Constructos teóricos de Tall para o ensino de derivada
considerações sobre a elaboração de um modelo epistemológico de referência
DOI:
https://doi.org/10.23925/1983-3156.2024v26i3p029-047Palavras-chave:
Educação matemática, Ensino de cálculo, Derivada, Modelo epistemológico de eeferênciaResumo
Este artigo se propõe a contribuir com a discussão deste número da revista EMP em torno da questão “Como desenvolver um Modelo de Referência Epistemológico (MER) para o ensino de Cálculo?”, considerando especificamente o ensino da derivada. Os argumentos aqui expostos norteiam-se pela defesa da inclusão de constructos teóricos, como os desenvolvidos por Tall para o ensino de derivada, pelas potencialidades que eles têm de agregar contribuições de ordem cognitiva e didática aos aprendizes e aos professores respectivamente. Os constructos aos quais nos referimos foram denominados por Tall por organizador genérico e a raiz cognitiva da retidão local. Para os autores deste texto a inclusão desses constructos, em um MER, pode favorecer a integração teoria e prática importante ao desenvolvimento do ensino da Matemática. Organizamos as reflexões encadeando ideias sobre: integração teoria e prática; concepção de um MER; ensino da derivada e os construtos teóricos de Tall. Finalizamos a apresentação do artigo reforçando a importância da vigilância sobre a epistemologia dominante do conceito de derivada para o ensino, com vista à busca de contribuições à emancipação da Didática da Matemática com o favorecimento do ensino do Cálculo.
Metrics
Referências
Almeida, M. V. (2017). Material para o ensino do cálculo diferencial e integral: referências de Tall, Gueudet e Trouche. 261 f. Tese (Doutorado em Educação Matemática) - Doutorado Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação Matemática, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2017.
Ausubel, D. P. (2003). Aquisição e Retenção de Conhecimentos: uma perspectiva cognitiva. Lisboa: Pararelo. Tradução de: Ligia Teopisito.
Cornu, B. (1991). Limits. In: Tall, D. (Ed). Advanced Mathematical Thinking (p. 153–166). Dordrecht/Boston/London: Kluwer Academic Publisher.
Dubinsky, E., Tall, D. (1991). Advanced Mathematical Thinking and the Computer. In: TALL, David (Ed.). Advanced Mathematical Thinking (p. 231–243). New York: Kluwer Academic Publishers.
Escarlate, A. C. (2008). Uma Investigação sobre a Aprendizagem de Integral. [Dissertação de mestrado em Ensino de Matemática – Universidade Federal do Rio de Janeiro]. https://pemat.im.ufrj.br/images/Documentos/Disserta%C3%A7%C3%B5es/2008/MSc_09_Allan_de_Castro_Escarlate.pdf
Ely, R. (2021). Teaching calculus with infinitesimals and differentials. ZDM – Mathematics Education, 53, 3, 591–604. https://doi.org/10.1007/s11858-020-01194-2
Gascón, J. (2014). Los modelos epistemológicos de referencia como instrumentos de emancipación de la didáctica y la historia de las matemáticas. Educación Matemática, 25, 99–123. https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=40540854006
Jaworski, B. (2006). Theory and Practice in Mathematics Teaching Development: Critical Inquiry as a Mode of Learning in Teaching. J Math Teacher Educ. 9, 187–211. https://doi.org/10.1007/s10857-005-1223-z
Monaghan, J., Ely, R., Pinto, M. M. F., & Thomas, M. (2023). The Learning and Teaching of Calculus: Ideas, Insights and Activities (IMPACT: Interweaving Mathematics Pedagogy and Content for Teaching). (1st ed.). Routledge. https://doi.org/10.4324/9781003204800
Robinson, A. (1966). Nonstandard Analysis. Amsterdam: North-Holland.
Tall, D. O. (1980). Intuitive infinitesimals in the calculus. In: Abstracts of short communications, fourth international congress on mathematical education. http://homepages.warwick.ac.uk/staff/David.Tall/pdfs/dot1980c-intuitive-infls.pdf
Tall, D. O. (1981a). Intuitions of Infinity. Mathematics in School, 10 (3), 30–33.
Tall, D. O. (1981b). Infinitesimals constructed algebraically and interpreted geometrically. Mathematical Education for Teaching, 4 (1), 34–53.
Tall, D. (1982). The blancmange function, continuous everywhere but differentiable nowhere. Mathematical Gazette, 66, 11–22.
Tall, D. O. (1986). Building and Testing a Cognitive Approach to the Calculus Using Interactive Computer Graphics. [Tese de doutorado em Ensino de Matemática, – University of Warwick, Inglaterra]. https://wrap.warwick.ac.uk/2409/
Tall, D. (1989). Concept Images, Generic Organizers, Computers, and Curriculum Change. For the Learning of Mathematics, 9(3), 37–42. https://www.jstor.org/stable/40248161
Tall, D. O. (2000). Biological brain, mathematical mind & computational computers, em “ATCM Conference”. ATCM. http://www.davidtall.com/papers/biological-brain-math-mind.pdf
Tall, D. O. (2001). Natural and Formal infinities. Educational Studies in Mathematics, 48 (2), 199-238.
Tall, D. O. (2013). How humans learn to think mathematically: exploring three worlds of mathematics. New York: Cambridge University Press.
Tao, T. (2007). Ultrafilters, nonstandard analysis, and epsilon management. https://terrytao.wordpress.com/2007/06/25/ultrafilters-nonstandard-analysis-and-epsilon-management/
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).