Récits d'étudiantes en mathématiques dont les corps s'écarteent des normes hégémoniques à propos de leur parcours de formation
DOI :
https://doi.org/10.23925/1983-3156.2023v25i4p359-389Mots-clés :
Femmes en mathématiques, Organes politiques, Le féminisme noir et le transféminisme, Formation des enseignants en mathématiques, Entretien narratifRésumé
Cet article analyse les trajectoires de jeunes femmes étudiantes en licence de mathématiques sous l'angle des épistémologies féministes. La recherche est basée sur des épistémologies féministes, étudiant diverses facettes de la féminité dans différents contextes. Le corps est examiné à travers des perspectives butlériennes et transféministes, soulignant les dimensions intersectionnelles du féminisme noir. L'étude adopte une approche qualitative féministe et utilise des entretiens narratifs comme source de données. Deux étudiantes de premier cycle en mathématiques s'identifiant comme féministes et appartenant à des instances politiques dissidentes des normes hégémoniques (l'une noire et l'autre travestie) ont été interrogées. L'analyse des données comprend l'identification des singularités dans les récits des étudiants de premier cycle et la convergence des thèmes dans les entrevues. Les résultats indiquent que plusieurs femmes, en tant qu'instances politiques, favorisent une pédagogie inclusive basée sur la justice sociale, remettant en question la pseudo-neutralité des mathématiques. Ils mettent également en évidence comment la visibilité de ces corps divers dans la relation entre enseignants et élèves enrichit l'enseignement des mathématiques d'une approche critique et engageante.
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