Indicadores cognitivo-linguístico em escolares com transtorno fonológico de risco para a dislexia

Autores

  • Cláudia Silva Universidade Federal Fluminense - UFF
  • Simone Aparecida Capellini Universidade Estadual Paulista -Unesp/Marília-SP

DOI:

https://doi.org/10.23925/2176-2724.2019v31i3p428-436

Palavras-chave:

Desenvolvimento infantil, Aprendizagem, Dislexia

Resumo

Introdução: O transtorno fonológico caracteriza-se por uma desorganização da fala que prejudica o desenvolvimento da linguagem, sendo um dos principais sinais de risco para a dislexia, uma vez que, as habilidades fonológicas que deveriam se desenvolver de forma natural e espontânea, para a aquisição da linguagem oral, não foram adquiridas. Esta quebra na aquisição pode dificultar o desenvolvimento das demais habilidades, como análise, síntese, segmentação e manipulação fonêmica, influenciando na aquisição do mecanismo de conversão fonema-grafema para o aprendizado da leitura e da escrita. Objetivo: Este estudo tem como objetivo identificar os indicadores cognitivo-linguísticos em escolares com transtorno fonológico de risco para a dislexia. Método: Participaram deste estudo 40 escolares do 1º ano do ensino fundamental, com idade entre 5 anos e 11 meses a 6 anos e 7 meses. Os escolares foram divididos em dois grupos, GI: composto por 20 escolares sem transtorno fonológico e GII: composto por 20 escolares com transtorno fonológico, ambos os grupos foram submetidos à aplicação do Protocolo de Avaliação das Habilidades Cognitivo-Linguísticas - versão coletiva e individual, composto por habilidades de leitura, escrita, consciência fonológica, processamento auditivo e velocidade de processamento. Resultados: Os resultados apresentaram diferença estatisticamente significante para os subtestes de todas as habilidades avaliadas, demonstrando que os escolares do grupo GI apresentaram médias de desempenho superior quando comparados com os escolares do grupo GII. Conclusão: Conclui-se que o desempenho inferior de GII nas habilidades avaliadas indica uma limitação cognitivo-linguística desses escolares quando comparados com os escolares do GI, evidenciando os sinais de risco para a dislexia.

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Biografia do Autor

Cláudia Silva, Universidade Federal Fluminense - UFF

Fonoaudióloga. Docente do Departamento de Formação Específica em Fonoaudiologia – FEF - da Universidade Federal Fluminense – UFF/Nova Friburgo (RJ), Brasil. Mestre e doutora em Educação pela Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP/Marília (SP), Brasil. Pós-Doutora em Fonoaudiologia pela Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP/Marília (SP).

Simone Aparecida Capellini, Universidade Estadual Paulista -Unesp/Marília-SP

Fonoaudióloga. Professora Livre-Docente do Departamento de Fonoaudiologia e dos Programas de Pós-Graduação em Educação e do Programa de Pós-graduação em Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - FFC/UNESP/Marília (SP). Coordenadora do Laboratório de Investigação dos Desvios da Aprendizagem (LIDA) da (FFC/UNESP), Marília-SP.

Publicado

2019-10-28

Como Citar

Silva, C., & Capellini, S. A. (2019). Indicadores cognitivo-linguístico em escolares com transtorno fonológico de risco para a dislexia. Distúrbios Da Comunicação, 31(3), 428–436. https://doi.org/10.23925/2176-2724.2019v31i3p428-436

Edição

Seção

Artigos