MathLibras no parque de diversões:

uma análise linguística, matemática e dos recursos audiovisuais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/1983-3156.2023v25i1p336-362

Palavras-chave:

Ensino de Matemática para surdos, Língua de sinais, vídeo, videoaulas

Resumo

O presente artigo tem como objetivo apresentar a análise realizada do vídeo Adição em Libras – Soma 5, do projeto MathLibras, a partir de eventos críticos selecionados pelos autores, acerca da narrativa construída, considerando a utilização de ao menos um dos três parâmetros: linguístico, matemático ou recursos audiovisuais. O projeto MathLibras é desenvolvido na Universidade Federal de Pelotas e tem como objetivo o desenvolvimento de videoaulas de Matemática em Libras. Salienta-se que o vídeo Soma 5 é uma produção original em Língua de Sinais e não uma tradução. Para a análise do vídeo, foram selecionadas algumas cenas, consideradas como eventos críticos pela equipe: (a) saco de pipoca, (b) carrossel, (c) trem-fantasma e (d) roda-gigante. Como conclusões, destaca-se o padrão na estratégia narrativa utilizada pelo ator/surdo, que é o uso consecutivo de classificadores e descrições imagéticas e, também, a compreensão de que os parâmetros que constroem a narrativa estão indissociados, evidenciando o trabalho conjunto feito pela equipe desde a produção inicial do vídeo, gravação, até a edição final.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Thais Philipsen Grutzmann, Universidade Federal de Pelotas - UFPel

Licenciada em Matemática, Especialista em Matemática e Linguagem, Especialista em Educação - ênfase em Educação de Surdos, Mestre em Educação em Ciências e Matemática e Doutora em Educação.

Professora Adjunta do Departamento de Educação Matemática, do Instituto de Física e Matemática da UFPel.

Professora/Orientadora do Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática (PPGEMAT/UFPel)

Tatiana Bolivar Lebedeff, Universidade Federal de Pelotas

Doutora em Psicologia do Desenvolvimento. 

Mayummi Aragão Campos, Universidade do Vale do Rio dos Sinos

Graduanda em Relações Internacionais.

Helena Pinto da Luz, Universidade Federal de Pelotas

Graduada em Letras Tradução Inglês-Português.

Referências

Addition in Libras - Sum 5. (2019) [S. l.]: MathLibras. 1 video (6min13s). Published by Mathlibras YouTube channel. https://www.youtube.com/watch?v=s_Cb0VkY_Xc.

Bernardino, E. L. A. (2012). The use of classifiers in the Brazilian Sign Language. Virtual Journal of Language Studies, 10(19), p. 250-280. http://www.revel.inf.br/files/6ecf02602b4f746097e5749734cfd433.pdf.

Brazil. Law No. 10.436 of April 24, 2002. (2002). Brasília: Presidency of the Republic, 2002. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm.

Brazil. Decree No. 5.626 of 22 December 2005. (2005). Brasília: Presidency of the Republic, 2005. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm.

Brazil. Law No. 13.146 of July 06, 2015. (2015). Brasilia: Presidency of the Republic, 2015. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm.

Campello, A. R. S. (2008). Aspects of visuality in Deaf Education. Dissertation (PhD in Education) Santa Catarina: Federal University of Santa Catarina. https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/91182.

Carneiro, B. G. (2016). Body and classifiers in sign languages. Sinalizar Magazine, 1(2), p. 118-129. https://doi.org/10.5216/rs.v1i2.36863.

Carvalho, M. (2005). Eyes and ears wide open: a classification of cinema sounds. Paper presented to Research Center 07 - Audiovisual Communication, XXVIII Brazilian Congress of Communication Sciences, Rio de Janeiro. https://scholar.google.com.br/citations?user=1LQIe8MAAAAJ&hl=pt-BR.

Cruz, C. R. (2016). Phonological awareness in Brazilian Sign Language (Libras) in deaf children and adolescents with early or late first language acquisition (Libras). Dissertation (PhD in Applied Linguistics). Porto Alegre: Federal University of Rio Grande do Sul, https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/142610/000994019.pdf?sequence=1&isAllowed=y.

Frydrych, L. A. K. (2012). Re-discussing the notions of arbitrariness and iconicity: implications for the linguistic status of sign languages. Virtual Journal of Language Studies, 10(19), p. 281-294. http://www.revel.inf.br/files/ffcbf61b30948af9e368dd8d215987d8.pdf.

Garrutti-Lourenço, É. A., Hollosi, M., Finco, D., & Sanches, M. C. (2017). Storytelling for hearing and deaf children. In: É. A. Garrutti-Lourenço (orgs.). Bilingual education for the deaf. São Paulo: Alameda, p. 73-86.

Gonçalves, T. S. (2018). Motion Graphics and the design for audiovisual: historical perspective, plastic dimension and visual approach. Cinema International Conference, Avanca, p. 28-31.

Heitkoetter, R. P.; Xavier, A. N. (2020). Description and analysis of listing buoys in Libras. Humanities and Innovation Magazine, 7(26), p. 85-111. https://revista.unitins.br/index.php/humanidadeseinovacao/issue/view/93.

Liddell, S. K. (2003). Grammar, Gesture, and Meaning in American Sign Language. New York: Cambridge University Press.

Ministério da Educação (MEC). (2014). Secretariat of Continuing Education, Literacy, Diversity and Inclusion (SECADI). Report of the Working Group designated by ordinances nº 1.060/2013 and nº 91/2013, containing subsidies for the Linguistic Policy of bilingual education - Brazilian Sign Language and Portuguese language. Brasília. http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?down=56513.

Nogueira, C. M. I., & Zanquetta, M. E. M. T. (2013). Deafness, bilingualism and the traditional teaching of mathematics. In: C. M. I. Nogueira, C. M. I. (org.). Deafness, inclusion and mathematics. (p. 23-42). CRV.

Nunes, T.; Bryant, P. (1997). Kids doing math. Medical Arts.

Nunes, T.; Evans, D.; Barros, R.; Burman, D. (2013). Promoting the success of Deaf Children in Mathematics: an early intervention. Journal of Research and Training in Mathematics Education, 8(11), p. 263-275. https://revistas.ucr.ac.cr/index.php/cifem/article/view/14731/13976.

Powell, A. B.; Francisco, J. M.; Maher, C. A. (2004). An approach to video data analysis to investigate the development of students' mathematical ideas and reasoning. Bolema, 17(21), p. 81-140. https://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/bolema/article/view/10538.

Powell, A. B., & Silva, W. Q. (2015). The video in qualitative research in mathematics education: investigating students mathematical thoughts. In: A. B. Powell (Ed.). Research methods in mathematics education: using writing, video and the internet. (p. 15-60). Mercado de Letras.

Segala, R. R. (2010). R. Intermodal and intersemiotic/interlingual translation: Brazilian Portuguese written for Brazilian Sign Language. Thesis (Master in Translation Studies). Florianópolis: Federal University of Santa Catarina. https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/94582.

Skutnabb-Kangas, T. (2006). Linguistic Rights. In K. Brown (org.). Encyclopedia of Language and Linguistics, (p. 212-215). Elsevier.

Smole, K. S., & Diniz, M. I. (orgs.). (2016). Manipulative materials for teaching the four basic operations. Penso.

Souza, A. I. (2018). Translation of an excerpt from the book “The House 12”: analyzing imagetic descriptions. Undergraduate Dissertation (Bachelor of Arts-Libras). Joinville: Federal University of Santa Catarina. https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/188458.

Velho, J. C. P. R. (2018). Motion Graphics: language and technology - Annotations for an analysis methodology. Thesis (Master in Design) Rio de Janeiro: State University of Rio de Janeiro. https://www.bdtd.uerj.br:8443/handle/1/9141.

Publicado

2023-04-29

Como Citar

GRUTZMANN, T. P.; BOLIVAR LEBEDEFF, T. .; ARAGÃO CAMPOS, M.; PINTO DA LUZ, H. MathLibras no parque de diversões:: uma análise linguística, matemática e dos recursos audiovisuais. Educação Matemática Pesquisa Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação Matemática, São Paulo, v. 25, n. 1, p. 336–362, 2023. DOI: 10.23925/1983-3156.2023v25i1p336-362. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/emp/article/view/59903. Acesso em: 18 nov. 2024.