Uma proposta de modelo epistemológico de referência para o estudo de limites dialogado via mecanismos de atenção

propuesta de modelo de referencia epistemológico para el estudio de los límites a través del diálogo a través de mecanismos de atención

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/1983-3156.2024v26i3p174-199

Palavras-chave:

Limite de uma função, Mecanismos atencionais, Modelo epistemológico de referência

Resumo

Neste ensaio teórico, apresenta-se propostas de tarefas e análises praxeológicas em um Modelo Epistemológico de Referência (MER) para o ensino do Cálculo Diferencial e Integral ressignificando a difusão da noção de limite de uma função pela definição. O referido MER tem como pressuposto epistemológico e metodológico a Teoria Antropológica do Didático de Yves Chevallard e as ideias de processamentos atencionais top-down e bottom-up. A produção de dados desse estudo ocorre via análise praxeológica a partir de tarefas extraídas de livros didáticos e análise a priori do MER construído. Como principal resultado, observou-se, por meio da análise inicial das tarefas que compuseram o MER, que os conhecimentos tácitos necessários para a resolução das tarefas podem ser evocados por sua estrutura, enquanto, no processamento bottom-up, o uso de recursos imagéticos auxilia na focalização da atenção para aspectos conceituais importantes presentes nas tarefas propostas.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Vinicius Souza Bittencourt, UFOB

Doutorado em Matemática

Edmo Fernandes Carvalho, Universidade Estadual de Feira de Santana

Doutorando no Programa de Ensino, Filosofia e História das Ciências - UFBA/UEFS. Professor Substituto na Universidade Estadual de Feira de Santana, área de Educação Matemática.

Laerte da Silva Fonseca, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe

Doutorado em Educação Matemática

Referências

Boaler, J. (2013). The stereotypes that distort how Americans teach and learn math. The Atlantic, 12. https://www.theatlantic.com/education/archive/2013/11/the-stereotypes-that-distort-how-americans-teach-and-learn-math/281303/

Boyer, C. B. (1949). The history of the calculus and its conceptual development. Dover.

Chevallard, y. (1994). Les Processus de Transposition Didactique et leur Theorisation. In: Arasac, G.; Chevallard, Y.;Martinand, J.-L. & Tiberghien, A. (Ed.). La transposition didactique à l’épreuve. Grenoble: La Pensée sauvage, p. 135-180.

Chevallard, Y. & Joshua, M. (1982). Un exemple d’analyse de la transposition didactique. Recherches en Didactique des Mathématiques, 3(2), 157-239.

Cosenza, R., & Guerra, L. (2009). Neurociência e educação. Artmed.

Ponte, J. P., Carvalho, R., Mata-Pereira, J., & Quaresma, M. (2016). Investigação baseada em design para compreender e melhorar as práticas educativas. Quadrante, 25(2), 77- 98.

Fonseca, C., Gascón, J., & Lucas, K. (2014). Desarrollo de un modelo epistemológico de refe-rencia en torno a la modelización funcional. Revista Latinoamericana de Investigación en Matemática Educativa, 17(3). 289-318.

Fonseca, L. et al. (2017). Uma ecologia dos mecanismos atencionais fundados na neurociência cognitiva para o ensino de matemática no século XXI. Caminhos da Educação Matemática em Revista, 1, 19-30.

Gazzaniga, M. S., Ivry, R. B., & Mangun, G. R. (2006). Neurociência Cognitiva: a biologia da mente. Artmed.

Hembree, R. (1990). The nature, effects, and relief of mathematics anxiety. Journal for research in mathematics education, 21(1), 33-46.

Job, P., & Schneider, M. (2014). Empirical positivism, an epistemological obstacle in the learning of calculus. ZDM, 46, 635-646.

Karatas, I., Guven, B., & Cekmez, E. (2011). A Cross-Age Study of Students’ Understanding of Limit and Continuity Concepts. Bolema, 24(38), 245-264.

Pekrun, R., Frenzel, A. C., Goetz, T., & Perry, R. P. (2007). The control-value theory of achievement emotions: An integrative approach to emotions in education. In P. A. Schutz & R. Pekrun (Eds.), Emotion in education (pp. 13-36). Academic Press.

Posner, M. I., & Petersen, S. E. (1990). The attention system of the human brain. Annual review of neuroscience, 3(1), 25-42.

Relvas, M. P. (2023). Neurociência na prática pedagógica. Digitaliza Conteúdo.

Ruiz Munzón, N., Bosch, M., & Gascón, J. (2011). Un modelo epistemológico de referencia del álgebra como instrumento de modelización. Documents: Un panorama de la TAD, 10, 743-765.

Sarter, M., Givens, B., & Bruno, J. P. (2001). The cognitive neuroscience of sustained attention: where top-down meets bottom-up. Brain Research Reviews, 35, 146-160.

Schraw, G., Crippen, K. J., & Hartley, K. (2006). Promoting self-regulation in science education: Metacognition as part of a broader perspective on learning. Research in science education, 36(2), 111-139.

Sierpińska, A. (1994). The diachronic dimension in research on understanding in niathematics-usefulness and limitations of the concept of epistemological obstacle. Didactica Mathematicae, 16(1), 73-101.

Steele, C. M., & Aronson, J. (1995). Stereotype threat and the intellectual test performance of African Americans. Journal of personality and social psychology, 69(5), 797-811.

Swinyard, C., & Larsen, S. (2012). Coming to Understand the Formal Definition of Limit: insights gained from engaging students in reinvention. Journal for Research in Mathe-matics Education, 43(4), 465-493.

Zeki, S. (2002). Inner vision: An exploration of art and the brain. Oxford University Press.

Publicado

2024-11-03

Como Citar

SOUZA BITTENCOURT, V.; CARVALHO, E. F.; FONSECA, L. da S. Uma proposta de modelo epistemológico de referência para o estudo de limites dialogado via mecanismos de atenção: propuesta de modelo de referencia epistemológico para el estudio de los límites a través del diálogo a través de mecanismos de atención. Educação Matemática Pesquisa Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação Matemática, São Paulo, v. 26, n. 3, p. 174–199, 2024. DOI: 10.23925/1983-3156.2024v26i3p174-199. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/emp/article/view/66721. Acesso em: 14 dez. 2024.

Edição

Seção

Modelo epistemológico de referência (MER) para o ensino de cálculo