Educação Matemática em territórios contestados: um currículo diferenciado para as ilhas do litoral do Paraná <br> Mathematics Education in districts challenged: a differentiated curriculum for the islands of the coast of Paraná

Authors

  • Marcos Aurelio Zanlorenzi Universidade Federal do Paraná.
  • Anderson Martins Oliveira Secretaria de Estado da Educação do Paraná.

DOI:

https://doi.org/10.23925/1983-3156.2017v19i3p209-229

Keywords:

Educação Matemática, Currículo, Território.

Abstract

Com este trabalho procuramos identificar como a Educação Matemática aparece em uma proposta pedagógica diferenciada e que foi construída para as escolas das ilhas do litoral paranaense. Também apontamos a importância de uma proposta dessa natureza em um contexto marcado pelo refluxo das conquistas sociais historicamente constituídas, pela desconsideração de um conjunto de direitos humanos, sobretudo dos povos e comunidades tradicionais que habitam as ilhas do Paraná. Problematizamos as dificuldades de implementação da proposta e apontamos algumas possibilidades de avanço.

Metrics

Metrics Loading ...

Author Biographies

Marcos Aurelio Zanlorenzi, Universidade Federal do Paraná.

Doutor em Educação pela Universidade Federal do Paraná. Atualmente trabalha como educador na Universidade Federal do Paraná - UFPR, Setor Litoral e é membro do corpo docente do Programa de Pós-graduação em Educação em Ciências e em Matemática (PPGECM) da UFPR .

Anderson Martins Oliveira, Secretaria de Estado da Educação do Paraná.

Mestre em Educação em Ciências e em Matemática pela Universidade Federal do Paraná - UFPR. Atualmente trabalha como professor na Secretaria de Estado da Educação do Paraná.

References

ARRUDA. R. “Populações tradicionais” e a proteção dos recursos naturais em unidades de conservação. Ambiente & Sociedade - Ano II – N° 5 – 2° Semestre de 1999. p.79 – 252.

ARROYO, M. G. Currículo, território em disputa. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.

______________. A Educação Básica e o Movimento Social do Campo. In: ARROYO, M. G.; CALDART, R. S.; MOLINA, M. C. (org.) Por uma Educação do Campo. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2004.

BRASIL. Presidência da República. Decreto 6.040 de 7 de fevereiro de 2007. Institui a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais. Brasília: Casa Civil, 2007. Disponível em:

< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6040.htm >. Acesso em: 10 maio 2017.

FERNANDES, D. N. Concepções de professores de Matemática: uma contra-doutrina para nortear a prática. Rio Claro, 2001. 157 f. Dissertação de Mestrado – Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, 2001. Disponível em: < http://sbem.web1471.kinghost.net/anais/XIENEM/pdf/1190_1498_ID.pdf >. Acesso em: 15 novembro 2017.

MACEDO, E.; ARAÚJO, F. M. B. Notas para uma agenda de pesquisa sobre as arenas burocráticas nas políticas curriculares. Currículo sem Fronteiras, v. 9, n. 2, pp. 51-67, jul./dez. 2009. Disponível em: < http://www.curriculosemfronteiras.org/vol9iss2articles/macedo-araujo.pdf >. Acesso em: 17 novembro 2017.

MENESES, M. P. Diálogos de Saberes, Debates de Poderes: possibilidades metodológicas para ampliar diálogos no Sul global, Em Aberto, 27, 91, 90-110. 2014.

MONTENEGRO, J. Povos e comunidades tradicionais, desenvolvimento e decolonialidade: articulando um discurso fragmentado. Revista OKARA: geografia em debate, João Pessoa/PB, v.6, n.1, p.163-174, 2012. Disponível em: < http://www.okara.ufpb.br/ojs2/index.php/okara/article/view/13612/7745 >. Acesso em: 20 abril 2017.

OIT. Convenção n° 169 sobre povos indígenas e tribais e Resolução referente à ação da OIT/Organização Internacional do Trabalho. - Brasília: OIT, 2011. Disponível em: < http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Convencao_169_OIT.pdf >. Acesso em 20 abril 2017.

OREY, D. C. Insubordinações Criativas Relacionadas com a Ação Pedagógica do Programa Etnomatemática. In: D’AMBROSIO, B. S.; LOPES, C. E. (Orgs) Ousadia Criativa nas Práticas de Educadores Matemáticos. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2015. – (Coleção Insubordinação Criativa)

ORTIGÃO, M. I. R.; FRANGELLA, R. C. P. Assumindo o risco da Decisão – Currículo e Avaliação sob o Signo da Insubordinação. In: D’AMBROSIO, B. S.; LOPES, C. E. (Orgs) Vertentes da Subversão na Produção Científica em Educação Matemática. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2015. – (Coleção Insubordinação Criativa)

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Proposta Pedagógica das Escolas das Ilhas do Litoral Paranaense. Curitiba: SEED/PR, 2009.

SEEDPR. Colégio Estadual Ilha de Superagui. Relatório Descritivo: Desenvolvimento da Proposta Pedagógica das Escolas das Ilhas. Guaraqueçaba, 2015.

SILVA, T. T. Currículo e identidade social: territórios contestados. In: ________. (Org.). Alienígenas na sala de aula: uma introdução aos estudos culturais em educação. 7. ed. Petrópolis: Vozes, 2012.

__________. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.

VIAÑA, J.; TAPIA, L.; WALSH, C. Construyendo Interculturalidad Crítica. La Paz: Instituto Internacional de Integración Convenio Andrés Bello, 2010.

Downloads

Published

2017-12-30

How to Cite

ZANLORENZI, M. A.; OLIVEIRA, A. M. Educação Matemática em territórios contestados: um currículo diferenciado para as ilhas do litoral do Paraná &lt;br&gt; Mathematics Education in districts challenged: a differentiated curriculum for the islands of the coast of Paraná. Educação Matemática Pesquisa, São Paulo, v. 19, n. 3, p. 209–229, 2017. DOI: 10.23925/1983-3156.2017v19i3p209-229. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/emp/article/view/33087. Acesso em: 19 dec. 2024.

Issue

Vol. 19 No. 3 (2017)

Section

Finalizada - Currículo e Educação Matemática

License

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

    1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
    2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
    3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).