Autopercepção da voz por professores de escola pública

Autores

  • Rayane Kelly Santana Santos Universidade de Brasília
  • Raissa Dias Marques Faculdade Santa Terezinha/CEST Casemiro Júnior Ave., 12 65.045-180 São Luís/MA, Brazil
  • Ana Carolina Nascimento Fernandes Centro Universitário Planalto do Distrito Federal Coordenação de Fonoaudiologia Pau Brasil Ave., s/n 70390-130, Águas Claras Brasília/DF, Brazil
  • Eduardo Magalhães da Silva Universidade de Brasília Faculdade de Ceilândia Coordenação de Fonoaudiologia Centro Metropolitano, Conjunto A, Lote 01 72.220-900 Brasília/DF, Brazil

DOI:

https://doi.org/10.23925/2176-2724.2019v31i3p500-510

Palavras-chave:

Voz, Disfonia, Qualidade de vida, Saúde do trabalhador, Adaptação psicológica.

Resumo

Introdução: O uso profissional da voz possui aspectos próprios e os professores apresentam um elevado risco vocal. Objetivo: Identificar a percepção que professores da rede pública possuem de suas vozes e o tipo e foco de estratégias de enfrentamento que eles usam quando percebem mudanças vocais. Métodos: Três protocolos de autoavaliação vocal foram respondidos por 100 professores (GE) e 40 não professores (GC): Termos Descritivos da Voz (TDV), Perfil de Participação e Atividades Vocais (PPAV), que permite o cálculo da Pontuação de Limitação de Atividade (PLA) e da Pontuação de Restrição de Participação (PRP) e o Protocolo de Estratégias de Enfrentamento das Disfonias (PEED), que classifica as estratégias usadas para lidar com distúrbios de voz com foco no problema e/ou na emoção. Escores mais altos no PPAV e no PEED indicam maior incapacidade. Os dados foram comparados com um nível de confiança de 95%. Resultados: Professores classificaram 53 descritores como negativos, com 1% a 40% de ocorrência, contra 40 descritores de não professores, com máximo de 11% de ocorrência. Os escores totais do PPAV e PEED foram, respectivamente, por grupo, 41,95/13,37 e 37,90/10,23, e a PLA foi de 7,59/1,96 e PRP, 4,95/1,43. O GE relatou mais (37,90) estratégias de enfrentamento do que o GC (10,23), sendo as focadas na emoção (GE = 23,21 e GC = 6,53) mais frequentes do que as focadas no problema (GE = 14,69 e GC = 3,70). Todos os dados mostraram diferença significativa (p<0,05) entre GE e GC. Conclusão: Os professores percebem o impacto das mudanças em suas vozes, com maior impacto na comunicação diária. Mostram maior ocorrência de estratégias de enfrentamento para lidar com estas modificações na voz e estas são mais centradas na emoção do que no problema.

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Biografia do Autor

Rayane Kelly Santana Santos, Universidade de Brasília

Fonoaudióloga clínica

Raissa Dias Marques, Faculdade Santa Terezinha/CEST Casemiro Júnior Ave., 12 65.045-180 São Luís/MA, Brazil

Fonoaudióloga clínica

Ana Carolina Nascimento Fernandes, Centro Universitário Planalto do Distrito Federal Coordenação de Fonoaudiologia Pau Brasil Ave., s/n 70390-130, Águas Claras Brasília/DF, Brazil

Fonoaudióloga clínica

Professor, Department of Speech-Language Pathology and Audiology

Eduardo Magalhães da Silva, Universidade de Brasília Faculdade de Ceilândia Coordenação de Fonoaudiologia Centro Metropolitano, Conjunto A, Lote 01 72.220-900 Brasília/DF, Brazil

Professor, Department of Speech-Language Pathology and Audiology

Publicado

2019-10-28

Como Citar

Santos, R. K. S., Marques, R. D., Fernandes, A. C. N., & Silva, E. M. da. (2019). Autopercepção da voz por professores de escola pública. Distúrbios Da Comunicação, 31(3), 500–510. https://doi.org/10.23925/2176-2724.2019v31i3p500-510

Edição

Seção

Artigos