Interferência do tempo de experiência na concordância da análise perceptivo-auditiva de vozes neutras e disfônicas
Palavras-chave:
Voz, Disfonia, Percepção Auditiva, FonoaudiologiaResumo
A voz tem uma avaliação multidimensional, e por isso deve ser analisada em suas diferentes perspectivas. Atualmente, na prática clínica, a mais utilizada é a análise perceptivo-auditiva, que é a avaliação ouro da qualidade vocal. É um teste subjetivo que se baseia especialmente na impressão do avaliador sobre a voz do paciente, sofrendo influência do tempo de experiência do mesmo neste tipo de avaliação. Objetivo: analisar a interferência do tempo de experiência do avaliador na concordância da análise perceptivo-auditiva da voz. Método: estudo observacional analítico transversal no qual seis fonoaudiólogos com diferentes anos de experiência avaliaram 55 emissões na fala encadeada e vogal sustentada, utilizando a escala GRBASI. Para análise da concordância intra-avaliador e interavaliador foi utilizado o cálculo estatístico AC1. Resultados: A experiência dos fonoaudiólogos não interfere na concordância da avaliação intra-avaliadores nas duas tarefas de fala. A concordância interavaliador é maior para o grupo mais experiente nas duas tarefas, entretanto, na fala encadeada verificou-se que os inexperientes apresentaram concordância maior nos parâmetros astenia e tensão em relação aos experientes. Conclusão: O tempo de experiência dos fonoaudiólogos não interfere na concordância intra-avaliador, mas impacta positivamente na concordância interavaliadores, sugerindo que a experiência nesta análise tende a uniformizar o processo de julgamento auditivo de vozes disfônicas.
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