Idoneidade didática na formação inicial de professores de matemática
reflexões sobre aspectos de interação
DOI:
https://doi.org/10.23925/1983-3156.2025v27i2p446-469Palavras-chave:
Idoneidade didática, Autonomia, Formação de professores de matemática, Residência pedagógicaResumo
Neste estudo, buscamos investigar como as interações vivenciadas no contexto da formação inicial de professores de Matemática, levando em conta o planejamento, a execução e a avaliação das práticas pré-profissionais, podem influenciar o desenvolvimento da autonomia docente. Trata-se de uma pesquisa qualitativa da qual participaram três futuros professores de Matemática e um professor da Educação Básica, residentes e preceptor, respectivamente, participantes do programa de iniciação à docência Residência Pedagógica. A produção de dados foi concretizada a partir de três instrumentos: questionário, entrevista e observação de práticas formativas. Para análise dos dados foram elaboradas três categoria as quais emergiram do diálogo entre a noção de Idoneidade Didática e a produção dos dados, em particular, com o componente autonomia da idoneidade interação, a saber: autonomia no planejamento, autonomia na execução e autonomia na avaliação. Os resultados evidenciam que o trabalho coletivo e colaborativo, em especial, com a participação de um professor experiente atuante no campo profissional torna-se elemento necessário para os futuros professores desenvolvam a autonomia frente às práticas educativas. Além disso, é fato que o ensino da Matemática na atualidade requer, entre tantas variáveis, professores reflexivos e capazes de realizar tomada de decisões frente às prescrições curriculares, as demandas dos estudantes e os contextos sociais, culturais e institucionais. À guisa de conclusão, há que se reconhecer a importância de os cursos de formação de professores articularem a formação Matemática com a formação didático pedagógica.
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