O diálogo entre a escola e a clínica fonoaudiológica no caso de uma criança com Transtorno do Espectro Autístico (TEA)
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-2724.2023v35i1e59369Palavras-chave:
Transtorno de Espectro Autista, Inclusão Escolar, Terapia da LinguagemResumo
A criança com diagnóstico do TEA, de modo geral, além de estar no ensino regular é acolhida em centros e clínicas de serviços especializados. Esses espaços são importantes para o desenvolvimento da criança e uma parceria mais próxima com a escola potencializa tanto as práticas que se dão na escola quanto na clínica. Considerando a importância do diálogo entre a clínica fonoaudiológica e a escola foram estabelecidos os seguintes objetivos: analisar se houve diálogo entre a clínica fonoaudiológica e a escola ao longo do processo terapêutico de uma criança diagnosticada com TEA e, ainda, as implicações deste diálogo para o processo de inclusão do sujeito no ensino regular. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo e de corte transversal. Foi realizado a partir do estudo da história clínica e escolar de uma criança do sexo feminino, com diagnóstico médico do Transtorno do Espectro Autista (TEA). A produção de dados foi realizada a partir da análise do prontuário e entrevistas semiestruturadas com os atores e atrizes sociais que conviveram e participaram diretamente no processo de escolarização da criança. A análise dos dados apontou que o contato entre a clínica e a escola foi possibilitado especialmente pela mãe da criança, especialmente no espaço da clínica. No entanto, um diálogo que de fato contribua para o processo de inclusão é uma prática ainda a ser mutuamente construída.
Downloads
Metrics
Referências
Nabuco MA. Práticas Institucionais e Inclusão Escolar. Cadernos de Pesquisa. 2010; v. 40, n. 139, p. 63-74.
Miranda FD. Aspectos históricos da educação inclusiva no Brasil. Pesquisa e Prática em Educação Inclusiva. 2019; v. 2, n. 3, p. 11–23.
Unesco. Declaração mundial sobre educação para todos: Plano de ação para satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem. Tailândia, 1990. [Acesso em 19 set 2022]. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/declaracao-mundial-sobre-educacao-para-todos-conferencia-de-jomtien-1990
Rodrigues IB, Angelucci CB. Estado da arte da produção sobre escolarização de crianças diagnosticadas com TEA. Psicologia Escolar e Educacional. 2018; v. 22, n. 3, p. 545-555.
BRASIL. Ministério de Educação. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, Portaria nº 555/2007, prorrogada pela Portaria nº 948/2007. Brasília, DF. 07 de jan. 2008. [Acesso em 19 set 2022]. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf
BRASIL, Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Lei nº 9.394, Brasília, DF, 20 de dez. 1996. [Acesso em 17 set 2022]. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei9394_ldbn1.pdf
Serra DCG. Entre a esperança e o limite: um estudo sobre a inclusão de alunos com autismo em classes regulares. [Doutorado em Psicologia]. Rio de Janeiro (Rio de Janeiro): Pontifícia Universidade Católica-PUC; 2008.
Araujo JAMR, Veras AB, Varella AAB. Breves considerações sobre a atenção à pessoa com transtorno do espectro autista na rede pública de saúde. Rev Psicol Saúde. 2019; 11(1), p. 89-98.
Jendreieck CO. Dificuldades encontradas pelos profissionais da saúde ao realizar diagnóstico precoce de autismo. Psicologia Argumento. 2017; v. 32, n. 77, p. 153-8.
Pintor NAM, Lierena Jr JC, Costa VA. Educação e saúde: um diálogo necessário às políticas de atenção integral para pessoas com deficiência. Rev. Educ. Espec. 2012; v. 25, n. 43, p. 203-216.
Arantes L. Diagnóstico e clínica de linguagem. [Tese de Doutorado, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo], São Paulo, s.n., 2001.
Pinto RNM, Torquato IMB, Collet N, Reichert APS, Souza Neto Vl, Saraiva AM. Autismo infantil: impacto do diagnóstico e repercussões nas relações familiares. Rev Gaúcha Enferm. 2016; 37(3).
Narvaz MG, Koller SH. Famílias e patriarcado: da prescrição normativa à subversão criativa. Psicologia & Sociedade. 2006; v. 18, n. 1, pp. 49-55.
Silva V, Cunha RP, Nascimento AB, Orru SE, Sá ALF. Rompendo com a Massificação das Práticas de Ensino. Um olhar esperançoso para os educandos com autismo. Revista UNIFREIRE. 2014; v. 2, p. 330-336.
BRASIL. Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012. Institui a Política Nacional de Proteção Dos Direitos da Pessoa Com Transtorno do Espectro Autista; e Altera o Parágrafo 3 do Artigo 98 da Lei 8.112, de 11 de Dezembro de 1990. Brasília, DF. [Acesso em 19 set 2022]. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2012/lei-12764-27-dezembro-2012-774838-publicacaooriginal-138466-pl.html
Corrêa CC, Arakawa, AM, Maximino, LP. Clínica-escola de fonoaudiologia: manejo da lista de espera. Revista CEFAC. 2016, v. 18, n. 5, p. 1222-29.
Saldanha OMFL, Pereira ALB, Medeiros CRG, Dhein G, Koetz LCE, Schwertner SF, Ceccim, RB. Clínica-escola: apoio institucional inovador às práticas de gestão e atenção na saúde como parte da integração ensino-serviço. Interface, comunicação, saúde e educação. 2014. v 18 Supl 1, p.1053-62.
Gertel MCR, Maia SM. O fonoaudiólogo e a escola – reflexões acerca da inclusão escolar: estudo de caso. Rev. CEFAC. 2011; v.13, n.5, p. 954-961.
Silva IF. Autismo e o processo de medicalização da aprendizagem – um diálogo possível entre escola e famílias. [Trabalho de Conclusão de Curso - Especialização]. Juiz de Fora (Minas Gerais): Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação; 2019.
Cabral CS, Falcke DE, Marin AH. Relação Família-Escola-Criança com Transtorno do Espectro Autista: Percepção de Pais e Professoras. Revista Brasileira de Educação Especial. 2021, v.27, p. 493-508.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Elaine Cristina de Oliveira, Hanna Moitinho Freire Queiroz da Silva, Marcus Vinicius Borges Oliveira
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.