Possibilidades de uso da engenharia didática na educação matemática e no ensino regular<br>Possibilities of using didactic engineering in mathematics education and regular education
DOI:
https://doi.org/10.23925/1983-3156.2019v21i5p694-708Palavras-chave:
Engenharia Didática, Sequências Didáticas, Formação de ProfessoresResumo
Neste artigo temos como objetivo discutir sobre modos de utilização da Engenharia Didática no campo educacional, seja como uma metodologia de pesquisa para o desenvolvimento de investigações na área da Educação Matemática, nos seus modos de uso no ensino regular ou como ferramenta para elaborar materiais e sequências de ensino ou para a formação de professores. Em um primeiro momento, discorremos acerca de estudos do campo da Didática da Matemática, a Teoria dos Campos Conceituais e a Teoria das Situações Didáticas com seu foco no processo de ensino e aprendizagem da Matemática. Nesse contexto, apresentamos a Engenharia Didática como metodologia de pesquisa que contribui para a elaboração, desenvolvimento e análise de sequências didáticas e explanamos sobre duas pesquisas desenvolvidas no Grupo de Estudos em Didática da Matemática (DDMat). No segundo momento, expomos outras possibilidades de estudos com a Engenharia Didática, na perspectiva de formação de professores e na produção de materiais didáticos para o ensino regular, a citar, as transformações de sequências didáticas desenvolvidas na vertente da metodologia da Engenharia Didática.Metrics
Referências
ARTIGUE, Michèle. Engenharia Didática. In: BRUN, Jean. (Org.) Didáctica das Matemáticas. Lisboa: Instituto Piaget, 1996. p. 193-217.
BITTAR, Marilena. Contribuições da Teoria das Situações Didáticas e da Engenharia Didática para Discutir o Ensino de Matemática. In. TELES, Rosinalda Aurora de Melo; Borba, Rute Elisabete de Souza Rosa; MONTEIRO, Carlos Eduardo Ferreira (Orgs.) Investigações em Didática da Matemática. Vol. 2, Editora UFPE, Recife, 2017, p. 101-132
BRASIL, Ministério da Educação: Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Matemática. Brasília: MEC/SEF, 1997.
BROUSSEAU, G. Introduction à l’ingénierie didactique, 2013. Disponível em: http://guy-brousseau.com/wp-content/uploads/2013/12/Introduction-%C3%A0-ling%C3%A9nierie-didactique3.pdf Acesso em 4 maio de 2018
BROUSSEAU, Guy. Fundamentos e Métodos da Didáctica da Matemática. In: BRUN, Jean. (Org.) Didáctica das Matemáticas. Lisboa: Instituto Piaget, 1996. p. 35-113.
BROUSSEAU, Guy. Introdução ao Estudo das Situações Didáticas: Conteúdos e métodos de ensino. São Paulo: Ática, 2008.
CHEVALLARD, Yves. La notion d’ingénieriedidactique, un concept à refonder; ClermontFerrand, 16-23 août 2009. Disponível em http://yves.chevallard.free.fr. Acesso em junho de 2018.
DUVAL, R. Registros de Representações Semióticas e funcionamento cognitivo da compreensão em matemática. In: MACHADO, Silvia Dias Alcântara (Org.). Aprendizagem em Matemática: Registro de Representação Semiótica. 1 ed. São Paulo: PAPIRUS, 2003. p. 11- 33..
GOBERT, Sophie. Une ingénierie didactique pour le développement pratique de description de formes géométriques à l’école maternelle. In Margolinas et all.(org.): En amont et en aval des ingénieries didactiques, XVª École d´Été de Didactique des Mathématiques – ClermontFerrand (PUY-de-Dôme). Recherches em Didactique des Mathématiques. Grenoble : La Pensée Sauvage, v. 2, p. 283-304, 2009.
LABORDE, Colette. Towards theoretical foundations of mathematics education. In. ZDM Mathematics Education, v. 39, p 137-144, 2007.
LIMA, Renan Gustavo Araújo de. Problemas de combinatória: um estudo de conhecimentos mobilizados por licenciandos em Matemática. 2015. 198 f. Dissertação (Mestrado em Educação Matemática) – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2015.
PERRIN-GLORIAN, Marie-Jeanne. L’ingénierie didactique a l’interface de la recherche avec l’enseignement. Développement des ressources et formação des enseignants. In Margolinas et all.(org.): En amont et en aval des ingénieries didactiques, XVª École d´Été de Didactique des Mathématiques – ClermontFerrand (PUY-de-Dôme). Recherches em Didactique des Mathématiques. Grenoble : La Pensée Sauvage, v. 1, p. 57-78, 2009.
PERRIN-GLORIAN, Marie-Jeanne; BELLEMAIN, Paula Moreira Baltar. L’Ingenierie didactique entre recherche et ressource pour l’enseignement et la formation des maitres. In.: I Simpósio Latino-Americano de Didática da Matemática. Bonito, 2016.
PESSOA, Cristiane Azevedo dos Santos; BORBA, Rute Elizabete de Souza Rosa. O desenvolvimento do raciocínio combinatório na escolarização básica. In: EM TEIA - Revista de Educação Matemática e Tecnológica Iberoamericana, vol. 1, n. 1, 2010.
QUEIROZ, Páblo Carcheski de. Uma proposta para o ensino de funções articulando as linguagens algébrica e geométrica. 2014. 158 f. Dissertação (Mestrado em Educação Matemática) – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2014
VERGNAUD, Gérard. A Teoria dos Campos Conceituais. In: BRUN, Jean. (Org.) Didáctica das Matemáticas. Lisboa: Instituto Piaget, 1996. p. 155-191.
VERGNAUD, Gérard. O que é aprender? In: BITTAR, Marilena; MUNIZ, Cristiano. (Orgs). A aprendizagem Matemática na perspectiva da Teoria dos Campos Conceituais. Curitiba: Editora CRV, 2009b. p.13-35.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).