Pensée géométrique, art et enjeux raciaux dans l'éducation de la petite enfance
Pensée géométriqpossibilités et pratiques pédagogiques décoloniales
DOI :
https://doi.org/10.23925/1983-3156.2023v25i4p284-308Mots-clés :
Pensée géométrique, L'éducation des enfants, Culture afro, DécolonialitéRésumé
Dans cet article, nous présentons et discutons les données d'une recherche qui a proposé d'étudier la construction de la pensée géométrique par les enfants noirs et des favelas dans l'éducation préscolaire, dans la favela de Maré, municipalité de Rio de Janeiro, dans une perspective décoloniale, à partir de l'art. Plus précisément, nous développons et analysons des activités qui favorisent la construction de la pensée géométrique, en utilisant l'Autoportrait de Tarsila do Amaral comme ressource principale. La méthode utilisée était la recherche-action. Nous concluons que les enfants sont extrêmement capables d'analyser, de nommer, de relier et de différencier des formes géométriques avec les éléments trouvés sur la toile de Tarsila do Amaral et sur des objets qui font partie de la vie quotidienne, y compris le corps lui-même. Nous avons également constaté que la stratégie d'enseignement basée sur des projets pédagogiques avec un biais interdisciplinaire permet de valider un curriculum qui imprègne la géométrie et l'art, favorisant des dialogues enrichissants pour l'apprentissage intégral des enfants. Ces actions, à leur tour, ont fourni des actions didactiques basées sur la décolonialité et ses conséquences. L'observation et l'analyse de l'Autoportrait nous ont amenés à des réflexions sur la culture afro et la construction d'une identité noire de manière affirmative, privilégiant le protagonisme des enfants.
Métriques
Références
Barguil, P. M. (2016). Fiplan: recurso didático para o ensino e a aprendizagem de Geometria na educação infantil e no ensino fundamental. Anais do XII Encontro Nacional de Educação Matemática. São Paulo.
Brasil. (1998). Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF/DPE/COEDI (3).
Brasil. (1999). Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. MEC/Conselho Nacional de Educação. Câmara da Educação Básica.
Brasil. (2019). Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC/Secretaria de Educação Básica.
Candau, V. M. F. (2011). Diferenças culturais, cotidiano escolar e práticas pedagógicas. Currículo sem fronteiras, 11(2), 240-255.
Gomes, N. L. (2008). A questão racial na escola: desafios colocados pela implementação da Lei 10.639/03. Multiculturalismo: diferenças culturais e práticas pedagógicas, 4, 67-89.
Gomes, N. L. (2012). Relações étnico-raciais, educação e descolonização dos currículos. Currículo sem fronteiras, 12(1), 98-109. http://www.apeoesp.org.br/sistema/ck/files/5_Gomes_N%20L_Rel_etnico_raciais_educ%20e%20descolonizacao%20do%20curriculo.pdf
Gomes, L. C. B. (2017). O movimento negro educador. Sapere Aude, 9(17), 341-347.
Gomes, N. L., & de Araújo, M. (2023). Infâncias negras: Vivências e lutas por uma vida justa. Editora Vozes.
Helm, J. H. (2005). Os desafios contemporâneos na educação infantil. O poder dos projetos: novas estratégias e soluções para a educação infantil. Tradução Vinícius Figueira. Porto Alegre: Artmed.
Hooks, B. (1995). Intelectuais negras. Estudos feministas, 3(2), 464. https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/16465/15035
Hooks, B. (2017). Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes.
Lorenzato, S. (2006). Educação Infantil e percepção matemática. Campinas. Editora autores associados.
Maldonado-Torres, N. (2007). Sobre la colonialidad del ser: contribuciones al desarrollo de un concepto. El giro decolonial. Reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global, 127-167.
Muniz, A. D. S. R. (2013). A geometria na Educação Infantil. In XI Congresso Nacional de Educação. EDUCERE, Pontifícia Universidade Católica do Paraná (pp. 25552-25565). http://educere.bruc.com.br/ANAIS2013/
Nasser, L., & SANT’ANNA, N. D. F. P. (2010). Geometria segundo a teoria de van Hiele. Rio de Janeiro: Editora do IM-UFRJ.
Oliveira, L. F., & Candau, V. M. F. (2010). Pedagogia decolonial e educação antirracista e intercultural no Brasil. Educação em revista, 26(01), 15-40. http://educa.fcc.org.br/pdf/edur/v26n01/v26n01a02.pdf
Oliveira, L. F. (2016). O que é uma educação decolonial? Revista Nueva América. (149). 35-39
Oliveira, L. F. (2021). Pedagogias Decoloniais no Brasil. Editora Selo Novo.
Oliveira, L. F., & Miglievich-Ribeiro, A. M. (2022). Pedagogias Decoloniais no Brasil: um estudo sobre o Estado da Arte. Cadernos Cajuína, 7(2), 227-202. https://cadernoscajuina.pro.br/revistas/index.php/cadcajuina/article/view/572
Oshima, I. S., & Pavanello, M. R. (2017). O laboratório de ensino de matemática e a aprendizagem da geometria. http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/producoes_pde/artigo_isabel_satico_oshima.pdf
PCRJ – Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Orientações curriculares para a Educação Infantil. 2010.
Quijano, A. (2005). Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina1. A Colonialidade do Saber: etnocentrismo e ciências sociais–Perspectivas Latinoamericanas. Buenos Aires: Clacso, 107-126. http://biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/sur-sur/20100624103322/12_Quijano.pdf
Santos, B. S. (2019). O fim do império cognitivo: a afirmação das epistemologias do Sul. Editora Autêntica.
Smole, K. S., Diniz, M. I., & Cândido, P. (2003). Coleção Matemática de 0 a 6: Figuras e Formas. Rio Grande do Sul, Artmed.
Thiollent, M. (2009). Metodologia da pesquisa-ação. Cortez editora.
Tripp, D. (2005). Pesquisa-ação: uma introdução metodológica. Educação e pesquisa, 31, 443-466. https://www.scielo.br/j/ep/a/3DkbXnqBQqyq5bV4TCL9NSH/?format=pdf&lang=en
Villiers, M. (2010). Algumas reflexões sobre a Teoria de Van Hiele. Educação Matemática Pesquisa Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação Matemática, 12(3).
Walsh, C. (2009). Interculturalidade crítica e pedagogia decolonial: in-surgir, re-existir e re-viver. Educação intercultural na América Latina: entre concepções, tensões e propostas. Rio de Janeiro, 7, 12-43.
Walsh, C. (2017). ¿Interculturalidad y (de) colonialidad? Gritos, grietas y siembras desde Abya Yala. Poéticas e políticas da linguagem em vias de descoloniazação. São Carlos: Pedro & João Editores.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d'Utilisation Commerciale - Pas de Modification 4.0 International.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).