Modelo epistemológico de referência na teoria antropológica do didático
hipótese e aplicação em problemas didáticos de cálculo diferencial e integra
DOI:
https://doi.org/10.23925/1983-3156.2024v26i3p279-302Palavras-chave:
Teoria antropológica do didático, Modelagem, Praxeologia, Percurso de estudo e pesquisa, Modelo epistemológico de referênciaResumo
Este artigo é um recorte de uma pesquisa de doutorado que investigou os limites e possibilidades da metodologia didática percurso de estudo e pesquisa (PEP), da teoria antropológica do didático (TAD), como alternativa de ensino para a educação básica do Brasil. Iniciamos a pesquisa considerando a pergunta: Como encontrar o menor percurso possível interligando uma origem (O) e um destino (D)? Este problema nos conduziu a considerar a elaboração do que na TAD se denomina modelo epistemológico de referência (MER). O MER é o modelo que precisa ser explicitado toda vez que se deseja formular um autêntico problema didático ou questão geradora de estudo. Este trabalho apresenta, inicialmente um comparativo da modelagem entre a TAD e outras correntes teóricas, e em seguida um exemplo de modelo epistemológico de referência a partir do problema da escolha do caminho mais curto de acesso de um ponto a outro sobre determinadas condições. Consideramos como objetivo deste artigo relacionar, por meio da noção de praxeologia, a possibilidade de uma modelagem sob a luz da TAD. O estudo comparativo nos mostra que a modelagem no escopo da TAD não é um objeto a ser ensinado e nem um meio para aprender e ensinar certos conceitos matemáticos. A principal característica da modelagem na TAD consiste na elaboração e contraste experimental de modelos epistemológicos de matemática com a finalidade de abordar problemas didáticos como uma hipótese provisória, que pode ser modificada durante o processo de desenvolvimento de um PEP.
Metrics
Referências
Barquero, B., Bosch, M. & Gascon, J. (2011) Los recorridos de estúdio e investigación y la modelización matemática en la enseñanza universitaria de las ciencias experimentales. Enseñanza de las Ciencias, 29(3), (pp. 339-352).
Bassanezzi, R. C (2002). Ensino – aprendizagem com modelagem matemática: uma nova estratégia. São Paulo: Editora Contexto.
Biembengut, M. S; Hein, N. (2003) Modelagem Matemática no Ensino. 3ª ed. São Paulo: Contexto.
Blum, W. et al. (Eds.). (1989). Applications and Modelling in Learning and Teaching Mathematics. Chichester: Ellis Horwood. deLange, J. et al. (Eds.). (1993). Innovation in Maths Education by Modelling and Applications. Chichester: Ellis Horwood.
Blum, W. & Niss, M. (1991). Applied Mathematical Problem Solving, Modeling, Aplications, and Links to Other Subjects-State, Trends and Issues in Mathematics Instructions, Educational Studies in Mathematics, nº 23, (pp. 37-68).
Bolea, P. (2003). Los procesos de algebrización de las Organizaciones Matemáticas Escolares. Tesis Doctoral, Universidad de Zaragoza; Zaragoza, España.
Borromeo Ferri, R. (2006). Theoretical and empirical differentiations of phases in the modelling process. ZDM, 38(2), 86-95.
Bosch, M.; & Gascón, J. (2010). Fundamentación antropológica de las organizaciones didácticas: de los “talleres de prácticas matemáticas” a los “recorridos de estudio e investigación”. En A. Bronner, M. Larguier, M. Artaud, M. Bosch, Y.Chevallard, G. Cirade y C. Ladage (Eds.): Diffuser les mathématiques (et les autres savoirs) comme outils de connaissance et d’action (pp. 1-10). Montpellier: Université de Montpellier.
Brasil (2018). Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC.2018.
Brasil (2004). Ministério da Educação. Secretaria da Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais + (PCN+) - Ciências da Natureza e suas Tecnologias. Brasília: MEC, 2004.
Brousseau, G. (1986), Fondements et méthodes de la didactique des mathématiques. Recherches en Didactique des Mathématiques, 7/2, 33-115.
Chevallard, Y. (1989). Le passage de l’arithmétique à l’algébrique dans l’enseignement des mathématiques au collège - Deuxième partie: Perspectives curriculaires: la notion de modelisation. Petit X, 19, (pp. 45-75).
Chevallard, Y. (1992). Concepts fondamentaux de la didactique: Perspectives apportées par une approche anthropologique. Recherches en Didactique des Mathématiques. 12/1. (pp. 73-112).
Chevallard, Y. (2007) Le développement actuel de la TAD: pistes et jalons. http://yves.chevallard.free.fr/spip/spip/article.php3?id_article=150
Chevallard, Yves (2011). Organiser l’étude 1. Structures & Fonctions. In: Actes de la XI école d’été. (pp.1-19) http://yves.chevallard.free.fr/spip/spip/IMG/pdf/Organiser_l_etude_1.pdf
Chevallard, Y., Bosch, M & Gascón, J. (1997). Estudiar Matemática: El eslabón perdido entre la enseñanza y el aprendizaje. ICE/Horsori, Barcelona.
D’Ambrósio, U. (2002). Prefácio. In. BASSANEZI, R. C. Ensino-Aprendizagem com Modelagem Matemática: uma nova estratégia. São Paulo: Contexto. (pp. 11-12).
Florensa, I., Bosch, M., & Gascon, J. (2020). Reference epistemological model: what form and function in school institutions?. Educação Matemática Pesquisa. Revista Do Programa De Estudos Pós-Graduados Em Educação Matemática, 22(4), 240–249. https://doi.org/10.23925/1983-3156.2020v22i4p240-249
Fonseca Bon, Cecilio, Gascón Pérez, Josep & Oliveira Lucas, Catarina. (2014). Desarrollo de un modelo epistemológico de referencia en torno a la modelización funcional. Revista latinoamericana de investigación en matemática educativa, 17(3), 289-318. https://doi.org/10.12802/relime.13.1732
García, F. J.; Higueras, L. R. (2011). Modifying Teachers' Practices: the case of a European Training Course on Modelling and Applications. In: KAISER, G. et al. (Org.). Trends in teaching and learning of Mathematical Modelling: international perspectives on the teaching and learning of Mathematical Modelling. London: Ed. Springer, p. 569-578.
Gascón, Josep (2011). Las tres dimensiones fundamentales de un problema didáctico. El caso del álgebra elemental. Revista latinoamericana de investigación en matemática educativa, 14(2), 203-231.
Holland, John H., Keith J. Holyoak, Richard E. Nisbett and Paul R. Thagard, (1986) Induction: Processes of Inference, Learning, and Discovery, Cambridge: M.I.T. Press.
Ignácio, R. (2018). Percurso de estudo e pesquisa na educação básica: limites e possibilidades. (tese de doutorado). Universidade Anhanguera de São Paulo.
Ignácio, R., Bosch, M., & Dias, M. A. (2020). Parcours d’étude et de recherche : une étude sur les chemins minimaux. Educação Matemática Pesquisa Revista Do Programa De Estudos Pós-Graduados Em Educação Matemática, 22(4), 801–808. https://doi.org/10.23925/1983-3156.2020v22i4p801-808
Jovignot-Candy, J. (2018). Le Modèle épistémologique de référence un outil pour l'étude de la transposition didactique du concept d'idéal. https://www.academia.edu/37207013/Le_Mod%C3%A8le_%C3%A9pist%C3%A9mologique_de_r%C3%A9f%C3%A9rence_un_outil_pour_l%C3%A9tude_de_la_transposition_didactique_du_concept_did%C3%A9al
Lucas, C. O. (2015). Una Posible “Razão de Ser” del Cálculo Diferencial Elemental en el Ámbito de la Modelización Funcional. Tesis de doctorado. Universidade de Vigo.
Maaß, K. (2006). What are modelling competencies? Zentralblatt für Didaktik der Mathematik, 38(2), 113-142.
Nicolelis, Miguel (2011). Muito além do nosso eu: a nova neurociência que une cérebro e máquinas — e como ela pode mudar nossas vidas. São Paulo: Companhia das Letras.
Ruiz-Munzón, N.; Bosch, M. & Gascón, J. (2011). Un modelo epistemológico de referencia del algebra como instrumento de modelización. En M. Bosch et al (Eds.), Un panorama de la TAD (Vol. 10, p. 743-765). Barcelona, España: Centre de Recerca Matemàtica.
Scheffer, Nilce Fátima (1999). Modelagem matemática: uma abordagem para o ensino aprendizagem da matemática. Educação Matemática em Revista, n. 1, p. 11-16.
Sierra, T. A (2006). Lo Matemático em el Diseño y Analisis de Organizaciones Didácticas: los Sistemas de Numeráción y la Medida de Magnitudes. Tesis del Doctorado. Universidad Complutense de Madrid.
Villa-Ochoa, J. A. (2007). La modelación como proceso en el aula de matemáticas. Un marco de referencia y un ejemplo. Tecno Lógicas, (19) pp.51-81.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).