Tratamentos figurais vinculados a conceitos de Geometria Espacial de Posição, mobilizados por futuros professores de matemática
DOI:
https://doi.org/10.23925/1983-3156.2021v23i2p160-188Palavras-chave:
Geometria Espacial de Posição, Registros de Representação Semiótica, Apreensões de uma Figura.Resumo
Este texto objetiva apresentar uma análise de tratamentos figurais, vinculados a conceitos/conteúdos de geometria espacial de posição, mobilizados por licenciandos em matemática. Para tanto, explorou-se a teoria dos registros de representação semiótica, em particular, as apreensões de uma figura (sequencial, perceptiva, discursiva e operatória). Recorreu-se a uma abordagem qualitativa com produção de dados, orientada pela análise de conteúdo. Constatou-se, durante as atividades, a mobilização das apreensões perceptiva, discursiva e operatória de posição. Destaca-se que, em alguns momentos, a apreensão perceptiva sobressaiu-se em relação à apreensão discursiva, vista a limitação exposta nas justificativas organizadas pelos acadêmicos. A apreensão operatória de posição foi intensamente explorada, pois se verificou sua mobilização em todos os itens propostos. A partir da ação realizada e dos resultados obtidos, pode-se afirmar a importância da visualização em geometria, isto é, a necessidade que há em realizar a harmonização entre os registros figural e discursivo.
Metrics
Referências
Almouloud, S. A. (2003). Registros de Representação Semiótica e Compreensão de Conceitos Geométricos. In S. D. A. Machado. Aprendizagem em matemática: registros de representação semiótica (pp. 125-148). Papirus.
Bardin, L. (2011). Análise de Conteúdo. Edições 70.
Brasil, Ministério da Educação. (2002). PCN+ Ensino Médio - Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Ciência da Natureza, Matemática e Tecnologia. http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/CienciasNatureza.pdf
Brasil, Ministério da Educação. (2018). Base nacional comum curricular. http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
Costa, A. P. da. (2020). O pensamento geométrico em foco: construindo uma definição. Re-vista Eletrônica Científica Ensino Interdisciplinar, 6 (16), 77-94. http://periodicos.uern.br/index.php/RECEI/article/view/3913/2130
Duval, R. (1993). Registres de représentation sémiotique et fonctionnements cognitif dela pensée. Annales de didactique et Sciences Cognitives, 5 (1), 37-65.
Duval, R. (2004). Semiosis y Pensamiento Humano: Registres sémiotiques et apprentissages intellectuels. Editora da Universidade del Valle.
Duval, R. (2005). Les conditions cognitives de l‟apprentissage de la géométrie: développement de la visualisation, différenciation des raisonnements et coordination de leurs fonction-nements. Annales de Didactique et Sciences Cognitives, 10 (1), 5 - 53.
Duval, R. (2009). Semiósis e pensamento humano: Registros semiótcos e aprendizagens inte-lectuais. Tradução L. F. Levy & M. R. A. da Silveira. Livraria da Física.
Duval, R. (2011). Ver e ensinar matemática de outra forma: entrar no modo matemático de pensar: os registros de representação semióticas. Org.: T. M. M. Campos. PROEM.
Duval, R. (2012). Abordagem cognitiva de problemas de geometria em termos de congruência. Tradução: M. T. Moretti. Revista Eletrônica de Educação Matemática – Revemat, 7 (1), 118-138. https://periodicos.ufsc.br/index.php/revemat/article/view/19811322.2012v7n1p118/22382
Duval, R. (2016). Las Condiciones Cognitivas del Aprendizaje de la Geometría: desarrollo de la visualización, diferenciaciones de los razonamientos, coordinación de sus funcionamientos. In R. Duval & A. Saénz-ludlow. Comprensión y aprendizaje en ma-temáticas: perspectivas semióticas seleccionadas (pp. 13-60). Universidad Distrital Francisco José de Caldas.
Garcia, M. (1999). Formação de professores: para uma mudança educativa. Trad.: I. Narciso. Porto Editora.
Jahn, A. P., & Bongiovanni, V. (2019). Apreensão Operatória de Figuras em Situações Geométricas. Jornal Internacional de Estudos em Educação Matemática. 12 (3), 245-257. https://revista.pgsskroton.com/index.php/jieem/article/view/7584
Leivas, J. C. P. (2009) Imaginação, intuição e visualização: a riqueza de possibilidades da abordagem geométrica no currículo de cursos de licenciatura de matemática [Tese de doutorado em Educação, Universidade Federal do Paraná]. http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=182495
Lima, E. L., Carvalho, P. C. P., Wagner, E., & Morgado, A. C. (2006). A Matemática do Ensino Médio. Editora SBM
Lorenzato, S. (1995). Por que não ensinar Geometria? Revista da Sociedade Brasileira de Educação Matemática, 3 (4), 3–13.
Lovis, K. A., & Franco, V. S. (2015) As concepções de geometrias não euclidianas de um grupo de professores de matemática da educação básica. Bolema, 29 (51), 369-388. http://www.scielo.br/pdf/bolema/v29n51/1980-4415-bolema-29-51-0369.pdf
Muraca, F. S. (2011). Educação Continuada do professor de Matemática: um contexto de problematização desenvolvido por meio de atividades exploratório–investigativas envolvendo Geometria Espacial de Posição [Dissertação de mestrado em Educação Matemática, Universidade Bandeirante de São Paulo]. https://repositorio.pgsskroton.com/handle/123456789/3557
Novak, F. I. L. (2018). O ambiente Dinâmico GeoGebra para o desenvolvimento de aspectos específicos da aprendizagem em Geometria segundo Raymond Duval: olhares, apreensões e desconstrução dimensional [Dissertação de mestrado em Educação, Universidade Estadual de Ponta Grossa]. http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2641
Palles, C. M. (2013). Um estudo do icosaedro a partir da visualização em Geometria Dinâmica [Dissertação de mestrado em Educação Matemática, Pontifica Universidade Católica de São Paulo]. https://tede2.pucsp.br/handle/handle/10978
Pavanello, R. M. (1993). O abandono do ensino da Geometria no Brasil: causas e consequências. Revista Zetetiké, 1 (1), 7-17. https://doi.org/10.20396/zet.v1i1.8646822
Sanchez, J. B. (2018). dos. Mapeamento da pesquisa acadêmica brasileira sobre Geometria Espacial: período 2007 a 2017 [Dissertação de mestrado em Educação Matemática, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo]. https://tede2.pucsp.br/handle/handle/21655
Santos, L., & Oliveira, H. (2017). O ensino e a aprendizagem da geometria: perspetivas curriculares. Livro de Atas do Encontro de Investigação em Educação Matemática, 3-8.
Sena, R. M., & Dorneles, B. V. (2013). Ensino de Geometria: Rumos da pesquisa (1991-2011). Revista Eletrônica de Educação Matemática - Revemat, 8 (1), 138-155. https://periodicos.ufsc.br/index.php/revemat/article/view/1981-1322.2013v8n1p138/25095
Sociedade Brasileira de Educação Matemática - SBEM. (2013). A formação do professor de matemática no curso de licenciatura: reflexões produzidas pela comissão paritária SBEM/SBM. Sociedade Brasileira de Educação Matemática, Boletim SBEM, 21 (1), p. 1-42.
Torregrosa, G., & Quesada, H. (2007). Coordinación de procesos cognitivos en Geometría. Revista Latinoamericana de Investigación en Matemática Educativa, 10 (2), 275-300. https://www.researchgate.net/publication/28182867_Coordinacion_de_procesos_cognitivos_en_Geometria.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Educação Matemática Pesquisa : Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação Matemática
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).