Atribuição de significado em modelagem matemática nos anos iniciais
uma interpretação semiótica acerca dos objetos matemáticos
DOI:
https://doi.org/10.23925/1983-3156.2023v25i1p167-199Palavras-chave:
ações cognitivas em modelagem matemática, signos, triângulo epistemológicoResumo
O objetivo deste artigo consiste em buscar indícios de atribuição de significado aos objetos matemáticos por meio dos signos associados ao fazer modelagem matemática. Para tanto, foram analisadas duas atividades de modelagem matemática, desenvolvidas nos anos iniciais do Ensino Fundamental, tendo como aporte teórico a Modelagem Matemática, com atenção às ações cognitivas das crianças, e a semiótica peirceana, no que se refere aos signos e ao triângulo epistemológico, considerados em associação com outros dois elementos: contexto de referência e o conceito. A metodologia qualitativa ampara este estudo, uma vez que foca nos signos produzidos pelas crianças, para os objetos matemáticos, ao desenvolverem atividades de modelagem matemática, e serem interpretados a partir dos triângulos epistemológicos construídos. A atribuição de significado dada aos objetos matemáticos emergentes nas atividades de modelagem matemática desenvolvidas vem imbricada com a situação que originou a atividade, sinalizando que tal atribuição é um composto que leva em conta a situação e a matemática de forma articulada. Ademais, a atribuição de significado aos objetos matemáticos vai ganhando consistência, à medida que os signos vão se modificando, se alterando e se complementando diante das ações cognitivas das crianças.
Metrics
Referências
Almeida, L. M. W. Silva, K. A. P. da (2012). Semiótica e as ações cognitivas dos alunos em atividades de Modelagem Matemática: algumas relações. Ciência & Educação. v.18, n.3.
Almeida, L. M. W. Dias, M. R. (2004). Um estudo sobre o uso da Modelagem Matemática como estratégia de ensino e aprendizagem. Bolema, ano 17, n. 22, p. 19 – 35, 2004.
Almeida, L. M. W. Silva, K. A. P. da. Vertuan, R. E. (2012). Modelagem Matemática na educação básica. São Paulo : Contexto.
Almeida, L. M. W. Sousa, B. N. P. A. Tortola, E. (2015). Desdobramentos para a modelagem matemática decorrentes da formulação de hipóteses. In: Seminário Internacional de Pesquisa em Educação Matemática, 6. Pirenópolis. Anais... Pirenópolis: SBEM.
Borba, M. C. Araújo, J. L. (Orgs.) (2013). Pesquisa Qualitativa em Educação Matemática. 5. ed. Belo Horizonte: Autêntica.
Castro, É. M. V. (2017). Procedimentos dos alunos associados às suas ações cognitivas em atividades de modelagem matemática. [Dissertação de Mestrado em Ensino de Ciências Naturais e Matemática, Universidade Estadual do Centro-Oeste, Guarapuava].
Castro, É. V. Veronez, M. R. D. (2021). Procedimentos manifestos por alunos do Ensino Fundamental em uma atividade de modelagem matemática. Revista Multidisciplinar de Licenciatura e Formação de Docentes, [s. l.], v. 15, ed. 1, p. 95-120.
English, L. (2003). Mathematical modelling with young learners. In: Lamon, S. J. Parker, W. A. Houston, S. K. (Eds.). Mathematical Modelling: a way of life. Chichester: Horwood Publishing, p. 3-18.
English, L. (2010). Modeling with Complex Data in the Primary School. In: Lesh, R. et al. (Eds.). Modeling students’ mathematical modeling competencies. Springer: New York, London, p. 287-300.
English, L. Watters, J. (2004). Mathematical modelling with young children. In: Høines, M. J. Fuglestad, A. B. (Eds.). Proceedings of the 28th Conference of the International Group for the Psychology of Mathematics Education. Bergen: IGPME, v. 2, p. 335-342.
Lima, F. H. (2020). Um estudo sobre as intervenções de um professor em atividades de modelagem matemática. [Dissertação de Mestrado em Educação, Faculdade de Educação (FaE), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, Minas Gerais].
Luna, A.V. A. Souza, E. G. Santiago, A. R. C. M. (2009). A Modelagem Matemática nas séries iniciais: o gérmen da criticidade. Alexandria Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, Santa Catarina, n. 2, p. 135-157.
Farrugia, M. T. (2007). The use a semiotic model to interpret meanings for multiplication and division. Cerme - Congress of the european society for research in mathematics education, 5, Proceedings... Lanarca. University of Cyprus. pp. 1200-1209.
Ferri, R. B. (2006). Theoretical and empirical differentiations of phases in the modeling process. Zentralblattfür Didaktik der Mathematik, v. 38, n. 2, p. 86-95.
Goldenberg, M. (2004). A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em Ciências Sociais. 8. ed. Rio de Janeiro: Record.
Gomes, J. C. S. P. Silva, K. A. P. (2021). Prática de Modelagem Matemática nos anos iniciais: um olhar para o processo de formação. Pesquisa e Debate em Educação, Juiz de Fora: UFJF, v. 11, n. 2, p. 01-23, e31742, jul./dez.
Gomes, J. C. S. P. (2018). Práticas de professoras dos anos iniciais do Ensino Fundamental em atividades de Modelagem Matemática. [Dissertação de Mestrado em Ensino de Matemática, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Londrina].
Hoffmann, M. H. G. (2006). What this a “Semiotic perspective”, and what could it be? Some comments on the contributions to this special issue. Springer, v. 61, p. 279-291.
Numomura, A. R. T. (2021). Modelagem Matemática nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental: um olhar para os Registros de Representação Semiótica. [Dissertação de Mestrado em Ensino de Matemática, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Londrina].
Peirce, C. S. (2005). Semiótica. São Paulo: Perspectiva.
Peirce, C. S. (1995). A teoria geral dos signos: Semiose e autogeração. São Paulo: Ática.
Santaella, L. (2002). Semiótica aplicada. São Paulo: Pioneira Thomson.
Silva, K. A. P. da. (2013). Uma interpretação semiótica de atividades de Modelagem matemática e Semiótica: implicações para a atribuição de significado. [Tese de Doutorado em Ensino de Ciências e Educação Matemática, Universidade Estadual de Londrina].
Steinbring, H. (2002). How do Mathematical Symbols Acquire their Meaning? In: Hans-Georg Weigand, Neville Neill, Andrea Peter-Koop, Kristina Reiss, Günter Törner, Bernd Wollring (Eds.): Developments in Mathematics Education in German-speaking Countries. Selected Papers from the Annual Conference of Didactics of Mathematics, Bern, 1999. Franzbecker: Hildesheim, S. pp. 113-123.
Steinbring, H. (2005). The construction of new mathematical nowledge in classroom interaction: an epistemological perspective. Mathematics Education Library, vol. 38, New York: Springer.
Steinbring, H. (2006). What makes a sign a Mathematical Sign? An epistemological perspective on mathematical interaction. Educational Studies in Mathematics. New York: Ed. Springer, v. 61, n. 1, p.133-162, feb.
Teodoro, F. P. (2018). A recontextualização da Modelagem Matemática na prática pedagógica nos anos iniciais. [Dissertação de Mestrado em Educação para a Ciência e a Matemática, Universidade Estadual de Maringá].
Tortola, E. (2016). Configurações de Modelagem Matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental. [Tese de Doutorado em Ensino de Ciências e Educação Matemática, Universidade Estadual de Londrina].
Tortola, E. (2012). Os usos da linguagem em atividades de modelagem matemática nos anos iniciais do ensino fundamental. [Dissertação de Mestrado em Ensino de Ciências e Educação Matemática, Universidade Estadual de Londrina].
Tortola, E. Almeida, L. M. W. (2013). Reflexões a respeito do uso da Modelagem Matemática em aulas nos anos inicias do Ensino Fundamental. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v. 94, n. 237, p. 619-642, maio/ago.
Tortola, E. Silva, K. A. P. (2021). Sobre modelos matemáticos nos anos iniciais: das pesquisas às práticas. Em Teia| Revista de Educação Matemática e Tecnológica Iberoamericana, v. 12, n. 3.
Veronez, M. R. D. (2013). As funções dos signos em atividades de modelagem matemática. [Tese de Doutorado em Ensino de Ciências e Educação Matemática, Universidade Estadual de Londrina].
Veronez, M. R. D. Chulek, C. (2020). Modelagem Matemática: um olhar semiótico. Educação Matemática Debate, v. 4, p. 1-24.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
