciência, Universidade Estadual Paulista]. 37_7_tese_rafael_montoito.pdf (unesp.br)
Montoito, R. (2019). Literatura e filosofia: as palavras como operadores lógicos nas obras literárias de Lewis Carroll. Seara filosófica, 19, pp. 179-191. https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/searafilosofica/article/view/17715/11040.
Montoito, R. (2019). Lógica e nonsense nas obras de Lewis Carroll: silogismos e tontogismos como exercícios para o pensamento. Editora do IFSul. Lógica e Nonsense nas Obras de Lewis Carroll: silogismos e tontogismos como exercícios para o pensamento | Portal da EDITORA IFSUL
Montoito, R. (2020). Às avessas: outros percursos para se pensar/discutir as inter-relações entre matemática e literatura. Revista Internacional de Pesquisa em Educação Matemática, 10(2), pp. 89-106. https://doi.org/10.37001/ripem.v10i2.2170
Montoito, R., Dalcin, A., & Rios, D. F. (2021). Aproximações entre Matemática, Literatura e História: reflexões sobre o ensino e a pesquisa. Livraria da Física.
Montoito, R., & Rios, D. F. (2019). Manchas de tinta no papel: a literatura como fonte histórica. Revista Zetetiké, 27, pp. 1-18. DOI: 10.20396/zet.v27i0.8654788
Oliveira, P. (2007). Wittgenstein e problemas da tradução. In A. R. Moreno (org.). Wittgenstein (pp. 175-244). Coleção CLE.
Oliveira, Z. V., & Barbosa, G. (2018). Sobra a importância da tradução na pesquisa em História da Matemática. Revista Brasileira de História da Matemática,18(36), pp. 1-9. 10.47976/RBHM2018v18n3601-09
Pena, J. (2013). Como ler Wittgenstein. Paulus.
Pinto, T. P. (2019). Onde está a matemática? In A. Miguel, C. R. Vianna & C. Tamayo (orgs), Wittgenstein na educação (pp. 167-184). Navegando Publicações.
Ricœur, P. (2011). Sobre a Tradução. Editora UFMG.
Rodrigues, C. C. (2000). Tradução e diferença. Editora UNESP.
Roque, T. (2012). História da matemática: uma visão crítica, desfazendo mitos e lendas. Zahar.
Sampaio, J. C. V. (2008). Uma introdução à topologia geométrica: passeio de Euler, superfícies e o teorema das quatro cores. EdUFSCar.
Sautter, F. T. (2015). As teorias carrollianas das falácias. Caderno de História da Filosofia das Ciências, 1(1), pp. 7-32. Vista do As teorias carrollianas das falácias (unicamp.br)
Savenije, B. (2017). Contrariwise: reductio ad absurdum in the Alice books. Dodo/nododo, tijdschrift in de geest van Lewis Carroll, 1, pp. 32-43. https://bassavenije.nl/pdf/56-2017-Contrariwise.pdf
Silveira, M. R. A. (2015). Matemática, discurso e linguagens: contribuições para a Educação Matemática. Livraria da Física.
Silveira, M. R. A. (2018). Aprendizagem de conceitos matemáticos: tradução de códigos e aplicação de regras. Revista do Programa de Pós-graduação em Educação Matemática da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, 11(25), pp. 162-174. Aprendizagem de Conceitos Matemáticos: tradução de códigos e aplicação de regras | Perspectivas da Educação Matemática (ufms.br)
Vilela, D. S. (2013). Usos e jogos de linguagem na Matemática: diálogo entre Filosofia e Educação Matemática. Livraria da Física.
Wittgenstein, L. (1969). Da certeza. Edições 70.
Wittgenstein, L. (1989). Fichas (Zettel). Edições 70.
Wittgenstein, L. (1999). Investigações filosóficas (Coleção Os pensadores). Nova Cultural.
Wittgenstein, L. (2017). Tractatus logico-philosophicus. Edusp.
Wittgenstein, L. (2010). Gramática filosófica. Edições Loyola.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d'Utilisation Commerciale - Pas de Modification 4.0 International.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).