Análise de práticas efetivas de alunos em geometria espacial mediada por descrições prévias de técnicas de representação de sólidos geométricos em ambiente papel/lápis
DOI:
https://doi.org/10.23925/1983-3156.2022v24i1p523-555Palavras-chave:
Sólidos Geométricos, Geometria Espacial, PraxeologiaResumo
Neste artigo, temos como objetivo analisar as práticas efetivas de alunos do 2o ano do Ensino Médio quando realizam tarefas sobre a representação de sólidos geométricos no ambiente papel/lápis, a partir da manipulação de modelos de Projetos de Construção de Objetos Concretos (PCOC) “que se leem peceocê”, obtidos por prototipagem rápida na impressora 3D. Para tanto, nos apropriamos da Análise Institucional e Sequência Didática como metodologia de pesquisa. Mergulhamos os estudos no quadro teórico constituído pela Teoria Antropológica do Didático, com ênfase na sua abordagem praxeológica, para fornecer-nos elementos de análise das técnicas e discursos tecnológico-teóricos, em Geometria Espacial, mobilizados pelos alunos nas suas práticas efetivas. Os resultados obtidos revelam que os alunos conseguem representar os sólidos considerados no ambiente papel/lápis, mas não indicam e nem descrevem as técnicas que utilizam nas referidas representações durante a realização das suas práticas efetivas. Este é, portanto, um problema da instituição de referência, em particular o 2o ano do Ensino Médio, que não fornece uma formação aos alunos envolvendo as referidas indicações e descrições, conforme procedemos no desenvolvimento da nossa análise a priori em torno dos PCOC que trabalhamos com estes alunos.
Metrics
Referências
Almouloud, S. (2007). Fundamentos da Didática da Matemática. Editora da Universidade Federal de Paraná.
Almouloud, S. A. (2013a). Organizações praxeológicas sobre função exponencial: uma abordagem do livro didático. VII CIBEM. Montevideo, Uruguay.
Almouloud, S. A. (2016). Modelo de ensino/aprendizagem baseado em situações-problema: aspectos teóricos e metodológicos. Revista Eletrônica de Educação Matemática (REVEMAT), V.1, n.2.
Artigue, M. (1988). Ingénierie Didactique. Recherches em Didactique des Mathématiques, v.9, n. 3, pp. 281 – 308.
Brasil. (2006). Orientações Curriculares para o Ensino Médio (volume 2): Ciências da natureza, Matemática e suas tecnologias. Secretaria de Educação Básica (Departamento de políticas de Ensino Médio) – Brasília: MEC, SEB.
Brousseau, G. (1997b) La théorie des situations didactiques: le cours de Montréal. http://www.math.unipa.it/~grim/brousseau_montreal_03.pdf.
Chaachoua, A. (2018). T4TEL Un cadre de reference Didactique pour La Conception des EIAH - Actes du séminaire de didactique des mathématiques de l'ARDM.
Chaachoua, A., Bessot, A. (2019). La notion de variable dans le modèle praxéologique. Educação Matemática Pesquisa, Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v.21, n.4, pp. 234-247.
Chevallard, Y. (1992). Concepts fondamentaux de la didactique : perspectives apportées par une approche anthropologique. Recherches en Didactique des Mathématiques, v. 12, n. 1, p. 73-112.
Chevallard, Y. (1999). El análisis de las prácticas docentes en la teoría antropológica delo didáctico. Recherches en Didactique des Mathématiques, Vol 19, nº 2, pp.221-266.
Chevallard, Y. (2009). La TAD face au professeur de mathématiques, UMR ADEF, Toulouse, le 29 avril.
Duval R. (1993). Registres de représentation sémiotique et fonctionnement cognitif de la pensée. Annales de didactique et de sciences cognitives. IREM de Strasbourg, v. 5, p. 35-65.
Henriques, A. (2021). Introdução ao Maple enquanto sistema de computação algébrica & gestão de códigos para impressora 3D. Editus.
Henriques, A. (2019). Saberes Universitários e as suas relações na Educação Básica - Uma análise institucional em torno do Cálculo Diferencial e Integral e das Geometrias. Via Litterarum. Ibicaraí, Bahia. Editora.
Henriques, A. (2016). Análise Institucional & Sequência Didática como Metodologia de Pesquisa, Anais do I Simpósio Latino-Americano de Didática da Matemática (LADIMA) 01-06 de novembro, Bonito, MS. http://grupoddmat.pro.br/wp-content/uploads/2020/05/HENRIQUES.pdf.
Nascimento, J. B. S. (2013). O Estudo de Geometria Espacial por meio da Construção de Sólidos com materiais Alternativos, 125 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de Ciências Exatas) – Centro Universitário Univates.
Pavanello, R. M. (1993). O abandono do ensinno da geometria no Brasil: causas e consequências. Revista ZEtetiké. v. 1, n. 1.
Paraizo, R. F. (2012). Ensino de geometria espacial com utilização de vídeos e manipulação de materiais concretos - um estudo no ensino médio, 196 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Educação Matemática) – Universidade Federal de Juiz de Fora.
Pohl, V. (1994). Visualizando o espaço tridimensional pela construção de poliedros. In: Lindquist, M. M.; Shulte, A. P. (org.). Aprendendo e ensinando geometria. Tradução: Domingues, H. H. São Paulo: Atual.
Ramos, S. M. (2018) Aplicação de Modelos de PCOC na Aprendizagem da Geometria Espacial no Ensino Médio. Dissertação (Mestrado Acadêmico em Educação Matemática) – Universidade Estadual de Santa Cruz.
Vidaletti, V. B. B. (2009). Ensino e Aprendizagem da Geometria Espacial a partir da manipulação de Sólido, 109 f. Dissertação (Mestrado Profissionalizante no Ensino de Ciências Extas) – Centro Universitário Univates.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).