Récits de professeurs de mathématiques sur les situations vécues en classe avec des élèves aveugles
DOI :
https://doi.org/10.23925/1983-3156.2023v25i4p137-158Mots-clés :
Éducation inclusive, Élèves aveugles, Éducation mathématique critique, Situation vécue,, RécitsRésumé
L'article présente une partie d'une recherche de thèse qui a pour but de comprendre la communication dans l'éducation inclusive à partir de récits d'enseignants qui enseignent les mathématiques dans des classes avec des élèves aveugles. Il se base sur des études sur l'éducation inclusive et l'enseignement critique des mathématiques pour produire des données à partir des récits de deux des trois enseignants qui ont participé à la recherche, par le biais d'entretiens épisodiques réalisés à distance, entre 2021 et 2022, pendant la période de la pandémie provoquée par le Covid-19. Pour les analyser, nous avons utilisé des catégories analytiques qui renvoient aux concepts d'accessibilité et de dialogue qui sont ancrés dans les approches théoriques de référence. Les analyses mettent en évidence le souci des enseignants d'inclure les élèves aveugles dans les activités, même si, parfois, l'inclusion n'était pas explicite dans les épisodes racontés. Ces résultats confirment les conclusions d'autres recherches selon lesquelles la présence d'élèves présentant différents handicaps suscite des doutes et des incertitudes chez les enseignants, tant en ce qui concerne les choix didactiques que la manière d'agir et d'enseigner. Nous supposons que pour surmonter ces difficultés, des facteurs tels qu'une infrastructure physique adéquate, la disponibilité de ressources pédagogiques appropriées et l'accès à une formation initiale et continue sur l'éducation inclusive sont nécessaires.
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