Macrodecisões didáticas
análise de um planejamento de aula sob o ponto de vista do desenvolvimento do pensamento algébrico
DOI:
https://doi.org/10.23925/1983-3156.2024v26i4p114-136Palavras-chave:
Ensino de álgebra, Pensamento algébrico, Decisões didáticas, Ensino fundamentalResumo
Este trabalho é um recorte de uma pesquisa de mestrado e tem como objetivo analisar as macrodecisões do professor de matemática para o desenvolvimento do pensamento algébrico de estudantes do 7º ano do Ensino Fundamental. Tomamos como referencial teórico a Didática da Matemática de origem francesa, particularmente o Modelo de Níveis da Atividade do Professor. Parte-se da premissa de como o participante através de suas decisões didáticas pode contribuir para o desenvolvimento dessa forma de pensar. Participou do nosso estudo um professor de matemática que leciona nos anos finais da educação básica, de uma escola da rede estadual de ensino, localizada na cidade de Pesqueira, município do Agreste de Pernambuco – Brasil. Os dados foram construídos por meio da análise do planejamento de aula sobre o saber equação do 1º grau, elaborado pelo professor participante e de uma entrevista semiestruturada. Os resultados obtidos mostram que a noção de pensamento algébrico precisa ser amplamente discutida na formação inicial e continuada de professores, bem como clarificada nas orientações curriculares sobre o ensino de álgebra. De modo geral, o professor aponta várias estratégias de ensino importantes para o desenvolvimento do pensamento algébrico. Acrescentamos ainda, que as escolhas feitas e as decisões didáticas tomadas pelo professor estabelecem aproximação com essa forma de pensar.
Metrics
Referências
Almeida, F. A. (2019). Sequência didática da proposição a aplicação: uma análise das interações em sala de aula sob o ponto de vista das situações adidáticas. [Dissertação de mestrado em Educação em Ciências e Matemática, Universidade Federal de Pernambuco].
Almeida, J. R. (2016). Níveis de desenvolvimento do pensamento algébrico: um modelo para os problemas de partilha de quantidade. [Tese de doutorado em Ensino de Ciências e Matemática, Universidade Federal Rural de Pernambuco].
Booth, L. R. (1995). Dificuldades das crianças que se iniciam em álgebra: As ideias da Álgebra.
Brasil. (2017). Base Nacional Comum Curricular. Ministério da Educação/Conselho Nacional de Educação.
Brasset, N. (2017). Les décisions didactiques d’um enseignant dans um EIAH: étude de facteurs de type histoire didactique. [Tese de doutorado em ‘Didactique des Mathématiques’, Université Grenoble Alpes, Grenoble].
Brousseau, G. (2008). Introdução ao estudo da teoria das situações didáticas: conteúdos e métodos de ensino. Ática.
Brousseau, G. (1986). La relation didactique: Le milieu.4e École d’Été de Didactique des Mathématiques, Actes, Editora IREM, p. 54-68.
Câmara dos Santos, M. (2017). Investigações em didática da matemática [recurso eletrônico] /Rosilnalda Aurora de Melo Teles, Rute Elizabete de Souza Rosa Borba, Carlos Eduardo Ferreira Monteiro, (organizadores).
Espindola, E. B. M.; Brito Júnior, J. J. R. T. & Silva, R. M. (2018). Recursos para o ensino de volume em níveis de atividade do professor de matemática. Boletim Cearense de Educação e História da Matemática, 5 (15), p. 34-47.
Kaput, J. (1999). Teaching and learnung a new algebra. In FENNEMA, E. ROMBERG, T. A. (Eds.), Mathematics classrooms that promote understanding. Mahwah, NJ: Lawrence Erlbaum.
Lima, I. & trgalová, J. (2010). Pesquisas em fenômenos didáticos: alguns cenários. EDUFRPE.
Margolinas, C. (2005). La situation du professeur et les connaissances en jeu au cours de l’activité mathématique en classe. In Actes 2004 de la rencontre annuelle du groupe canadien d’étude en didactique des mathématiques, Edmonton: CMESG/GCEDM, p. 1-12.
Margolinas, C. (2002). Situations, milieu, connaissances. Analyse de l’activité du professeur. In Actes de la lle École d’Été de Didactique des Mathématiques. La Pensée Sauvage, p. 141-156.
Miguel, A.; Fiorentini, D. & Miorin, M. A. (1992). Álgebra ou geometria: para onde pende o pêndulo. In: Pro-Posições, 3 (1), p. 39-54.
Minayo, M. C. S. (2012). Análise qualitativa: teoria, passos e fidedignidade. Ciência & saúde coletiva, 17, p. 621-626.
Pimenta, S. G; Lima, M. S. Lucena. (2012). Estágio e docência - Teoria e prática: diferentes concepções. Formação da pedagoga e do pedagogo: pressupostos e perspectivas. Tradução. Marília: Cultura Acadêmica, 244.
Ponte, J. P. da; Branco, N. & Matos, A. (2009). Álgebra no Ensino Básico. Lisboa: ME – DGIDC.
Usiskin, Z. (1995). Concepções sobre a álgebra da escola média e utilizações das variáveis. In: Coxford, A. F.; Shulte, A. P.; (Org). As ideias da álgebra. São Paulo: Atual.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).